[CamaraDas] RES: RES: RES: Sindilegis contesta discurso de líder do governo contra os 15%

  • From: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
  • To: <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx>
  • Date: Wed, 19 Oct 2005 19:00:39 -0200

Creio que o Sindicado poderia adotar uma posição de "pagar para ver", isto é, 
desafiar o líder a cumprir a promessa do discurso de colocar o projeto em 
votação assim que a pauta estiver desobstruída.

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De: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx [mailto:analistas2002@xxxxxxxxxxxxx] 
Enviada em: quarta-feira, 19 de outubro de 2005 18:08
Para: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
Assunto: [CamaraDas] RES: RES: Sindilegis contesta discurso de líder do governo 
contra os 15%


Concordo em gênero, número e grau com a Patrícia. O texto é uma aula de como 
NÃO ser diplomático.
 
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De: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx [mailto:analistas2002@xxxxxxxxxxxxx] 
Enviada em: quarta-feira, 19 de outubro de 2005 16:59
Para: André Corrêa de Sá Carneiro
Cc: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
Assunto: [CamaraDas] RES: Sindilegis contesta discurso de líder do governo 
contra os 15%


Na minha opinião, o Sindilegis deveria consultar a categoria antes de publicar 
tais notas.
Bater de frente com agressões pessoais e críticas ao governo nesta hora de 
crise é uma péssima estratégia.
Todos temos nossas insatisfações com o atual governo, mas um sindicato tem de 
se segurar para ter um papel mais diplomático se quer conseguir algum avanço 
para a categoria que representa. Manifestar-se sim, mas agredir não uma boa 
coisa.

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De: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx [mailto:analistas2002@xxxxxxxxxxxxx] 
Enviada em: quarta-feira, 19 de outubro de 2005 16:05
Para: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
Assunto: [CamaraDas] Sindilegis contesta discurso de líder do governo contra os 
15%


 


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De: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx [mailto:analistas2002@xxxxxxxxxxxxx] 
Enviada em: quarta-feira, 19 de outubro de 2005 14:47
Para: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
Assunto: [CamaraDas] O mundo dará voltas...


 
Sindilegis contesta discurso de líder do governo contra os 15%


O líder do governo na Câmara dos Deputados, Deputado Arlindo Chinaglia, perdeu 
na sessão plenária da última terça-feira (18.10), excelente oportunidade para 
permanecer calado. Atingido por um desvario que nem de longe lembra sua atuação 
de outros tempos, quando, instalado na oposição, defendia os interesses de 
servidores públicos, o parlamentar ocupou a tribuna do Plenário para perpetrar 
inusitados, injustos e descabidos impropérios contra o Sindilegis e a categoria 
que orgulhosamente representamos.

Imbuído de um autoritarismo despropositado, outorgou-se o direito de tecer 
escolhas em nome dos servidores da Câmara dos Deputados e defendeu opções que 
não lhe dizem respeito, porque não cabe a nenhum Deputado e a nenhum Senador, 
por mais importantes sejam as posições que ocupam, decidir quais são e serão as 
reivindicações que priorizamos. Cabe exclusivamente à nossa categoria definir 
os interesses pelos quais se mobiliza e não demos nem daremos a nenhuma 
autoridade da República a empáfia de substituir o papel desempenhado de forma 
séria, resoluta e decidida pelo sindicato que nos representa.

O pior é que sequer são verdadeiras as alegações do Líder do Governo. Arlindo 
Chinaglia resolveu se identificar como o arauto do plano de carreira dos 
servidores da Câmara dos Deputados, mas os servidores da Casa, convocados pelo 
Sindilegis, testemunharam sua atuação em relação a essa matéria no mês de julho 
do ano corrente. Numa época em que os vetos ainda não haviam sido derrubados, o 
Líder do Governo se revelou intransigentemente contra a aprovação do projeto 
que equipara os servidores da Câmara aos do Senado, e agora, meses depois, 
submetido a uma amnésia que felizmente não afeta os servidores que prejudicou, 
procura distorcer o triste papel que desempenhou na ocasião.

Tornou-se claro que Arlindo Chinaglia ocupa, para desgosto dos que o admiravam, 
posição decisiva no processo espúrio e inaceitável de intimidação em que se 
converteu a novela em torno do crédito adicional reivindicado pelas Casas 
Legislativas. Atuando de forma que faria corar os piores ditadores do planeta, 
o Líder do Governo resolveu fazer da dotação de pessoal das Casas Legislativas 
o sujo tapete sob o qual pretende esconder a administração corrupta e 
corruptora cujos interesses se dispôs a defender.

São mentirosas as alegações da ADIN movida contra o nosso reajuste e mais 
repugnante ainda o teatro que vem sendo armado em torno de medidas 
administrativas corriqueiras. No exercício de 2003, já sob o governo Lula e sem 
sombra de 15%, a Câmara e o Senado pediram e obtiveram créditos adicionais no 
valor total de R$ 318.193.788,00. No ano seguinte, em que os 15% foram pagos 
apenas nos meses de novembro e dezembro, o reforço orçamentário remontou a R$ 
384.493.386,00.

Como se vê, não existe nenhuma extorsão no pedido encaminhado pelas Mesas 
Diretoras da Câmara e do Senado e não se justifica nem se admite, senão como um 
ato de agressão frontal e gratuita às duas Casas, em uma ameaça explícita e 
intolerável ao próprio Estado de Direito, a recusa em atender o que o Poder 
Legislativo reivindica. O comportamento do Ministro do Planejamento e do 
Presidente da República, agora reforçados pela atitude absurda do Líder do 
Governo na Câmara dos Deputados, representa a mais séria medida de exceção 
tomada na história deste País desde a tomada do poder pelos militares há 41 
anos.

Temos sido e continuaremos sendo uma entidade permanentemente aberta ao diálogo 
e ao entendimento. Nunca nos recusaremos a manter interlocução com o Presidente 
Lula, com o ministro Paulo Bernardo ou com o Líder do Governo na Câmara dos 
Deputados, por mais injustificáveis sejam as agressões gratuitas que essas 
figuras a toda hora nos dirigem. Mas essa disposição, que é a marca e o legado 
da atual gestão do Sindilegis, não pode e não deve ser confundida com a 
possível ausência de firmeza no necessário vigor com que defendemos a nossa 
categoria.

Negociação, sim. Ameaça à democracia e ao Estado de Direito nunca. Enquanto o 
Sindilegis estiver aberto e atuante, ninguém, por mais poderoso que se imagine, 
poderá pôr em risco ou em dúvida a integridade moral da nossa categoria, razão 
pela qual esta entidade sindical pioneira foi fundada e o motivo que 
permanentemente justificará sua sobrevivência.


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