[CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Eliane Trindade: Um crachá que vale muito

  • From: Adriana Lago <didi.lago@xxxxxxxxx>
  • To: pcborges19@xxxxxxxxx
  • Date: Wed, 11 Feb 2015 18:06:13 -0200

Que porcaria!
Vida nojenta a que esse povo promíscuo leva!!
E saber que o nosso local de trabalho serve de palco pra essa pornografia
institucionalizada...PQP!

Em 11 de fevereiro de 2015 07:51, Patrícia Borges de Carvalho <
pcborges19@xxxxxxxxx> escreveu:

> Tá cheio de prostituta com cne. Todas vestidas sensualmente, altamente
> produzidas, sorridentes e prestativas dando mole pros servidores e
> deputados pra garantir uma segurança a mais.
> E os bocós babam e adoram dar dinheiro pra elas, sentem-se "pegadores de
> sucesso". Alguns até namoram com elas sem saber que são prostitutas.
> É uma relação equilibrada onde cada um tem o que busca e todos se
> merecem...
>
>
> Enviado do meu iPhone
>
> Em 10/02/2015, às 22:04, Niquele <niquele@xxxxxxxxx> escreveu:
>
> Brasília para maiores: confissões de uma acompanhante de luxo
>
> 10/02/2015
>
> "Danny Bond sou eu", diz Juliana, no primeiro contato por telefone para
> comentar "Felizes para Sempre?". A brasiliense de 38 anos contabiliza 22
> deles numa terra parecida com a retratada na minissérie dirigida por
> Fernando Meirelles, cujo último capítulo foi exibido pela Rede Globo na
> sexta-feira (6).
>
> Ao longo dos dez episódios e a convite da coluna, Juliana (nome fictício)
> passou em revista sua vida em uma "Brasília para maiores", contrapondo
> ficção e realidade.
>
> A fina estampa e o carisma ("Sou bem articulada, espirituosa e sei me
> comportar em qualquer ambiente") carimbaram o passaporte da loura de 1,60m,
> 54 kg e olhos castanhos para o território do poder.
>
> Uma Brasília habitada por autoridades e políticos –de todos os partidos e
> matizes ideológicos, do baixo ao alto clero do Congresso Nacional, passando
> pelos primeiros escalões de sucessivos governos–, além de empresários,
> empreiteiros e lobistas que orbitam em torno dos poderosos.
>
> Juliana mergulhou em reminiscências de seu debute, ao acompanhar a
> personagem de Paolla Oliveira, uma garota de programa de luxo que seduz um
> empreiteiro corrupto e sua mulher, ao ser contratada pelo casal para um
> "ménage à trois".
>
> "Eu tinha 16 anos, era estudante do ensino médio, filha de uma família
> classe média, quando comecei a me relacionar com homens mais velhos, todos
> ricos e poderosos. Eles pagavam as minhas contas. Eu não gostava da minha
> vida, do lugar onde morava no Plano Piloto e sempre almejei mais.
>
> Fui vendedora de uma butique de luxo, atendia mulheres ricas, socialites e
> sonhava em ser como elas. Como era muito bonita, sempre fui assediada e me
> destacava pela personalidade.
>
> Então, fui montando uma personagem: a menina bonita, liberal e moderna.
> Era diferenciada na cor e no corte de cabelo. Era fashion e a mais popular.
> Sempre transitei entre as classes de A a Z. Sei atuar em todos os lugares e
> tudo era descoberta: o sexo, o meu poder de sedução e o luxo."
>
> Como Danny Bond na minissérie, a personagem real agradou um importante
> empresário local. Juliana teve um Cláudio Drummond (o empreiteiro vivido
> por Enrique Diaz) para chamar de seu. Aos 20 anos, conquistava o coração e
> as benesses de um homem que a promoveu de recepcionista em uma de suas
> empresas a amante.
>
> Com ele, viveu no centro do poder os primeiros capítulos de um romance que
> teve como cenário a Academia de Tênis de Brasília. Nos anos 1990, em plena
> Era Collor, a estrutura hoteleira e esportiva era a mais requintada da
> Capital Federal.
>
> "Por quase dez anos vivi na `vibe' de mulher de milionário. Ele tinha 56
> anos, quando começamos a nos relacionar. Logo no começo do nosso caso, ele
> colocou as cartas na mesa: `Sou casado, tenho filhos. Minha vida é
> complicada. Se topar a parada, não vai se arrepender'. O que eu tinha a
> perder?"
>
> Na ficção, Danny Bond ganha 3.000 euros por uma tarde de sexo em um hotel
> de luxo com vista para o Lago Paranoá, paisagem ofuscada pelo comentado
> bumbum da atriz. Ao final da transa, o cliente declara: 'O que você quer?
> Aliança? Apartamento?' O céu era o limite também para Juliana.
>
> "Eu topei na hora. No dia seguinte, saí da casa de minha avó, com quem
> estava morando, pois briguei com minha mãe por causa do meu estilo de vida.
> Fiquei rica da noite para o dia. Tinha cartão de crédito ilimitado, ganhei
> uma BMW, quando antes circulava com um carro popular. Os filhos dele tinham
> a minha idade.
>
