:::Nefelibatas::: ENC: O Crime da Mala

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  • Date: Wed, 6 Jul 2005 15:17:38 -0300

 
 
Assunto: ENC: O Crime da Mala



O CRIME DA MALA


Para descontrair um pouco o clima de show de denúncias.


...

Estudantes de Engenharia estão divulgando esse texto, que além de

bem-humorado, faz algum sentido.

Use seu senso detetivesco e acompanhe com eles as investigações sobre "O

CRIME DA MALA"

FAÇAM AS CONTAS.

Segundo Roberto Jefferson, o mensalão do PT era transportado em malas.

Primeira questão: você transportaria uma alta quantia de dinheiro em uma

mala enorme, com todo o ar de coisa suspeita?

Numa discreta valise de executivo, talvez.

Uma destas valises mede 40cm de largura por 35cm de comprimento, tendo

em torno de 5cm de fundura. Uma nota de 50 ou 100 reais tem 12cm X 6cm,

logo uma valise comportaria com segurança quatorze maços de quinhentas

notas o que equivale a sete mil notas .

Ainda, segundo Roberto Jefferson, o mensalão era de trinta mil reais, o

que em notas de cem daria um paco de trezentas notas de cem.

Levando-se em conta que esse dinheiro não poderia ser depositado em

conta corrente, o jeito era levar pra casa e ir gastando.

Você já tentou trocar uma nota de cem?

Bem, trocar trezentas notas de cem não deve ser fácil , mesmo para um

deputado. Então vamos supor que o mensalão fosse pago em notas de

cinqüenta.

Jefferson disse que a bancada do PP, que é composta de 53 deputados, e a

do PL, com 55, recebiam o mensalão de 30 mil reais. O que dá um total de

108 mensalistas, recebendo a quantia de três milhões, duzentos e

quarenta mil reais por mês, o que em notas de 50 equivale a 64.880

notas, que seriam então transportadas em nove malas, já que cada mala

carrega sete mil notas. As malas iriam então com trezentos e cinqüenta

mil reais, ou seja dez deputados e 1/6 de um. Como não existe alguém 1/6

corrupto, vamos assumir dez malas, para juntar numa mais vazia os

pedaços de corruptos que sobram.

Ainda segundo Jefferson, o pagamento aos dirigentes de partidos era

feito numa sala ao lado da sala do Chefe da Casa Civil, em pleno Palácio

de Governo, por Delúbio Soares, que não ocupava c argo nenhum no mesmo

Governo.

Delúbio levaria todo os meses dez malas para dentro do Palácio, para

entregar a dirigentes de partidos. Tudo isso discretamente, sem chamar a

atenção de ninguém.

Delúbio só tem duas mãos. Também não seria muito simples entrar no

Palácio com alguns carregadores ou com um daqueles carrinhos de

aeroporto, logo, ele poderia transportar - no máximo- duas malas, o que

já seria muito suspeito. Alguém anda por aí com uma mala de executivo em

cada uma das mãos, sem que ninguém repare?

Delúbio teria de entrar então, discretamente. Com uma mala de cada vez.

O que daria dez viagens num mesmo dia. Impossível passar desapercebido.

Então, vamos imaginar que os deputados aceitassem receber em dias

diferentes. Quão generoso deve ser o que ficou com a última remessa.

Mas, vamos em frente.

Seriam dez visitas ao Palácio por mês, sempre se encontrando com os

dirigentes do PL e do PP. Tudo isso, no maior sigilo.

A semana tem cinco dias úteis, o que obrig aria Delúbio a ir diariamente

ao Planalto por duas semanas consecutivas, todos os meses do ano, sem

levantar suspeitas. Mas, como se sabe que a semana de Brasília tem

apenas três dias, isso se estenderia por mais uma semana.

Três semanas no mês, o tesoureiro do PT, que não tinha cargo no Governo,

entrando com uma mala e encontrando-se com dirigentes de partidos da

base aliada, que também deviam portar malas. Claro! Se o cara entra na

sala delubiana sem mala e sai com uma , é um mico de proporções

assustadoras. Além do que, esta operação implicaria na compra de dez

malas iguais por mês, a um custo de aproximadamente mil reais cada uma.

Um terço de mensalão, só em mala.

E de onde viria tanto dinheiro?

Segundo Karina Sommagio das empresas de Marcos Valério, um corruptor tão

ingênuo que deixa seu Office-boy, que deve ganhar menos de quinhentas

pratas ao mês, sacar em dinheiro das contas da empresa um milhão de

reais e vir tranquilão, com três valises, ou uma grande mala pela s ruas

de Belo Horizonte, uma cidade sem nenhuma violência e com os Office-boys

mais honestos do mundo, pois, embora trabalhem para corruptores de

deputados, jamais pensaram em sacanear seus patrões e fugir com a grana

direto pro Aeroporto da Pampulha, morrendo de rir do babaca do patrão

que não pode nem dar queixa à polícia.

Senhores, essa história tem mais furos do que queijo suíço e só há uma

explicação para a imprensa não ter parado para fazer essa conta:

jornalistas não sabem matemática. Por isso, prestaram vestibular para

Comunicação Social.

 



 

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