[CamaraDas] CAINDO A MÁSCARA

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  • Date: Mon, 12 Dec 2005 14:16:32 -0200

 

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  <http://www.vermelho.org.br/diario/2005/1210/1210_pompeo_mattos.asp> 
Pompeo de Mattos (PDT-RS): "A raposa tanto vai ao ninho que uma hora deixa o 
focinho."   CAINDO A MÁSCARA       
Deputado que costuma posar de vestal na CPI fez "negócio" com traficante de 
armas <http://www.vermelho.org.br/diario/2005/1210/1210_pompeo_mattos.asp>  
Segundo reportagem da revista IstoÉ desta semana, o deputado do PDT gaúcho, 
Pompeo de Mattos, -que costuma comportar-se como vestal nas sessões da CPI dos 
Correios- corre o risco de perder o mandato sob a acusação de ter vazado 
documento confidencial da CPI do Tráfico de Armas e com isso ter colocado sob 
risco de morte uma testemunha. Há ainda uma forte suspeita de que ele teria 
praticado tráfico de influência com um conhecido empresário contrabandista de 
armas que atua na região sul do país. O deputado nega as acusações, mas a CPI 
tem um documento que prova seu envolvimento no caso. 
<http://www.vermelho.org.br/diario/2005/1210/1210_pompeo_mattos.asp>     
        

CAIU A MÁSCARA

Deputado do PDT que costuma posar de vestal na CPI teria negociado com 
traficante de armas

  

"A raposa tanto vai ao ninho que uma hora deixa o focinho." Frase dita pelo 
deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) durante discurso 
<http://www.pompeodemattos.com.br/discursos/Referendo_sobre_o_desarmamento.htm> 
 na Câmara em 02/08/2005.


Da redação,
Cláudio Gonzalez 

O dicionário Houaiss define vestal como "pessoa que apregoa ser ou deseja 
parecer muito honesta". Assim é o deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS). 
Ele ficou conhecido do grande público nos últimos meses por sua atuação nas 
sessões da CPI dos Correios, da qual é membro. 

Na maioria dos depoimentos prestados à CPI, Pompeo inquiria os depoentes de 
forma dura, acusando-os de criminosos e cobrando deles explicações sobre 
qualquer vestígio de participação em negócios ilícitos. Pois agora é o próprio 
deputado que terá que dar explicações a uma CPI. 

Segundo reportagem da revista IstoÉ desta semana (veja a íntegra no final desta 
matéria), Pompeo de Mattos corre o risco de perder o mandato sob a acusação de 
ter vazado documento confidencial da CPI do Tráfico de Armas e com isso ter 
colocado sob risco de morte uma testemunha. Há ainda uma forte suspeita de que 
ele teria praticado tráfico de influência com um conhecido traficante de armas 
que atua na região sul do país. 

Testemunha sofreu atentado 

O caso já foi encaminhado ao presidente da Câmara, Aldo Rebelo, que o repassou 
ao Corregedor Ciro Nogueira (PP-PI), encarregado de apurar crimes de autoria 
dos seus pares. 

A reportagem da revista IstoÉ informa que a CPI ouviu em segredo o depoimento 
de uma testemunha que apelidou de "Z". Ela contou como funcionava o esquema de 
contrabando de armas pela fronteira com a Argentina e acusou o empresário Jair 
de Souza Rodrigues, de Uruguaiana, de ser um dos seus cabeças. 

"Z" foi incluído no programa federal de proteção a testemunhas. Depois, 
descontente com o tratamento que recebeu, abandonou o programa e voltou para 
Uruguaiana. 

Lá, foi alvo de um atentado à bala. Escapou sem ferimentos. Mas em seguida se 
meteu em uma enrascada. Aceitou o convite para conversar com um advogado 
conhecido da cidade. No escritório dele, encontrou o empresário que denunciara. 
Foi ameaçado. Recebeu proposta de suborno. E viu na mão do empresário cópia do 
depoimento secreto que prestara à CPI. 

"Presentinho"

Na frente dele, o empresário telefonou para o deputado Pompeo de Mattos e pôs a 
ligação no viva-voz. "Z" ouviu Pompeu se oferecer para continuar ajudando o 
empresário. E ouviu ele dizer: "E o meu presentinho?". O empresário respondeu: 
"Está tudo certo". 

