[CamaraDas] Trabalho voluntário

  • From: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
  • To: <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx>, Nazir Antônio Rocha Isaac <nazir.isaac@xxxxxxxxxxxxx>
  • Date: Fri, 21 Oct 2005 15:13:20 -0200

 


Olá  amigos,
 
 Gostaria de lhes contar, resumidamente,  o que ando "aprontando" ultimamente: 
meu marido, Carlos Guimarães, é atleta de basquetebol em cadeira de rodas. Com 
freqüência ele ia com o time fazer apresentações em escolas e dar palestras 
para crianças e adolescentes. Neste ano, ele montou, junto com alguns outros 
atletas de modalidades paraolímpicas, o Projeto Reação. Esse projeto tem por 
objetivos básicos divulgar o desporto paraolímpico  - com ações educativas 
entre outras  -  promover a integração e buscar patrocínio para os atletas. 
Eles começaram a fazer esse trabalho, já com o nome Projeto Reação na Escola 
Batista , nos mês passado,  e estão, nessa semana, no SECAP, no Lago Norte. Nas 
escolas, junto com os professores de Educação Física, principalmente, eles dão 
palestras sobre vários assuntos relacionados à deficiência e ao desporto 
adaptado. Atletas de Futebol de Amputados, de Tênis de Mesa em Cadeira de 
Rodas, de Hipismo, de Basquete e de Volley adaptados fazem demonstrações e 
falam com os alunos.  É um barato. Eu ajudei na primeira escola, na Batista. As 
crianças adoram: elas sobem na cadeira, elas desafiam os meninos no tênis de 
mesa ou no futebol, elas tentam jogar bola com os olhos fechados. A gente 
acredita que é com a informação, com a convivência, que o preconceito vai 
diminuir e a integração se dará de forma mais fácil e correta no futuro. Essas 
crianças que pedem autógrafos, que tiram fotos com eles, que brincam numa 
cadeira, não se esquecerão da experiência quando se depararem com alguém 
diferente. Não deixarão os pais estacionarem nas vagas especiais e, esperamos, 
se lembrarão da diversidade quando, já profissionais, tiverem que fazer 
adaptações arquitetônicas, auxiliar um colega a se integrar ou mesmo criar 
situações de integração.
Bom, o Carlos tem um amigo, do Corpo de Bombeiros do DF, que mora numa região 
próxima a Planaltina. É uma região carente e ele e a esposa fazem parte da 
Pastoral da Criança. Sabendo do Projeto, eles combinaram de irmos lá no domingo 
retrasado, no dia da pesagem. Juntos, compramos brinquedos para serem doados 
para as crianças, pois naquele domingo seria comemorado o dia das Crianças. Eu 
conversei com as mães sobre desenvolvimento infantil (falei sobre a importância 
da alimentação adequada, da higiene, da vacinação, da afetividade entre mãe e 
filho e de exercícios de estimulação a serem feitos com os bebês para o bom 
desenvolvimento). Haviá lá cerca de 60 crianças ou mais (contando os irmãos e 
colegas) e mais um tanto de adultos. Todo terceiro domingo do mês elas se 
juntam na casa desse colega para a pesagem. São 4 coordenadores da pastoral 
juntos nesse dia, cada um com cerca de 15 crianças. Há também algumas gestantes 
acompanhadas pela Pastoral (adolescentes...). Nesse domingo, as próprias 
senhoras da pastoral fizeram o lanche com donativos que conseguiram 
(cachorro-quente, canjica, caldo de carne moída com mandioca e refrigerante) e 
distribuíram um pacotinho com doces para as crianças. Elas dizem que, 
geralmente, não dão doces nem refrigerantes, para não estimular o consumo 
dessas guloseimas, mas era dia de festa!
Bom, foi nosso primeiro dia, mas já saímos com tantas idéias!  É  muito bom 
poder ajudar e as pessoas são receptivas. 
Liguei para uma prima que é dentista e ela disse que pode ir da próxima vez, 
para conversar sobre higiene bucal (fiquei pensando que as mães não devem ter 
muita informação e me preocupei com os bebês!). Vamos tentar conseguir escova 
de dentes e pasta para cada criança. Vamos ver com o representante da Dental o 
preço do flúor, pois então faríamos aplicação de flúor nesse dia também . 
Como elas moram em casas, pensei em, mais para frente, conseguirmos um jeito de 
incentivá-las a cada uma fazer uma pequena horta no seu quintal. 
Bom, o próximo encontro será no terceiro domingo de novembro, dia 19. A 
comunidade é carente. Tem criança de todas as idades e eles precisam de muita 
coisa. Por isso, são muitas as idéias e opções.
Estou contando tudo isso pois, quem sabe, algum de vocês quer ir conosco na 
próxima vez ou tem alguma idéia e queira ajudar. Tomara que   sim e que 
possamos trabalhar  juntos! 
Um beijinho,
Eugênia

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