[CamaraDas] ENC: Desabafo

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  • Date: Thu, 1 Dec 2005 16:46:17 -0200

 Altamente sectário, mas repleto de razão.
O texto é longo (leva uns 5 minutos) mas vale a pena ler.


  HELENA STHEPHANOWITZ.
  Artur Virgílio é uma abominação. Um idiota, criado no seio de uma ridícula
  família burguesa, que se acha aristocrata só porque tem a falta
  de imaginação de repetir o mesmo nome há quatro gerações. É um cafajeste
  metido a refinado, que grita com mulher em público e acha aceitável
ameaçar
  dar uma surra no Presidente da República.
  ACM Neto também é um boçalzinho, que nunca precisou trabalhar duro na
  vida, se elegeu deputado às custas do avô coronel. E que avô, hein?
  Fraudador de painel de votação do Congresso que, quando se viu prestes a
  perder o mandato, não honrou as calças que vestia e renunciou. Não vale um
  traque de José Dirceu. Pois é o netinho deste sujeito asqueroso quem se
acha
  no direito de ameaçar publicamente o Presidente da República do Brasil,
eleito
  com a maior votação da história. Queria ver ser macho pra ameaçar um dos
  generais ditadores que seu vovô tanto apoiava. Bravateiro,
  inconseqüente, arrogante, sem um pingo de compostura e decoro para exercer
o
  cargo que exerce.
  A louca da Heloísa Helena, que acha que ser de esquerda é fazer esse
  triste papel de lavadora das privadas da direita, o qual vem exercendo há
  tempos, também achou bonito ameaçar de pancada o mandatário maior da
nação.
  É claro que não foi levada a sério, pois além de mal poder com um gato
morto
  pelo rabo, sempre teve fama de histérica e mal-amada, que faz da
  agressividade verbal exibicionista uma espécie de sexualidade alternativa.
É
  uma piada ambulante, até naquele Congresso de bufões.
  O Brasil tem hoje a pior bancada na Câmara Federal de todos os
  tempos.Com raras e honrosas exceções, que só confirmam a regra. E também,
  salvo as raras e honrosas exceções confirmadoras, o Brasil tem hoje a pior
  imprensa que já teve desde que vendidos e golpistas como Carlos Lacerda e
  David Nasser bateram as botas. A começar pelas estrelas dos noticiários e
  programas de entrevistas.
  Arnaldo Jabor é um cineasta fracassado, que cometeu três filmecos
  pornográficos, metidos a cult. Desistiu, felizmente, e quando pensávamos
estar
  livres de sua falta de talento, eis que o monstro ressurge e resolve
torrar
  nossa paciência de outro jeito: fingindo que está com encosto do Paulo
  Francis. Paulo Francis era um direitista doente. Mas,
  pelo menos era ele mesmo. Uma bosta de ele mesmo, vale lembrar. Agora,
  imagine um pastiche desta bosta? Acertou, é Arnaldo Jabor.
  Jô Soares é o filho único de um casal de grã-finos, criado no Copacabana
  Palace, e que nunca conseguiu superar a idade mental de doze anos. Tanto
que
  não consegue fechar a boca e comer do jeito que um homem de sessenta anos
  deveria. Com barbas brancas na cara, continua se comportando como o garoto
  gordo que faz o papel de bobo da classe. Acha que é engraçado, quando está
  sendo apenas ridículo. Acha que é mais inteligente que todo mundo, quando
só é
  arrogante. Assistiu um programinha mambembe de um entrevistador
estadunidense,
  imitou em tudo, até no cenário, e com isso se sente no direito de humilhar
  seus entrevistados, seus músicos, sua equipe técnica e até sua platéia. Ou
  claque, melhor dizendo.Agora, decidiu que seu papel de deformador de
opinião é
  fazer campanha declarada contra um governo que foi democraticamente
eleito.
  Nas quartas-feiras, reúne no seu picadeiro um grupelho de peruas, todas na
  menopausa e se achando o máximo por serem debochadamente chamadas de
  meninas.Cristiane Lobo ri com cara de idiota e concorda com tudo que o
Gordo
  diz. Talvez com medo de perder o empreguinho global e ter de cobrir
defunto de
  periferia na Record. A pobre professora da USP, que deve estar por lá
atrás de
  um mensalinho pra engordar seus honorários, tenta falar, mas, é
  sempre atropelada por Lúcia Hipólito. Aí sorri amarelo e deixa pra lá, com
  aquela cara de que entende a ignorância das criancinhas. Ana Paula,
  aquela mistura de loura do Tchan com foca de jornal de bairro, é tão
  competente que só conseguiu emprego mesmo no falido JB. Diz um monte de
  besteiras, sacode as bijuterias e faz caras e bocas pra câmera, talvez
  sonhando com um convite tardio para posar na Playboy. E tem a Lúcia
Hipólito,
  a pior figura que já apareceu na telinha nos últimos tempos. É feia, é
brega,
  é antipática, é arrogante, é mal educada, interrompe a fala das outras e
ainda
  se acha a última coca-cola gelada do sertão. Parece a bruxa malvada das
  antigas histórias da Disney. É o estereótipo da perua de família rica que
quer
  se afirmar como intelectual pra esnobar as amigas no chá das cinco.
