Guilherme, Vejamos os principais argumentos que você desenvolveu ao longo das mensagens para defender um Sindicato da Câmara: a) "seria mais enxuto (sic)" ; b) "muito provavelmente toda essa lambança não estaria sendo feita" (apenas copiei e colei); c) " teríamos mais controle sobre a entidade e nossos interesses poderiam ser defendidos com maior coesão"; d) "um sindicato menor teria mais coerência na defesa dos interesses dos seus representados"; e) "com menos categorias representadas no sindicato as divergências entre técnicos e analistas da Câmara ficariam mais expostas e mais propensas ao encaminhamento de uma solução". Ao contrário do que você mesmo disse, isso não é loucura. Talvez outro nome defina esse "sonho". E todos serão felizes para sempre. Osmar Em 19/01/09, jair francelino ferreira <jairfrancelino@xxxxxxxxxxx> escreveu: > OK, Guilherme. Só lembro que eu não disse que você disse que a culpa era > dos "outros". Só enfatizei que ela era nossa mesmo. E opinei que, uma vez > que os mesmandos e as divergências mais fortes são internos, não é a criação > de um novo sindicato, só da Câmara, que vai resolver a questão. Mas é só a > minha opinião. E posso reformá-la a qualquer momento, caso seja convencido > do contrário. O que não ocorreu até agora. :) > > Jair > > > ------------------------------ > > Date: Mon, 19 Jan 2009 11:01:57 -0300 > Subject: [CamaraDas] Re: Novo Sindicato > From: guilherme_assis@xxxxxxxxxxxx > To: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx > CC: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx > > > Grande Jair, impressionante como nossas opiniões sempre coincidem!! > Jamais disse q os servidores do TCU e do Senado são culpados de alguma > coisa. O q disse é q o Sindilegis abarca uma gama muito grande de > servidores, com interesses diversos, o q acaba tonrnando-o incontrolável. Na > reunião de terça houve um membro da diretoria q disse q não renunciaria > simplesmente pq era do TCU. Houve quem dissesse tb para tirarmos o nosso > "cavalinho da chuva", pois o Sindilegis representava as 3 Casas, não só a > Câmara. Qual a culpa do conjunto dos servidores do SF e do TCU nessa > história??Nenhuma!! O fato concreto é q o Sindilegis é simplesmente > incontrolável!! > Veja q venderam a nossa folha de pagamento sem consulta prévia e tb do > mesmo modo tentaram vender o Pró-Saúde, só q em período de recesso. O fato > de o Magno ser servidor da Câmara, para mim, é só uma bizarra coincidência. > Se tivéssemos um sindicato mais enxuto, muito provavelmente toda essa > lambança não estaria sendo feita, pois teríamos mais controle sobre a > entidade e nossos interesses poderiam ser defendidos com maior coesão. > Pessoalmente, acredito q se continuarmos com o modelo q aí está, teremos > outras surpresas. É tudo uma questão de tempo. > De qqer modo, acho q os servidores da CD deveriam ser ouvidos. Se for > decidido q o modelo atual deve ser mantido, ok, mas se houver apoio maciço > para alguma mudança, q sejam iniciados os estudos para tal. > Grande abraço, > Guilherme. > *De:* analistas2002-bounce@xxxxxxxxxxxxx > *Para:* "analistas câmara" analistas2002@xxxxxxxxxxxxx > *Cópia:* > *Data:* Mon, 19 Jan 2009 09:29:18 -0300 > *Assunto:* [CamaraDas] Re: Novo Sindicato > É que você está se esquecento de um ponto central nessa celeuma toda, > Guilherme: o Magno é funcionário concursado da Cãmara e, muito > provavelmente, isso pesou decisavamente na eleição da chapa encabeça por ele > para dirigir o sindicato. Ou seja, o problema da falta de representatividade > do sindicato - em especial do seu presidente - não foi "importado" dos > outros órgãos. Nada impede que se repita num sindicato só da Câmara, que > ainda seria mais fraco e com menos recursos. E se a intenção é fazer algo > diferente, se os servidores estiverem mesmo dispostos a uma participação > mais efetiva na escolha dos dirigentes e na gestão do sindicato, isso pode > ser feito no Sindilegis mesmo, que, ao menos em tese, sempre foi muito mais > da Câmara que dos outros órgãos (Há quanto tempo é a Cãmara que faz > opresidente?). Se, na prática, não é assim, os menos culpados disso são os > servidores do Senado e do TCU. > > > Date: Mon, 19 Jan 2009 01:07:18 -0300 > Subject: [CamaraDas] Re: Novo Sindicato > From: guilherme_assis@xxxxxxxxxxxx > To: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx > CC: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx > > > > > > Caro Lúcio Flávio, se optássemos por fugir das dificuldades, talvez nem > estivéssemos aqui na CD hoje!! De fato, se o processo para a criação de um > novo sindicato fosse levado adiante, certamente o Sindilegis tentaria > impugnar na Justiça tal ato. Contudo, é importante lembrar q nem esse > trabalho o sindicato tem hoje. Observe q o Magno já se tornou o > representante do Sindilegis junto ao Pró -Saúde!! > > O q é melhor: um sindicato inflado, cheio de dinheiro e divergências, ou um > sindicato menor mas com mais coerência na defesa dos interesses dos seus > representados?? É importante lembrar q não é de hoje q a atuação do > Sindilegis vem sendo questionada. A venda do Pró-Saúde sem a aquiescência > dos funcionários e em plena época de recesso foi somente a gota d´água!! > Acredito também q com menos categorias representadas no sindicato as > divergências entre técnicos e analistas da Câmara ficariam mais expostas e > mais propensas ao encaminhamento de uma solução. Veja q essa questão de > extrema importância se encontra mascarada pelo mar de interesses q envolve o > Sindilegis. > > Também posso estar enganado, mas acho q já passou da hora de a Câmara > discutir um novo modelo de representação para os seus servidores. Nem q isso > servisse somente para pressionar a atual diretoria, já estaríamos no lucro!! > > > Pois é, mais uma vez, ao contrário de alguns colegas, não achei o seu texto > tão lúcido... > > Devo ser meio louco!!hehe > > Abçs, > > Guilherme. > > *De:* analistas2002-bounce@xxxxxxxxxxxxx > > *Para:* "Analistas 2002 CamaraDas" analistas2002@xxxxxxxxxxxxx > > *Cópia:* > > *Data:* Fri, 16 Jan 2009 13:55:26 +0000 > > *Assunto:* [CamaraDas] Re: Novo Sindicato > > Colegas, > > > > Refletindo com cuidado a respeito da proposta de sindicato setorial, acho > que o atual sistema conjunto é melhor, e gostaria de compartilhar essas > reflexões com nosso grupo, sabendo que, evidentemente, posso não estar > certo, mas que defendo aqui o que acredito, com a melhor das intenções, pelo > que peço a compreensão de todos. > > > > *I - A INCONSTITUCIONALIDADE DO NOVO SINDICATO* > > A Constituição, em seu art. 8º, II, diz que "é vedada a criação de mais de > uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria > profissional ou econômica, na mesma base territorial (...)". > > O Sindilegis já é um sindicato dos servidores da Câmara e certamente não > irá abrir mão dessa condição para ser criado um sindicato novo. > > Alguém duvida que ele vá impugnar em todas as instâncias possíveis a > criação de um novo sindicato que lhe "roube" essa fatia de representação? E > alguém duvida que ele tenha um argumento jurídico forte sobre a > inconstitucionalidade da criação desse novo sindicato? > > Entendam-me bem: não estou dizendo que a inconstitucionalidade não possa > ser discutida judicialmente (certamente o será!). Não existe direito > incontroverso. O que estou dizendo é que, no mínimo, o novo sindicato > começará com uma batalha judicial, com sua existência colocada *sub judice > *, por longos e longos anos, e com a possibilidade bem concreta de ter um > desfecho negativo. > > Vale a pena enfrentar essa *via crucis*? > > > > *II - A FORÇA DO NOVO SINDICATO* > > O Sindilegis é um sindicato forte exatamente porque engloba toda a Câmara, > todo o Senado e o TCU (aliás, é a inclusão do TCU, que tem representações em > diversos Estados, que dá ao Sindilegis caráter nacional e as vantagens > legais e jurídicas daí decorrentes). Isso lhe dá força política e financeira > (e esta última lhe permite também ter uma boa estrutura jurídica, > organizativa e de informação). > > Não é à toa que o Sindilegis é tão disputado, tem eleições tão concorridas. > Ninguém disputa o que não tem força. > > A cisão da representação sindical dessas instituições enfraquece todas > elas. > > Alguém já parou para pensar na força que tem a Mesa Diretora, que são os > nossos "patrões" e de que força sindical precisamos para estar à altura de > negociar com eles em posição menos desigual? > > > > *III - AS CONTRADIÇÕES DO ATUAL SINDICATO* > > É evidente que os servidores da Câmara, do Senado e do TCU, além de uma > pauta comum, têm também as suas próprias pautas setoriais. A pergunta é: > existe uma contradição antagônica entre as reivindicações específicas desses > três setores que os impeçam de formar uma frente conjunta? > > Eu acho que não. As reivindicações dos servidores da Câmara e do Senado são > muito semelhantes e a vitória em um deles aumenta a possibilidade de que > aquele benefício seja estendido ao outro (normalmente