> Fomos morar juntos. De cara, ele me botou em um chalé na Academia de
> Tênis. Era vizinha da então ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello,
> que morava lá. Tomava café da manhã com ministros do Collor. Imagina tudo
> isso na cabeça de uma menina de 20 anos."
>
> Apesar da narrativa de contos de fadas, Juliana diz sempre ter tido
> consciência de que era uma história fadada a não ter final feliz, a exemplo
> da vida bandida de Danny Bond. A fila sempre anda, diz Juliana.
>
> "No meu caso, depois de sete anos juntos, ele se apaixonou por outra.
> Nessa altura, eu já tinha engravidado e tido um filho dele. Luciana Gimenez
> não teve um filho de Mick Jagger? Comigo foi a mesma coisa. Minha vida
> mudou. Ele era um homem muito generoso. Adora nosso filho, é um ótimo pai.
> Fui uma mulher exemplar, recompensada com uma pensão e uma casa que vale
> US$ 1 milhão.
>
> Vivi o fim do caso com dignidade. Você é um troféu e logo eles vão querer
> conquistar outro. É o ciclo natural. Esse tipo de homem é movido a
> conquistas, ao poder de bancar a mulher mais bonita da noite. Sou pé no
> chão. Tenho um sensor apurado, sei sair bem das situações."
>
> Juliana passou quase uma década levando uma vida de classe média,
> namorando caras da sua idade e longe dos engravatados da Esplanada dos
> Ministérios e da Praça dos Três Poderes. Há dois anos, voltou a circular
> entre políticos, recomeçando as baladas de uma segunda encarnação na pele
> de uma Danny Bond de carne e osso.
>
> "Todas as terças e quartas, quando os políticos começam a chegar de suas
> cidades, nosso grupo se reúne em algum restaurante badalado de Brasília.
> Você vai para esses encontros para ser avaliada e se submete a isso à
> espera do prêmio maior, que é ser uma das escolhidas da noite.
>
> É uma coisa discreta, como se fosse um jantar entre amigos. Só que é
> organizado por uma espécie de cafetina, que deve ter uns 50 anos e faz o
> estilo amigona deles e das mulheres. O que está em jogo ali não é só ser
> escolhida por um político ou empresário por uma noite, mas o desejo de que
> um cara desses se apaixone por você. É uma roleta russa. Dá adrenalina.
> Mexe com a vaidade.
>
> _Foi assim que conheci um deputado, com quem me relaciono há oito meses.
> Antes, fiquei com outros, inclusive com um amigo do atual. Não fui
> escolhida de cara pelo meu ficante. Só saímos depois do terceiro encontro.
> Tenho essa tranquilidade. Não saio à caça, nem faço por necessidade. _
>
> Quando era mais jovem, meu objetivo era casar com um milionário. Foquei e
> consegui. Não busco mais um apartamento ou um carro, coisas que já
> conquistei. Meu objetivo hoje é aproveitar a vida com estilo. Fazer viagens
> nos fins de semana, ganhar presentes caros, como uma bolsa Gucci, uma
> sandália Christian Louboutin, uma joia da Tiffany. Não é uma troca
> imediata, são ganhos de longo prazo. É um empreendimento, como tudo o mais.
> Você pode fazer sucesso ou falir. Tem que focar."
>
> A exemplo da personagem criada por Euclydes Marinho, Juliana se orgulha do
> estilo sofisticado de se vestir, de sua casa muito bem decorada,
> credenciais que a fazem circular com segurança entre os abastados. E se
> diferenciar da concorrência.
>
> "Antigamente, a coisa rolava entre um grupo de patricinhas,
> universitárias, como é o caso protagonista da minissérie. Hoje, a
> proliferação dessas garotas é tão grande, que existe para todos os gostos e
> idades. A concorrência aumentou. Tem desde a funcionária pública
> concursada, atraída por frequentar restaurantes caros, até as vagabundas
> que vivem só disso.
>
> Apesar de estar com quase 40 anos, tenho tido sucesso nessa minha segunda
> fase. Uma acompanhante de um homem poderoso tem que saber falar, ter um
> mínimo de conhecimento. Eles gostam de mulher de atitude, que possam exibir.
>
> A cama é o segundo momento. Depois da primeira transa, se o cara te
> procura para uma segunda, você sobe um degrau. As outras já ficam olhando.
> Rola muito ciúme e briga entre as meninas."
>
> Elas entram em cena em fuso e calendário próprios, sempre à noite e entre
> terças e quintas, a semana parlamentar. Os encontros vespertinos, como o
> protagonizado por Danny Bond em tarde de sexo nos ares, são excepcionais,
> assim como fins de semana de sexo em outras paragens. Juliana carimbou o
> passaporte para Miami há uns três meses. Já a personagem de Paolla Oliveira
> teve o embarque para Paris abortado pela Polícia Federal que, na ficção,
> impediu a saída do seu acompanhante do país.
>
> "Depois de uns cinco encontros com esse deputado com quem estou ficando,
