Boletim Lula 2006 (10/08/06) Circula por aí: Essa é de doer <http://www.informante.net/resources.php?catID=1&pergunta=2861#2861> Muita gente tomou um susto quando recebeu um correio eletrônico, que começava com a reprodução de uma portaria do Ministério da Justiça, que reconhece "a condição de anistiado político de Hermano de Deus Nobre Alves e concedendo-lhe as reparações econômicas, de caráter indenizatório". Ao final da portaria, vem a pergunta: "Sabe quem é esse Hermano? Hermano de Deus Nobre Alves é o chefe do MLST que liderou o 'quebra-quebra' na Câmara dos Deputados!" E no final, vem a recomendação: "Divulguem para o maior número de brasileiros. Eles têm que saber o que o Márcio Thomaz Bastos vem fazendo como Ministro. E falam que são éticos, probos e honestos e, nós os idiotas... pagamos mais uma conta. Êta país de bandidos! E nós, com uma bola vermelha no nariz!" Quanta indignação! Mas aí bate uma desconfiança, a gente vai pesquisar e descobre que o cidadão em tela é um jornalista e deputado que teve seu mandato cassado pela ditadura. Vejamos o que diz a Fundação Getúlio Vargas: A gota d'água para a promulgação do AI-5 foi o pronunciamento do deputado Márcio Moreira Alves, do MDB, na Câmara, nos dias 2 e 3 de setembro, lançando um apelo para que o povo não participasse dos desfiles militares do 7 de Setembro e para que as moças, 'ardentes de liberdade', se recusassem a sair com oficiais. Na mesma ocasião outro deputado do MDB, Hermano Alves, escreveu uma série de artigos no Correio da Manhã considerados provocações. O ministro do Exército, Costa e Silva, atendendo ao apelo de seus colegas militares e do Conselho de Segurança Nacional, declarou que esses pronunciamentos eram 'ofensas e provocações irresponsáveis e intoleráveis'. O governo solicitou então ao Congresso a cassação dos dois deputados. Seguiram-se dias tensos no cenário político, entrecortados pela visita da rainha da Inglaterra ao Brasil, e no dia 12 de dezembro a Câmara recusou, por uma diferença de 75 votos (e com a colaboração da própria Arena), o pedido de licença para processar Márcio Moreira Alves. No dia seguinte foi baixado o AI-5 [e] foi decretado o recesso do Congresso Nacional por tempo indeterminado - só em outubro de 1969 o Congresso seria reaberto, para referendar a escolha do general Emílio Garrastazu Médici para a Presidência da República. Ao fim do mês de dezembro de 1968, 11 deputados federais foram cassados, entre eles Márcio Moreira Alves e Hermano Alves. Comment (0) <javascript:HaloScan('2861');> Versão para impressão <http://www.informante.net/resources.php?catID=1&pergunta=2861#1> Página inicial <http://www.informante.net/>