_ _ ( )( )-"""-, _ Grupo de Analistas Legislativos da CD - T.L. ee ) __ \ / Nefelibatas, CamaraDas, Analistas 2002,3,4,5 @_/___ / |==" Comunidade no Orkut: "Nefelibatas" "// \_\___/ analistas2002@xxxxxxxxxxxxx Denúncia no STF já liga a SMP&B ao PSDB Date: Tue, 19 Jul 2005 16:40:40 -0300 SMP&B já é ré em processo no STF, por recebimento irregular de verba de R$ 3 milhões do governo de Minas Os recursos foram repassados no governo de Eduardo Azeredo, hoje, presidente nacional do PSDB De uma hora para outra o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza se tornou uma das pessoas mais conhecidas do povo brasileiro. Em função das denúncias do deputado Roberto Jefferson (PTB), de que o publicitário seria o agente de pagamento do suposto mensalão, sua exposição na grande mídia alcançou níveis superiores às maiores estrelas globais. Todas as suas declarações tomam forma de manchete e seus depoimentos são transmitidos ao vivo, com tons dramáticos de novela. Mas esta não é a primeira vez que o publicitário e a sua empresa - a SMP&B, sediada em Belo Horizonte - são denunciados. Há seis anos atrás, em 1999, o deputado estadual por Minas Gerais, Durval Ângelo (PT), já levantava sérias acusações contra ele e a agência de publicidade, em seu o livro "O Vôo do Tucano", que teve tiragem de 20 mil exemplares. Na publicação, o deputado apontou uma série de irregularidades que teriam sido praticadas pelo Executivo de Minas Gerais, durante o governo de Eduardo Azeredo (1994-1998), hoje senador e presidente nacional do PSDB. Entre elas, estava o repasse de altas somas à SMP&B. Segundo narra o deputado, o governo do Estado repassou aos cofres da Comig (Companhia Mineradora de Minas Gerais) a quantia de R$1,5 milhão, que seriam destinados a patrocínio do Enduro Internacional da Independência, realizado em setembro de 1998. Estes mesmos recursos foram entregues pela Comig à SMP&B Comunicação Ltda, em 21 de agosto daquele ano, para a realização de uma hipotética campanha publicitária. No entanto, conforme investigações procedidas à época pelo advogado João Batista de Oliveira Filho, ex-procurador eleitoral, os recursos para publicidade foram, em muito, superiores ao previsto. Isto, porque a promotora do evento, a Rede Globo de Televisão, havia fixado o valor da cota de publicidade do Enduro da Independência em R$150 mil, mais R$10 mil de custos de produção. Ou seja, quase dez vezes menos do que o montante repassado à SMP&B. E o escândalo ganhou ainda maiores proporções, quando foi descoberto que o mesmo mecanismo havia sido utilizado na Copasa - Companhia de Saneamento de Minas Gerais. Uma nota fiscal de prestação de serviço, expedida pela SMP&B, em 7 de agosto de 1998, mostrou que a agência havia recebido também da Copasa R$1,5 milhão para a publicidade de patrocínio do mesmo evento. Ou seja, por um serviço estimado em R$160 mil, a SMP&B acabou levando do governo mineiro R$ 3 milhões. Para aumentar ainda mais a gravidade dos fatos, um relatório de checagem das veiculações de publicidade pela televisão, no período entre 15 de agosto e 7 de setembro de 1998, demonstrou que não foi transmitida nenhuma propaganda das Comig ou da Compas, como patrocinadoras do enduro. Empresa pertencia a sócios do vice-governador de Minas E porque o governo Azeredo seria assim tão benevolente com a SMP&B? O deputado Durval Ângelo apresenta uma razão plausível. Antes da terceira alteração de seu contrato social, ocorrida em 28 de junho de 1998, a SMP&B Comunicação Ltda tinha 40% de suas ações em poder da Holding Brasil S.A., divididos entre Marcos Valério Fernandes de Souza (o mesmo das denúncias do mensalão), Cristiano de Mello Paz e Ramon Hollerbach Cardoso. A Holding Brasil, por sua vez, era, na ocasião, de propriedade de Clésio Soares de Andrade (PFL), candidato a vice na chapa em que Eduardo Azeredo disputava a reeleição e, hoje, vice do governador Aécio Neves. Em 28 de julho daquele ano, a Holding transferiu suas quotas na SMP&B para a Star Alliance Participações Ltda, constituída um dia antes (em 27/07/98), por Márcio de Souza e Sormane Santos dos Anjos. No Mesmo dia em que receberam as cotas, Márcio e Sormane as cederam para ninguém mais, ninguém menos que Marcos Valério, Cristiano de Mello e Ramon Hollerbach Cardoso, que já eram sócios da SMP&B. Segundo Durval Ângelo, a triangulação, comprovada por documentos levantados em Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas, é a demonstração de que o vice-governador de Minas, Clésio Andrade transferiu para seus próprios sócios as quotas da SMP&B, exatamente às vésperas de a empresa ser indicada para receber um repasse milionário (a indicação da SMP&B para a campanha do Enduro ocorreu em 7 de agosto). E a benevolência do governo tucano com a agência SMP&B não parou por aí. Nos seus últimos três dias de governo (29, 30 e 31/12/98), Azeredo, que alegava não ter recursos sequer para pagar o décimo-terceiro do funcionalismo, liberou R$281, 61 milhões para o pagamento de fornecedores e empreiteiros. Entre os beneficiados, estava justamente a SMP&B, que recebeu R$ 1,608 milhão. O processo sobre todas as irregularidades denunciadas pelo deputado Durval Ângelo, atualmente, tramita no Supremo Tribunal Federal, que acatou denúncia do procurador-geral da República, Cláudio Fonteles. Na denúncia , ele argumenta que "Os fatos, significativamente lesivos ao erário mineiro, não apenas consistiram em fraude à licitação, mas também resultaram no enriquecimento ilícito da empresa beneficiária, SMP&B COMUNICAÇÃO LTDA e, por via transversa, dos próprios candidatos ao Governo do Estado de Minas Gerais, eis que parte de sua campanha fora patrocinada pela RÉ SMP&B COMUNICAÇÃO LTDA, conforme se provará". O deputado, que defende a apuração de todas as acusações contra o PT, reclama que não tenham o mesmo tratamento denúncias que envolvam outros partidos políticos. "Eu fiz essa denúncia envolvendo o ex-governador e hoje senador Eduardo Azeredo e a SMP&B, em 1998. Em 1999, o Ministério Público acatou a denúncia. Hoje, ela já está acatada pelo Supremo Tribunal Federal. Quer dizer, tanto Azeredo quanto Marcos Valério já são réus em um processo. Se o objetivo é um país ético e mais sério, também estes fatos deveriam merecer ampla divulgação, pois envolvem o mesmo publicitário que hoje ocupa todas as manchetes, bem como, o presidente nacional de um grande partido político. Não dá para tratar as denúncias de forma diferenciada, conforme o partido que elas atingem", protesta. ................. "O PT é tipo de esquerda que a direita gosta." Darcy Ribeiro ---------------------------------------------------------- Grupo de Analistas Legislativos da Câmara dos Deputados ? Atribuição Técnica Legislativa ? empossados a partir de 17/01/02. E-mail: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx http://nefelibatas.zip.net http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm%70511 Administrador: NQL ---------------------------------------------------------- .................