A CPI destacou uma comissão para apurar o episódio formada pelos deputados Raul 
Jungmann (PPS-PE), Laura Carneiro (PFL-RJ) e Luiz Couto (PT-PE). 

Pompeo negou tudo. Mas um detalhe sugere que ele mentiu: existe na secretaria 
da CPI um documento assinado por Pompeu requisitando cópia do depoimento 
secreto de "Z". E ele obteve a cópia num período que coincide com o relato da 
testemunha ameaçada.

Outro complicador que pesa contra o deputado é o fato dele ter sido um dos 
principais articuladores da Frente Parlamentar pelo Direito da Legítima Defesa, 
que atuou a favor do voto NÃO no referendo do desarmamento. Integrante da 
chamada "bancada da bala", Pompeo defendeu com vigor o "direito" dos 
comerciantes de armas continuarem exercendo seu ofício sem restrições. 

CONFIRA ABAIXO A REPORTAGEM PUBLICADA PELA REVISTA  ISTOÉ:

 <http://www.vermelho.org.br/diario/2005/1210/1210/1px_invisivel.gif>   
                
Ligações perigosas: Pompeo de Mattos (PDT-RS) é acusado de liberar informações 
de CPI do Tráfico de Armas para empresário suspeito de estar envolvido no crime 
         
                
 <http://www.vermelho.org.br/diario/2005/1210/1210/1px_invisivel.gif>   
         O depoimento de "Z"
à Polícia Federal 
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<http://shopping.terra.com.br/editora3/product.asp?dept_id=4103&pf_id=AS4104DIN&par=295>
 

EXCLUSIVO       
Vazamento fatal 
Deputado gaúcho está na mira da cassação
por quebrar sigilo de testemunha, que sofreu
atentado após sua delação       
        
  

Rodrigo Rangel

Arremessada para o anonimato pelos escândalos que consomem a agenda do 
Congresso, uma CPI pouco conhecida trabalha quase silenciosamente para 
desvendar os negócios das quadrilhas que traficam armas no Brasil. Criada em 
março, a CPI do Tráfico de Armas passa longe das denúncias de mensalão, mas 
pode contribuir para alargar o número de cassações de mandatos numa das 
legislaturas mais conturbadas da história da Câmara. O mandato que está em 
risco é de um integrante da própria CPI do Tráfico de Armas, o deputado Pompeo 
de Mattos (PDT-RS), peça-chave de um enredo que mistura ameaça, chantagem, 
tentativa de suborno, tiros e vazamento de informações sigilosas.

Pompeo de Mattos é acusado de fazer chegar às mãos de um investigado a cópia de 
um depoimento secreto prestado à CPI. Na semana passada, o presidente da 
comissão, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), enviou ofício ao presidente da 
Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que pode complicar a vida de Pompeo. No 
documento de quatro páginas, com a tarja de confidencial, Moroni destrincha a 
confusão em que o pedetista se meteu. Aldo já mandou o caso para a Corregedoria 
da Câmara, que abrirá sindicância para investigar o episódio. Assim como os 
colegas mensaleiros, Pompeo de Mattos poderá ter o mesmo fim: o Conselho de 
Ética.

A história tortuosa começa em junho deste ano, quando um grupo de parlamentares 
da CPI esteve em Porto Alegre. Durante dois dias, os deputados ouviram de uma 
testemunha secreta detalhes sobre um suposto esquema de contrabando de armas 
pela fronteira com a Argentina. No centro das acusações está o empresário Jair 
de Souza Rodrigues, um dos homens mais ricos da cidade fronteiriça de 
Uruguaiana. A "Testemunha Z", como foi batizada pela comissão, apontou 
Rodrigues como um dos financiadores de uma quadrilha especializada em trazer 
armamento para o Brasil pela cidade portenha de Paso de Los Libres. Entre os 
produtos "importados" ilegalmente pela quadrilha, composta por policiais civis 
e militares gaúchos, estariam pistolas israelenses e armas de grosso calibre. O 
arsenal, conforme o relato de "Z", teria como destino preferencial facções 
criminosas da região Sudeste, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São 
Paulo.

