[CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Artigo: Hélio Schwartsman

  • From: Raimundo Alves <rjalves07@xxxxxxxxx>
  • To: Analistas Câmara <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx>
  • Date: Wed, 29 Aug 2018 18:10:20 -0300

Talvez tenha apenas utilidade...

Em 29 de agosto de 2018 15:28, Leandro Neves Cariello <
leandro.cariello@xxxxxxxxx> escreveu:

Claro que sim! Opinião todo mundo tem. Gostaria de saber quais as
credenciais desse famoso "quem". Pouco sei também do colunista da Folha,
mas se ele está lá deve ter alguma credibilidade.

Enviado do meu iPad

Em 29 de ago de 2018, às 15:16, jair francelino ferreira <
jairfrancelino@xxxxxxxxxxx> escreveu:

Isso importa para o debate?


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*De:* analistas2002-bounce@xxxxxxxxxxxxx <analistas2002-bounce@
freelists.org> em nome de Leandro Neves Cariello <
leandro.cariello@xxxxxxxxx>
*Enviado:* quarta-feira, 29 de agosto de 2018 15:11
*Para:* analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
*Assunto:* [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: [CamaraDas]
Artigo: Hélio Schwartsman

Quem é Raymundo Gomes?

Enviado do meu iPad

Em 29 de ago de 2018, às 14:59, jair francelino ferreira <
jairfrancelino@xxxxxxxxxxx> escreveu:

A nova do colunismo: “impeachment fez bem ao PT”. É sério.

*POR RAYMUNDO GOMES*
Os comentaristas da mídia coxinha – no vão esforço de convencerem a si
mesmos de que é real o universo paralelo que criam em seus textos – volta e
meia se referem à tal “narrativa do PT”.
Na versão mais recente desse tipo de argumento, o impeachment de Dilma
“fez bem ao PT” – acreditem. Foi o que escreveu nesta quarta o colunista
Hélio Schwartsman, da Folha de S. Paulo.
Não que ele seja um colunista importante (fora do prédio da Folha na
alameda Barão de Limeira, ninguém sabe quem é), mas seu texto é bastante
ilustrativo.
Veja o que disse Schwartsman no jornal, caricaturando assunto sério: “O
impeachment é um elemento que se incorpora facilmente à narrativa do PT de
que o partido foi vítima de um complô das elites e da CIA para evitar que
os pobres melhorassem de vida e para nos privar das riquezas do pré-sal.”
Com termos diferentes – “estratégia da vitimização” e outros – essa linha
de raciocínio vem sendo explorada nos últimos tempos pelos articulistas, em
variados graus de desespero diante desses fatos que teimam em não se
encaixar em suas teorias.
O argumento é mais ou menos o seguinte: se Dilma não tivesse sido
derrubada, estaria agora às voltas com baixíssimos índices de popularidade,
e Lula nem de longe gozaria da liderança folgada nas pesquisas que possui
hoje. O PT seria afastado do poder pela urna, e não por um golpe.
Foi mal aí, Schwartsman. A pressa em derrubar Dilma atropelou a paciência
exigida de quem aceita as regras do jogo democrático e espera as eleições
para chegar ao poder com os votos do povo. Agora, só resta virar de novo a
mesa para impedir Lula de ser eleito – o que, aliás, não incomoda nem um
pouco o colunista da Folha, nem os demais da pequena grande imprensa.
O PT não pode dizer nada, no entender dos colunistas, pois tudo se encaixa
numa “narrativa”, numa “estratégia”.
Dê um Google em busca de “narrativa do PT”. Vai encontrar 26.300
referências. Agora dê um Google em “narrativa do PSDB”. Vai encontrar
quatro. Não 4.000. Quatro. (Fora, agora, este texto, claro.)
O curioso nesses artigos é que só o PT parece ter uma “narrativa”, termo
que é implicitamente contraposto a uma suposta realidade, que só existe na
cabeça dos colunistas. A ideia de que o PT é culpado por todos os males do
Brasil não é uma “narrativa”, então?
Já que falamos em exagero e caricatura, é inevitável pensar no que esses
colunistas escreveriam se vivessem não em 2018, mas em outros tempos da
história humana.
“A crucificação é um elemento que se incorpora facilmente à narrativa dos
cristãos”. Palestina, c. 33 d.C.
“A escravidão é um elemento que se incorpora facilmente à narrativa dos
negros.” Brasil, 1888.
“O Holocausto é um elemento que se incorpora facilmente à narrativa dos
judeus.” Europa, 1945.
Como li outro dia num post espirituoso em redes sociais, há uma solução
fácil para privar o PT dessa narrativa. Sugiro aos colunistas dos jornais
que passem a defendê-la.
Soltem Lula.



