[CamaraDas] Para pensar

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  • To: "Grupo Analistas CD" <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx>
  • Date: Fri, 4 Aug 2006 09:51:41 -0300

         
        > Esquerda Festiva Carioca 
        >                 Rodrigo Constantino 
        > 
        >     Pelos cariocas, o segundo turno das próximas 
        > eleições se daria entre Lula e Heloísa Helena. É o que mostra a 
        > última pesquisa do Ibope, onde a senadora fica à frente de 
        > Alckmin, com 19% das intenções de voto. E isso não é o mais 
        > estarrecedor! A candidata pelo PSOL tem o melhor desempenho 
        > entre os eleitores cariocas com maior renda e escolaridade. 
        > Heloísa Helena, que adora Che Guevara e gostaria de transformar 
        > o Brasil em uma Cuba gigante, tem 26% dos votos entre os 
        > eleitores com ensino superior! Lula, o presidente do "mensalão" 
        > e camarada de Chávez, obtém 29% dos votos. PT ou PSOL, eis as 
        > escolhas do carioca que estudou. Falam em educação como uma 
        > verdadeira panacéia. Seria o caso de perguntar: essa educação? 
        > 
        >     Não se improvisa um absurdo desses. Isso é 
        > obra de décadas de lavagem cerebral, de mentalidade deformada e 
        > de idolatria do fracasso. Os ícones dessa esquerda festiva são 
        > figuras como Chico Buarque, o cantor que adora o ditador Fidel 
        > Castro - do conforto de sua mansão, claro. Ou então Oscar 
        > Niemeyer, o rico arquiteto que ainda prega o comunismo - mas não 
        > recusa um projeto milionário do Estado nem distribui sua fortuna 
        > em nome da "igualdade social". Foi Roberto Campos quem melhor 
        > diagnosticou a coisa: "É divertidíssima a esquizofrenia de 
        > nossos artistas e intelectuais de esquerda: admiram o socialismo 
        > de Fidel Castro, mas adoram também três coisas que só o 
        > capitalismo sabe dar - bons cachês em moeda forte, ausência de 
        > censura e consumismo burguês; trata-se de filhos de Marx numa 
        > transa adúltera com a Coca-Cola..." 
        > 
        >     Pois é. O carioca padrão, esse que faz com 
        > que uma dinossauro raivosa como Heloísa Helena tenha mais de um 
        > quarto dos votos, é aquele que normalmente mora bem, não entende 
        > absolutamente nada de política ou economia, mas adora esbravejar 
        > contra o "capitalismo selvagem" durante seu porre no barzinho da 
        > esquina. Ele acredita que basta condenar Bush por todos os males 
        > do mundo e vociferar contra o egoísmo dos capitalistas - como se 
        > ele fosse a Madre Teresa de Calcutá - que um "novo mundo" será 
        > possível. "Se ao menos esses ricos fossem menos gananciosos e 
        > distribuíssem suas fortunas..." - eles pensam, comprando a paz 
        > de espírito enquanto guardam para si suas próprias poupanças 
        > (ninguém é de ferro). E seguem adiante, com a consciência 
        > tranqüila de quem fez muito pelos pobres: "garçom, mais uma 
        > cerveja!". 
        > 
        >     Os cariocas se acham malandros, espertos e 
        > adoram colocar as emoções acima da razão. Depois não entendem 
        > porque os empregos estão migrando para São Paulo... É lamentável 
        > que certas pessoas jamais aprendam com os próprios erros ou com 
        > a experiência passada. O Rio sofreu uma barbaridade com figuras 
        > como Brizola, que tornou as favelas intocáveis, permitindo as 
        > fortalezas do crime que são atualmente. Depois tivemos o casal 
        > Garotinho. O carioca foi capaz de eleger Saturnino Braga como 
        > senador ao invés de Roberto Campos (ou Crivella ao invés de Artur da 
Távola)! Não é preciso falar muito 
        > mais. Racionalidade não parece ser um dos fortes aqui. 
        > 
        >     A cidade maravilhosa está infestada pela 
        > esquerda festiva. Seus representantes estão por todos os 
        > lugares. Os professores são marxistas, os jornalistas chamam o 
        > ditador Fidel Castro de presidente e os padres defendem o MST. 
        > Os vereadores votam centenas de leis inconstitucionais. Isso 
        > para não falar que somos a cidade dos funcionários públicos, 
        > herança dos tempos de capital. Não é justo generalizar, pois tem 
        > muita gente séria nesse meio. Mas basta lembrar que o cão não 
        > morde a mão que o alimenta, e dificilmente um funcionário 
        > público prega a redução do Estado e dos privilégios por ele 
        > concedidos para sua categoria. Há que ser muito honesto, 
        > qualidade em falta na capital da malandragem. Aqui vale mais o 
        > brocardo "se a farinha é pouca, meu pirão primeiro". 
        > 
        >     Enquanto o casal Garotinho dominar a cena 
        > política; enquanto Lula for visto como o bastião da honestidade; 
        > enquanto a "lei de Gérson" for mais respeitada que o trabalho 
        > honesto; e enquanto Heloísa Helena tiver 26% dos votos entre 
        > aqueles com ensino superior, resta mesmo a pessimista - porém 
        > realista - previsão do saudoso Roberto Campos: "não corremos o 
        > menor risco de dar certo". 
        > 
        

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