Blog Luis Nassif Online: José Quem contra Chico Buarque Não existe nada mais primário e oportunista que o patrulhamento. Aproveita-se um movimento de manada e malandramente tenta-se ganhar destaque malhando quem pensa diferente. O PT sempre foi campeão nessa prática. O que se fez com Marília Pêra em 1998, com Regina Duarte em 2002, foi típico desse pensamento primário e inquisidor. Uma enxurrada de oportunistas de toda espécie usava Regina Duarte como "escada" para ter seu minuto de glória, colunistas, comentarista mesquinharias de rádio, todos em uma celebração covarde porque sabendo que o clima instaurado garantiria o seu show. Virou um festival "quem bate mais na atriz". Como essa rapaziada que, em um baile, se junta para espancar adversários. E depois vai celebrar enchendo a cara em um bar. Agora a roda inverteu e o oportunismo se volta contra pessoas públicas que declaram voto em Lula. Hoje no "Estadão" José Danon, "economista e consultor de empresa" ganha enorme espaço em página nobre (a 2), que comumente abriga o pensamento de Washington Novaes, de Gilberto de Mello Kujawvski, de José Nêumane Pinto, de Roberto Macedo, para quê... para mandar uma "carta a Chico Buarque" patrulhando suas declarações de que votaria em Lula. "Chico, você foi e será sempre meu herói", começa o patrulheiro deslumbrado. Depois, graças a esse expediente simplório do patrulhamento, se coloca em pé de igualdade com o ídolo e passa a despejar regras de conduta política para ele. Em 2002 poucos dos valentes colegas que hoje em dia engrossam o coro das análises fáceis e do patrulhamento primário ousaram questionar o patrulhamento contra Regina Duarte.