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*De:* analistas2002-bounce@xxxxxxxxxxxxx <analistas2002-bounce@
freelists.org> em nome de Leandro Neves Cariello <
leandro.cariello@xxxxxxxxx>
*Enviado:* quarta-feira, 29 de agosto de 2018 13:29
*Para:* Analistas
*Assunto:* [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Artigo: Hélio Schwartsman

E a prisão do Lula mais ainda! Diz o *Sensacionalista* que ele quer ser
logo condenado no processo do sítio de Atibaia para ganhar no primeiro
turno...

Enviado do meu iPad

Em 29 de ago de 2018, às 12:36, Niquele <niquele@xxxxxxxxx> escreveu:

Impeachment fez bem ao PT Desempenho de Lula nas pesquisas não seria tão
positivo se Dilma ainda estivesse no cargo


O impeachment de Dilma Rousseff
<https://www1.folha.uol.com.br/especial/2015/brasil-em-crise/o-impeachment-de-dilma/>foi
muito bom para o PT. É sempre perigoso invocar o reino dos contrafactuais,
mas acho razoavelmente seguro afirmar que o desempenho de Lula nas pesquisas
de intenção de voto
<https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/08/lula-chega-a-39-aponta-datafolha-sem-ele-bolsonaro-lidera.shtml>
 não
seria tão positivo se a ex-presidente ainda permanecesse no cargo, e a
responsabilidade pela crise econômica, cujos efeitos ainda se fazem sentir,
estivesse mais conspicuamente ligada à criatura que Lula colocou na
Presidência.

Mais até, o impeachment é um elemento que se incorpora facilmente à
narrativa do PT de que o partido foi vítima de um complô das elites e da
CIA para evitar que os pobres melhorassem de vida e para nos privar das
riquezas do pré-sal. Por mais fantasioso que seja esse discurso, o fato é
que o mau humor da população hoje não recai sobre o PT e sim sobre o governo
de Michel Temer
<https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/05/apos-dois-anos-temer-deixa-de-cumprir-maioria-das-promessas.shtml>
 (que,
aliás, foi escolhido pelo PT para compor como vice a chapa de Dilma).

Nada disso, porém, chega a ser uma surpresa. O duplo risco foi apontado
por vários analistas, eu incluído, ainda antes da votação do afastamento.

O outro contrafactual que precisamos ter em mente aqui diz respeito ao que
teria acontecido com a economia se Dilma não tivesse sido destituída. Há
motivos para acreditar que situação seria muito mais grave. A gestão Temer
cometeu uma lista telefônica de erros, mas conseguiu evitar uma
deterioração ainda maior do cenário econômico.

E o que acontece agora? Lula
<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/celso-rocha-de-barros/2018/08/e-o-lula-hein.shtml>
 dificilmente
poderá concorrer, mas, com a forcinha dada pelo impeachment, deve ser capaz
de transformar seu vice, Fernando Haddad
<https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/08/de-saida-pouco-confortavel-com-multidao-haddad-faz-caminhada-na-bahia.shtml>,
num candidato competitivo. Bolsonaro
<https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/08/discurso-pro-seguranca-de-bolsonaro-seduz-lulistas-no-nordeste.shtml>
 não
é um fenômeno (ou deveria dizer ameaça?) que possa ser ignorado, mas não
creio que passará incólume pela propaganda na TV.

Eu ainda apostaria, mas só quantidades bem módicas de dinheiro, num
segundo turno entre PT e PSDB, que é o cenário que se repete desde os anos
2000. O statu quo tende a ser mais difícil de derrubar do que se supõe.


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