[CamaraDas] Anistia

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  • Date: Fri, 11 Aug 2006 10:48:16 -0300

Boletim Lula 2006 (10/08/06)
Circula por aí: Essa é de doer 
<http://www.informante.net/resources.php?catID=1&pergunta=2861#2861> 

Muita gente tomou um susto quando recebeu um correio eletrônico, que começava 
com a reprodução de uma portaria do Ministério da Justiça, que reconhece "a 
condição de anistiado político de Hermano de Deus Nobre Alves e concedendo-lhe 
as reparações econômicas, de caráter indenizatório". 

Ao final da portaria, vem a pergunta: "Sabe quem é esse Hermano? Hermano de 
Deus Nobre Alves é o chefe do MLST que liderou o 'quebra-quebra' na Câmara dos 
Deputados!" 

E no final, vem a recomendação: "Divulguem para o maior número de brasileiros. 
Eles têm que saber o que o Márcio Thomaz Bastos vem fazendo como Ministro. E 
falam que são éticos, probos e honestos e, nós os idiotas... pagamos mais uma 
conta. Êta país de bandidos! E nós, com uma bola vermelha no nariz!" 

Quanta indignação! Mas aí bate uma desconfiança, a gente vai pesquisar e 
descobre que o cidadão em tela é um jornalista e deputado que teve seu mandato 
cassado pela ditadura. 

Vejamos o que diz a Fundação Getúlio Vargas: A gota d'água para a promulgação 
do AI-5 foi o pronunciamento do deputado Márcio Moreira Alves, do MDB, na 
Câmara, nos dias 2 e 3 de setembro, lançando um apelo para que o povo não 
participasse dos desfiles militares do 7 de Setembro e para que as moças, 
'ardentes de liberdade', se recusassem a sair com oficiais. Na mesma ocasião 
outro deputado do MDB, Hermano Alves, escreveu uma série de artigos no Correio 
da Manhã considerados provocações. O ministro do Exército, Costa e Silva, 
atendendo ao apelo de seus colegas militares e do Conselho de Segurança 
Nacional, declarou que esses pronunciamentos eram 'ofensas e provocações 
irresponsáveis e intoleráveis'. 

O governo solicitou então ao Congresso a cassação dos dois deputados. 
Seguiram-se dias tensos no cenário político, entrecortados pela visita da 
rainha da Inglaterra ao Brasil, e no dia 12 de dezembro a Câmara recusou, por 
uma diferença de 75 votos (e com a colaboração da própria Arena), o pedido de 
licença para processar Márcio Moreira Alves. No dia seguinte foi baixado o AI-5 
[e] foi decretado o recesso do Congresso Nacional por tempo indeterminado - só 
em outubro de 1969 o Congresso seria reaberto, para referendar a escolha do 
general Emílio Garrastazu Médici para a Presidência da República. Ao fim do mês 
de dezembro de 1968, 11 deputados federais foram cassados, entre eles Márcio 
Moreira Alves e Hermano Alves. 

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