        
Sob proteção: com um capuz, testemunha "Z", como é identificada,
foi ouvida, sob sigilo, pela CPI. ISTOÉ teve acesso a seu depoimento na PF, 
após o atentado, que mostra as
ligações de Pompeo com a máfia 

Por conta do teor bombástico do que dissera à CPI, na semana seguinte o 
denunciante foi incluído no programa federal de proteção a testemunhas. Na 
secretaria da comissão, as revelações foram mantidas a sete chaves. 
Paralelamente ao trabalho da CPI, a Polícia Federal deflagrou uma operação para 
apurar as denúncias. Tudo corria tranqüilamente até que o segredo da 
investigação foi interrompido. Descontente com o tratamento que vinha recebendo 
no programa de proteção - alvo recorrente de reclamações que incluem desde 
maus-tratos até falta de comida -, "Z" pediu para sair. Deixou Brasília, para 
onde havia sido levado junto com a família, e decidiu voltar para Uruguaiana. 

A volta à velha rotina na cidade gaúcha veio acompanhada de ameaças. Até que, 
em outubro, "Z" foi vítima de um atentado à bala. A testemunha circulava de 
moto por uma das ruas de Uruguaiana quando foi surpreendida por dois disparos. 
Os tiros atingiram apenas a moto. "Z" safou-se do atentado, mas logo depois 
viria a se envolver em nova enrascada. Foi chamado para conversar no escritório 
de um advogado conhecido na cidade e aceitou o convite. Não esperava que lá 
fosse encontrar Jair Rodrigues, o empresário que denunciara no depoimento 
reservado à CPI. Conforme relato de "Z" à PF e ao Ministério Público, após a 
reunião Rodrigues tomava satisfações sobre a denúncia e teria feito pressão 
para que a testemunha retirasse as acusações. Para isso, "Z" seria recompensado 
com R$ 10 mil.

                
Em escritório de advogado, Jair Rodrigues coage testemunha e põe
Pompeo no viva voz              
                

ISTOÉ teve acesso à cópia do depoimento em que "Z" relatou a pressão ao 
delegado Farnei Franco Siqueira e ao procurador da República Carlos Henrique 
Bara. "Z" conta que Jair Rodrigues mostrou-lhe uma cópia do depoimento secreto 
na CPI e que o empresário afirmou ter conseguido o documento com Pompeo de 
Mattos. Em seguida, "Z relatou que Jair teria telefonado para o deputado e 
acionado o viva-voz. A testemunha conta que, na ligação, Pompeo manifestou 
disposição em ajudar o empresário na CPI. Segundo "Z", o deputado ainda teria 
perguntado a Jair Rodrigues: "E o meu presentinho?". O empresário respondera 
que "estava tudo certo".

"Presentinho" - O relato da testemunha caiu como bomba na CPI. Bem-relacionado 
com boa parte dos colegas, Pompeo passou a ser investigado por eles. Ficou no 
ar a suspeita de que o pedetista trocara a cópia do depoimento pelo tal 
"presentinho" citado no telefonema. Uma subcomissão foi destacada para apurar o 
caso. Composto pelos deputados Raul Jungmann (PPS-PE), Laura Carneiro (PFL-RJ) 
e Luiz Couto (PT-PE), o grupo ouviu Pompeo na semana passada. Foi o último 
procedimento antes de o assunto ser remetido à Mesa Diretora da Câmara. O 
ofício enviado pela CPI a Aldo Rebelo pede "providências cabíveis para o fato". 
Esta semana, Aldo respondeu à CPI, informando já ter remetido o caso para a 
Corregedoria.

        
Moroni Torgan mandou ofício ao presidente da Câmara, Aldo Rebelo, que pode 
complicar o pedetista

Pompeo nega enfaticamente que tenha repassado cópia do depoimento a Jair 
Rodrigues. "Eu jamais faria uma coisas dessas. Isso é armação", afirma o 
parlamentar. "Alguém bolou um plano maquiavélico", emenda Pompeo, que também 
integra a CPI dos Correios. O deputado admite conhecer Rodrigues. "Ele já foi 
do PDT", diz.

Um elemento, entretanto, pode servir de complicador para a defesa de Pompeo: o 
deputado realmente retirou cópia das declarações num período que coincide com 
as revelações de "Z". A prova disso está num pedaço de papel que leva a sua 
assinatura. Meses atrás, o deputado procurou a secretaria da CPI para ter 
acesso ao depoimento da testemunha sobre o esquema capitaneado por Jair 
Rodrigues. Para levar o material, teve de assinar uma declaração. O papel, 
agora, também pesa contra ele.




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