[CamaraDas] Cabe aí legítima defesa?

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Date: Mon, 25 May 2009 16:55:27 -0300
 

Atentar para a opinião do delegado: 

Para ele, os dois assaltantes resolveram entrar no veículo para se salvar da 
polícia. "A invasão do ônibus foi para garantir a integridade física deles" 
afirma. 

 

Assaltantes não ameaçaram reféns em microônibus, diz vítima

Os passageiros foram mantidos reféns por quase três horas

 
25 de maio de 2009 • 15h06 • atualizado às 15h12
 


Vagner Magalhães/Terra

Direto de São Paulo

A pedagoga Inaiá Pereira, 70 anos, que foi mantida refém na manhã desta 
segunda-feira dentro de um microônibus na região do Largo Treze de Maio, em 
Santo Amaro, zona sul de São Paulo, afirmou nesta tarde que os assaltantes não 
chegaram a apontar as armas para os passageiros do veículo. Segundo a pedagoga, 
os dois homens queriam fugir da polícia. Pelo menos oito pessoas foram mantidas 
reféns por cerca de três horas na manhã desta segunda-feira após uma tentativa 
de assalto a um microônibus na rua Paulo Eiró. Os dois homens armados que 
estavam no veículo se entregaram por volta das 9h40. 

"Eles queriam fugir e encontraram no ônibus uma oportunidade. Eles não 
apontaram armas para as pessoas que estavam no interior do veículo", conta a 
vítima. Mesmo assim, Inaiá conta que o clima entre os reféns era de nervosismo 
e que algumas pessoas estavam muito assustadas.

"É uma situação bastante delicada. Quando a gente pega um ônibus não espera que 
aconteça uma coisa dessas", pontua a pedagoga, que afirmou ter mantido a calma 
durante as quase três em que foi mantida no dentro do coletivo. "Deixamos o 
veículo sem maiores problemas e isso é mais importante", conta.

Assim como a pedagoga, o delegado Juarez Marques, um dos responsáveis pelo 
inquérito do 11º Distrito Policial, também não vê uma premeditação na invasão 
do coletivo. Para ele, os dois assaltantes resolveram entrar no veículo para se 
salvar da polícia. "A invasão do ônibus foi para garantir a integridade física 
deles" afirma. 

O caso
De acordo com a Polícia Militar, os suspeitos entraram no microônibus após 
roubarem uma casa na região da avenida João Dias. Na fuga, os assaltantes 
tentarem fugir em um carro Citröen, mas se envolveram em um acidente no 
cruzamento entre a avenida João Dias e a rua Barão de Rio Branco. Após a 
colisão com um outro carro, dois homens abandonaram o veículo e entraram no 
coletivo. Um terceiro assaltante foi preso no momento do acidente. A PM 
acredita que o trio roubou objetos e um revólver da casa.

Os suspeitos exigiram a presença de um advogado e coletes à prova de balas para 
se entregarem. No momento final do seqüestro, cinco pessoas - sendo três 
mulheres e dois rapazes - eram mantidas dentro do coletivo.

Ainda segundo a PM, o cobrador de um coletivo que estava estacionado atrás do 
microônibus invadido foi baleado de raspão, mas tinha estado de saúde estável.

Assaltantes tinham atecedentes criminais
De acordo com informações do 11° Distrito Polícial, de Santo Amaro, os dois 
suspeitos de manter os passageiros reféns foram identificados como Carlos de 
Lima e João José dos Santos Silva. Eles tinham passagens pela polícia por furto 
e roubo.

O terceiro envolvido no crime, que não chegou a invadir o coletivo, foi 
identificado como Éverton Oliveira Pires. Segungo a polícia, ele já havia sido 
condenado por participação em seqüestro.

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