> ele me convidou para uma viagem a Miami. Passamos cinco dias na casa de um
> milionário amigo dele. Fiquei impressionada com tanto luxo e riqueza. Não
> rola grana, mas presentes. Os caras bancam tudo. Nem precisa ser boa de
> cama. Todos usam Viagra ou Cialis. Passam a noite inteira ligados.
>
> Transamos em todos os ambientes da mansão. Fizemos um filme pornô atrás do
> outro. Como tinha câmera para todo lado, fiquei bem conhecida dos
> porteiros. Imagina se uma fita dessa for parar na internet ou numa comissão
> de decoro parlamentar? Todo mundo ia querer saber quem era a loura
> misteriosa.
>
> É claro que você fica imaginando o custo daquilo tudo. Fiquei passada
> quando mexi no closet do dono da casa de Miami. Achei uma gaveta cheia de
> relógios. Abri outra e contei US$ 15 mil em cash. Era a grana para o fim de
> semana. Esses caras não pagam nada com cartão nem cheque. Não deixam pistas
> da gastança. Isso me diverte, dá adrenalina. Mexe com minhas fantasias e me
> excita.
>
> Dispara um gatilho. Quando a vaidade se mistura com futilidade é uma
> bomba. Tinha um iPhone 5 novinho e troquei pelo 6 para ficar no mesmo nível
> dele e da turma de milionários.
>
> É preciso muita estrutura emocional para não pirar e também para não se
> apaixonar. Quem acha que tudo ali é real se ferra ou enlouquece. Já vi
> casos horrorosos de meninas que invadem gabinetes, xingam secretárias e
> infernizam a vida do cara."
>
> Como a arte imita a vida, Juliana conta histórias de glamour e de
> sacanagem protagonizadas por ela ou amigas e que poderiam ter sido
> roteirizadas em "Felizes para Sempre?".
>
> "Já ouvi muita história de transas em aviões e helicópteros. Um ex-senador
> era conhecido por transar enquanto sobrevoava Brasília em seu jatinho,
> assim como um conhecido empresário que fazia festinhas aéreas regadas a
> cocaína.
>
> Uma amiga foi contratada por um casal por R$ 2.000 para um programa, mas
> quando chegou ao restaurante rolou uma atração forte entre as duas
> mulheres. Assim como na minissérie, o cara foi colocado para escanteio e
> elas tiveram um casinho por um tempo. A menina é poliglota, morou na
> Inglaterra, chegou toda montada em grifes, nada do estereótipo de puta.
>
> Você vive também situações engraçadas e até constrangedoras. Saí com um
> deputado que na hora de transar fazia de conta que eu era a melhor amiga da
> mulher dele. O cara gritou tanto o nome das duas que eu escapei do hotel na
> madrugada. Mas você pode acabar uma noitada também na mesa de um futuro
> candidato a Presidência da República ou de um novo ministro.
>
> Ano passado fui convidada para uma festa de aniversário em outra capital.
> Foi organizada pela amante de um parlamentar importante que chamou 30
> meninas. Ele levou dez amigos. Fui contemplada com o mais bonito e poderoso
> deles."
>
> Juliana aponta uma falha no roteiro da minissérie, quando o empreiteiro
> inescrupuloso dispensa uma amante com um cheque pelos "serviços prestados".
> Nos últimos episódios, a distância entre ficção e realidade aumentou,
> segundo ela.
>
> "Não gostei do desfecho da minissérie. Do meio para o final enfeitaram
> muito. Achei moralista essa coisa de o crime não compensa? Acabar em morte
> ou prisão. Não é o que vejo acontecer. Não vejo as acompanhantes
> participarem de negociatas, por exemplo, nem distribuírem dossiês por aí.
>
> Na vida real, para se dar bem nesse esquema, a mulher tem que que segurar
> a onda e saber a hora de sair de cena. Só sobrevive e tem sucesso que tem
> cuidado com o que fala, vê e escuta.
>
> Estou escrevendo minha história. Já penso em outras possibilidades. A
> minha cartada agora é conseguir um emprego de assessora parlamentar na
> Câmara dos Deputados. Posso dar um `up grade' no mandato do meu ficante,
> decorar o apartamento dele, ser uma personal.
>
> A crise política chegou para todo mundo. O dinheiro fácil vai sumir de
> Brasília. Não que a maracutaia vá acabar, mas eles estão mais temerosos.
> Nos próximos anos, a farra tende a diminuir com todas essas operações da
> Polícia Federal. Quero me garantir com salário e gratificações.
>
> Antes, nunca tive vontade de estudar para concurso, mas agora ando
> pensando. Já imaginou a Danny Bond aprovada em um concurso público? Seria
> uma reviravolta e tanto na ficção e na realidade, não é mesmo?. Meu foco
> agora é trabalhar com crachá, batendo ponto no Congresso. Por que não?"
>
>

Other related posts:

  • » [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Eliane Trindade: Um crachá que vale muito - Adriana Lago