Apresenta-
  se como cientista política. Como assim, cientista? Alguém já leu algum
artigo
  científico desta senhora? Já discutiu seus livros em algum congresso? Já
viu o
  currículo Lattes dela? Ela realiza suas pesquisas científicas em qual
  instituição? O que se sabe é que exerce função de jornalista e pelo que se
  intitula, sem ter a devida formação na área. Mas, acha que pode ditar
regras
  sobre tudo. Solta batatas imperdoáveis até na boca de um estudante de
primeiro
  período de sociologia. Como a da última quarta-feira, dia dois de
novembro,
  quando disse que não poderíamos ter escolhido Lula para gerenciar o
Brasil,
  pois ele nunca gerenciou nem mesmo um carrinho de pipocas. Claro que todo
  mundo que estudou ciências políticas sabe o
  quanto é importante a experiência gerencial de carrinhos de pipocas na
  carreira de um presidente da república, não é mesmo? Alguém precisa avisar
à
  cientista que o cargo de Presidente da República é representativo e não
  gerencial. E que o Estado não é uma empresa. Tem relações sociais,
econômicas
  e humanas bem mais complexas que uma padaria ou uma fábrica de automóveis.
Não
  pressupõe a hierarquia existente em uma empresa. Não visa o lucro e não
tem
  dono. Se a gente fosse escolher Presidente, como se escolhe gerente, era
  melhor fazer concurso público em vez de eleição.
  A única das meninas que dizia coisa com coisa, a veterana jornalista
Teresa
  Cruivinel, foi posta pra fora do programa, ou saiu de lá correndo
  para não pagar mais mico naquele festim idiota, que mais parece um fim de
  tarde na Daslu.
  E o que temos na mídia impressa? A revista VEJA. A revista VEJA merece um
  capítulo à parte, pois já deixou de ser uma publicação jornalística, pra
  embarcar no gênero ficcional com narrativa de literatura fantástica. Traz
em
  suas páginas seres que só poderiam existir mesmo na ficção fantástica,
como o
  Diogo Mainard. Eu até acredito em fadas, saci, duendes e fantasmas. Mas,
não
  acredito que alguém como o Diogo Mainard possa existir de verdade. O pior
é
  que, ao embarcar na literatura de ficção fantástica, a VEJA devia ter,
pelo
  menos, treinado seus repórteres,
  distribuindo um exemplar de Os Cavalinhos de Platiplanto, clássico do
gênero,
  escrito por J.J.Veiga . A boa referência literária faria com que
  criaturas, pelo menos, conseguissem imaginar uma historieta melhor do que
  esta de Fidel mandando ao Brasil dinheiro para financiar a campanha de
Lula. E
  ainda escondido em caixas de uísque. Por que não caixas de charutos, que
seria
  mais verossímil? Ou será que Fidel invadiu o Paraguai desde 2002 e a gente
  ainda não sabe?
  As outras publicações chafurdam num mar de jabaculês, sensacionalismo e
  ignorância. Nem escrever corretamente em português conseguem mais. Mas, é
essa
  imprensa sem preparo e totalmente comprometida com as forças conservadoras
que
  forma a opinião da classe média brasileira. A classe média brasileira que
é
  tonta, idiota e tem péssima formação educacional. Quem chega a fazer
  faculdade, nunca mais lê um livro, depois que se forma. Quando lê, é auto-
  ajuda, escrita pelo Lair Ribeiro. Mesmo assim, essa turma acha que é bem
  informada às custas de VEJAS, ÉPOCAS, FOLHAS, GLOBOS e se sente elite,
  adotando as idéias e comportamentos da gentalha da mídia, que forma sua
  opinião.
  Já a elite de verdade é hipócrita, canalha, egoísta e cruel. Tem ódio de
Lula,
  por ser mestiço, nordestino e pobre. Acha um insulto ser governada por ele
e
  se pudesse já o teria tirado do poder na ponta da baioneta, como fez com
João
  Goulart, que nem pobre, nem nordestino era, apenas um moderado socialista.
É
  uma elite pobre de cultura e formação, composta por quatrocentões
decadentes,
  descendentes de degredados, que se julgam nobres e por emergentes
ridículos,
  que se sentem quatrocentões. Uma elite ignara, que compra livros como se
  fossem azulejos, para decorar paredes. E é uma elite burra, que nunca leu
  Gilberto Freyre nem Adam Smith e não aprendeu que, até para poder
continuar a
  habitar a casa grande, precisa deixar a senzala comer um pouco melhor.
  Não, Poeta Cazuza, eu não vou pedir piedade para esta gente careta e
covarde!