é uma questão de tempo > para garantir o tratamento isonômico entre eles). Isso é menos claro em > relação ao TCU, mas não vejo nenhuma reivindicação do TCU que possa > atrapalhar as nossas e vice-versa. > > Se existe alguma contradição entre esses setores, ela está apenas no * > timing* das lutas e reivindicações de cada um deles, o que é perfeitamente > administrável por uma diretoria competente. > > Existe uma contradição entre os servidores efetivos, o secretariado > parlamentar e os CNEs? Reconheço que seria ingenuidade afirmar que não. A > principal contradição, no entanto, está na existência da chamada verba de > gabinete, à disposição dos deputados. Essa verba não se coaduna com os > princípios da transparência e da moralidade pública. Essa verba permite que > os deputados contratem mão-de-obra quase escrava (quem já trabalhou em > gabinete parlamentar sabe que não estou exagerando), com salários aviltados, > ao mesmo tempo em que permite a contratação de cabos eleitorais que não > trabalham para a instituição, mas sim para o político, pessoalmente. Além > disso, ela elide e desvaloriza o instituto do concurso público. > > Qual a solução? Em minha opinião, lutar para que se instale na Câmara um > sistema semelhante ao do Senado, em que a maioria dos cargos de gabinete é > ocupada por servidores de carreira, pagos pela instituição e não pelo "caixa > pessoal" do deputado (que é o que constitui a verba de gabinete). Ou lutar > para que o Secretariado Parlamentar seja um emprego público, concursado pela > Câmara, mesmo que não efetivo, para atender aos gabinetes. Evidentemente, > essa é uma luta difícil: os deputados não vão abrir mão do atual sistema > facilmente. É preciso ganhar a opinião pública para que ela os pressione, e > uma luta desse tamanho só pode ser levada à frente por uma instituição > sindical forte, que se mobilize, divulgue, propague e faça repercutir na > imprensa essa idéia moralizadora. > > Dito isso, é preciso lembrar que a Constituição também não permite > discriminar trabalhadores de uma mesma empresa ou instituição, impedindo-os > de se filiarem ao sindicato que representa os trabalhadores daquela > instituição. Ou seja: existe a possibilidade de que a Justiça considere > discriminatório e inconstitucional criar um sindicato só de servidores > efetivos. É bastante provável que, se ele se viabilizasse e os secretários > parlamentares e CNEs quisessem ingressar, a Justiça lhes concederia mandado > de segurança, por ser direito líquido e certo deles. E tudo voltaria a ser > como dantes no quartel de Abrantes. > > Essas contradições são antagônicas e impedem a ação conjunta de efetivos, > SPs e CNEs? A história, até agora, mostrou que não. Há fricções que precisam > ser administradas, mas nada que obrigue a um rompimento. > > > > *IV - O SINDICATO SOMOS NÓS* > > Os sindicatos são uma forma de representação semi-direta. Há um órgão > executivo (a Diretoria), mas a deliberação é de todos os filiados, > diretamente, em assembléias. Isso tem de ficar bem claro para nós: que o > sindicato, em última instância, somos nós. Nós não elegemos o poder > legislativo sindical: nós somos esse poder e a instância máxima do > sindicato. > > Para dar maior legitimidade à sua ação, o sindicato tem de convocar > assembléias sempre que houver uma questão controversa ou mais complexa. E os > filiados, em contrapartida, têm de participar com freqüência dessas > assembléias, para que o exercício da democracia direta fortaleça e melhore o > sindicato. Se os melhores se recusarem a participar delas, sob o pretexto > que são chatas, agressivas, desrespeitosas (e muitas vezes o são, mas se > forem mais bem freqüentadas tendem a melhorar e os participantes tendem a > educar-se), os piores vão se aproveitar. Afinal, os sindicatos são um > instrumento de poder, e podem servir à coletividade, legitimamente, ou a > quem o usurpar, ilegitimamente. Mas os usurpadores só conseguem tomá-lo pela > apatia dos outros... > > Há um velho ditado que se aplica aos trabalhadores, e, em especial, acho > que se aplica a nós, servidores: *"Se eu não for por mim, quem o será? Se > não agora, quando?"*. > > ------------------------------ > Veja mapas e encontre as melhores rotas para fugir do trânsito com o Live > Search Maps! Experimente já!<http://www.livemaps.com.br/index.aspx?tr=true> > ------------------------------ > O jeito mais fácil de manter a sua lista de amigos sempre em ordem! 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