  Pelo menos esta noite, não.Estou mais é querendo que todos eles vão pro
diabo
  que os carregue. Estou de saco cheio de tanta baixaria, mediocridade,
  autoritarismo, maucaratismo e violência real e simbólica. Estou de saco
cheio
  de ver esses cretinos mentindo, enganando e manipulando pra não deixar que
o
  sonho do povo se realize.
  Estou de saco cheio de ver a desfaçatez com que tentam convencer o povo
  de que ele sempre toma a decisão errada e que, por isso, é melhor não
  decidir mais e entregar o país pra que eles, os iluminados, governem.
  Estou de saco cheio de ver esse mesmo filme se repetindo nos últimos
  quarenta anos, desde que me entendo por gente: a elite canalha governando,
  mesmo que à força. A classe média pusilânime aplaudindo, e se sentindo
  representada, como se tivesse algum poder. E o povo, sofrido e conformado,
  levando pedras como penitente e sonhando com um Messias, que o virá
salvar.
  Estou de saco cheio de ver o país dar um passo adiante e dez para trás,
por
  que o progresso democrático contraria os interesses de meia dúzia de
  poderosos, cuja ganância é maior que o tempo que eles terão de vida para
  aproveitar o produto de sua perversidade.
  Estou de saco cheio de ver o único Governo em muitos anos que nos livrou
  do FMI, voltou a financiar moradias, criou um programa de segurança
  alimentar para atender os famintos, assumiu a liderança da América Latina
e
  impôs respeito no mundo todo, ser execrado diariamente nos jornais, como
se
  tivesse inventado a corrupção, a violência e todos os problemas que o país
  arrasta há quinhentos anos.
  Estou de saco cheio de saber que isso é preconceito, sim. É ódio de
classe,
  sim. É desejo de manter privilégios inaceitáveis, sim. Pois quando o
sociólogo
  da Sorbone quebrou o país três vezes, liquidou o patrimônio do país a
preço de
  banana, sucateou o parque industrial do país com uma política monetária
  absurda, multiplicou a dívida externa e comprou votos pela bagatela de
  duzentos mil para se reeleger, nunca mereceu da mídia o linchamento diário
que
  vêm recebendo o Governo Lula e o PT. Nunca foi desrespeitado em plenário
pela
  oposição da forma como o presidente Lula tem sido desrespeitado. Nunca foi
  ameaçado de pancada por um canalha, uma histérica e um herdeirozinho de
quinta
  categoria.
  Estou de saco cheio de ver tanta injustiça, tanta mentira tanta
  cara-de-pau, tanta irresponsabilidade com o futuro do país, no esforço de
  criar uma crise que eles sabem que é hipócrita, falsa e eleitoreira, pois
  trata como novidade práticas seculares.
  E tudo isso em um momento que poderíamos estar aproveitando para crescer,
  promover o bem-estar do povo, afirmar nossa grandeza como nação pacífica e
  progressista diante do mundo. Eles não se importam em jogar na lata do
lixo da
  história o futuro das nossas crianças, desde que possam trazer de volta ao
  poder o partido da compra de votos, da privataria, da dengue, da
quebradeira e
  do apagão. Eles não pensam que, se interrompermos os projetos sociais que
hoje
  assistem a mais de trinta milhões de brasileiros, estaremos fomentando
ainda
  mais os bolsões de miséria, donde sairão os bandidos que matarão,
seqüestrarão
  e roubarão a paz de seus filhos e netos.
  Essa gente dorme, meu Deus? Essa gente coloca a cabeça no travesseiro à
  noite e sonha com os anjos, sem ouvir a voz do Ministro Gil cantando
  insistentemente em seus ouvidos gente estúpida, gente hipócrita...
  Se você está acostumado a ler meus textos, deve estar espantado e até
  indignado com a virulência e agressividade deste aqui. Deve estar também
de
  saco cheio de me ver aqui a xingar e blasfemar por tantas linhas. Pois
saiba
  que é exatamente assim que estou me sentindo, depois de passar seis meses
  sendo submetida a um bombardeio diário de baixarias e canalhices golpistas
  daqueles que querem única e exclusivamente o poder.
  Esse texto é um desabafo, uma vingança, um grito transbordante de quem
  está de saco cheio de agir corretamente, de respeitar os outros, de seguir
as
  leis, a Ética, os bons modos, o politicamente correto e, olhando em olta,
ver
  o triunfo dos canalhas sobre o homem de bem, do medo sobre a esperança, da
  covardia sobre a vontade de mudar pra melhor.
  É um gesto de legítima defesa, destes que a campanha do NÃO tanto nos
  convenceu ser um direito.
  O texto está ofensivo, grosseiro, chocante? Que bom! Era isso mesmo que
  eu queria.Que toda a bile que derramei aqui possa chegar até essa gente
  nefasta e provocar neles raiva, amargor, ódio, ressentimento. Palavras não
  matam, mas ferem. Ficam ecoando na cabeça e infernizando a alma por muito
  tempo. Tomara que todos eles leiam. E tenham um mau dia. Uma péssima
semana. E
  um mês pior ainda.




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