[CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Artigo: Hélio Schwartsman

  • From: Leandro Neves Cariello <leandro.cariello@xxxxxxxxx>
  • To: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
  • Date: Wed, 29 Aug 2018 16:19:13 -0300

Ah, achei. Artigo publicado no DCM. Melhor e mais conhecido pela isenção que a 
Folha.

Enviado do meu iPad

Em 29 de ago de 2018, às 15:46, jair francelino ferreira 
<jairfrancelino@xxxxxxxxxxx> escreveu:

Credenciar pra comentar o momento político de maneira informal, de acordo com 
sua perspectiva do que está acontecendo no momento? Não são comentários de 
especialistas, como questões técnicas. A opinião dele vale tanto quanto a do 
Hélio, a minha ou a sua. O que importa (ou não) é se o que ele diz faz 
sentido. Não que eu concorde com tudo o que ele diz (concordo com boa parte, 
mais do que com o que o  Hélio disse, sobretudo com a abordagem sobre as 
"narrativas"), mas a ideia era só ampliar o horizonte do debate, sem ter de 
eu mesmo fazer um textão.

De: analistas2002-bounce@xxxxxxxxxxxxx <analistas2002-bounce@xxxxxxxxxxxxx> 
em nome de Leandro Neves Cariello <leandro.cariello@xxxxxxxxx>
Enviado: quarta-feira, 29 de agosto de 2018 15:28
Para: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
Assunto: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: 
[CamaraDas] Re: [CamaraDas] Artigo: Hélio Schwartsman
 
Claro que sim! Opinião todo mundo tem. Gostaria de saber quais as credenciais 
desse famoso "quem". Pouco sei também do colunista da Folha, mas se ele está 
lá deve ter alguma credibilidade.  

Enviado do meu iPad

Em 29 de ago de 2018, às 15:16, jair francelino ferreira 
<jairfrancelino@xxxxxxxxxxx> escreveu:

Isso importa para o debate?


De: analistas2002-bounce@xxxxxxxxxxxxx <analistas2002-bounce@xxxxxxxxxxxxx> 
em nome de Leandro Neves Cariello <leandro.cariello@xxxxxxxxx>
Enviado: quarta-feira, 29 de agosto de 2018 15:11
Para: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
Assunto: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Artigo: 
Hélio Schwartsman
 
Quem é Raymundo Gomes?

Enviado do meu iPad

Em 29 de ago de 2018, às 14:59, jair francelino ferreira 
<jairfrancelino@xxxxxxxxxxx> escreveu:

A nova do colunismo: “impeachment fez bem ao PT”. É sério. 
POR RAYMUNDO GOMES

Os comentaristas da mídia coxinha – no vão esforço de convencerem a si 
mesmos de que é real o universo paralelo que criam em seus textos – volta e 
meia se referem à tal “narrativa do PT”.
Na versão mais recente desse tipo de argumento, o impeachment de Dilma “fez 
bem ao PT” – acreditem. Foi o que escreveu nesta quarta o colunista Hélio 
Schwartsman, da Folha de S. Paulo.
Não que ele seja um colunista importante (fora do prédio da Folha na 
alameda Barão de Limeira, ninguém sabe quem é), mas seu texto é bastante 
ilustrativo.
Veja o que disse Schwartsman no jornal, caricaturando assunto sério: “O 
impeachment é um elemento que se incorpora facilmente à narrativa do PT de 
que o partido foi vítima de um complô das elites e da CIA para evitar que 
os pobres melhorassem de vida e para nos privar das riquezas do pré-sal.”
Com termos diferentes – “estratégia da vitimização” e outros – essa linha 
de raciocínio vem sendo explorada nos últimos tempos pelos articulistas, em 
variados graus de desespero diante desses fatos que teimam em não se 
encaixar em suas teorias.
O argumento é mais ou menos o seguinte: se Dilma não tivesse sido 
derrubada, estaria agora às voltas com baixíssimos índices de popularidade, 
e Lula nem de longe gozaria da liderança folgada nas pesquisas que possui 
hoje. O PT seria afastado do poder pela urna, e não por um golpe.
Foi mal aí, Schwartsman. A pressa em derrubar Dilma atropelou a paciência 
exigida de quem aceita as regras do jogo democrático e espera as eleições 
para chegar ao poder com os votos do povo. Agora, só resta virar de novo a 
mesa para impedir Lula de ser eleito – o que, aliás, não incomoda nem um 
pouco o colunista da Folha, nem os demais da pequena grande imprensa.
O PT não pode dizer nada, no entender dos colunistas, pois tudo se encaixa 
numa “narrativa”, numa “estratégia”.
Dê um Google em busca de “narrativa do PT”. Vai encontrar 26.300 
referências. Agora dê um Google em “narrativa do PSDB”. Vai encontrar 
quatro. Não 4.000. Quatro. (Fora, agora, este texto, claro.)
O curioso nesses artigos é que só o PT parece ter uma “narrativa”, termo 
que é implicitamente contraposto a uma suposta realidade, que só existe na 
cabeça dos colunistas. A ideia de que o PT é culpado por todos os males do 
Brasil não é uma “narrativa”, então?
Já que falamos em exagero e caricatura, é inevitável pensar no que esses 
colunistas escreveriam se vivessem não em 2018, mas em outros tempos da 
história humana.
“A crucificação é um elemento que se incorpora facilmente à narrativa dos 
cristãos”. Palestina, c. 33 d.C.
“A escravidão é um elemento que se incorpora facilmente à narrativa dos 
negros.” Brasil, 1888.
“O Holocausto é um elemento que se incorpora facilmente à narrativa dos 
judeus.” Europa, 1945.
Como li outro dia num post espirituoso em redes sociais, há uma solução 
fácil para privar o PT dessa narrativa. Sugiro aos colunistas dos jornais 
que passem a defendê-la.
Soltem Lula.



De: analistas2002-bounce@xxxxxxxxxxxxx <analistas2002-bounce@xxxxxxxxxxxxx> 
em nome de Leandro Neves Cariello <leandro.cariello@xxxxxxxxx>
Enviado: quarta-feira, 29 de agosto de 2018 13:29
Para: Analistas
Assunto: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Artigo: Hélio Schwartsman
 
E a prisão do Lula mais ainda! Diz o Sensacionalista que ele quer ser logo 
condenado no processo do sítio de Atibaia para ganhar no primeiro turno...

Enviado do meu iPad

Em 29 de ago de 2018, às 12:36, Niquele <niquele@xxxxxxxxx> escreveu:

Impeachment fez bem ao PT
Desempenho de Lula nas pesquisas não seria tão positivo se Dilma ainda 
estivesse no cargo

O impeachment de Dilma Rousseff foi muito bom para o PT. É sempre perigoso 
invocar o reino dos contrafactuais, mas acho razoavelmente seguro afirmar 
que o desempenho de Lula nas pesquisas de intenção de voto não seria tão 
positivo se a ex-presidente ainda permanecesse no cargo, e a 
responsabilidade pela crise econômica, cujos efeitos ainda se fazem 
sentir, estivesse mais conspicuamente ligada à criatura que Lula colocou 
na Presidência.

Mais até, o impeachment é um elemento que se incorpora facilmente à 
narrativa do PT de que o partido foi vítima de um complô das elites e da 
CIA para evitar que os pobres melhorassem de vida e para nos privar das 
riquezas do pré-sal. Por mais fantasioso que seja esse discurso, o fato é 
que o mau humor da população hoje não recai sobre o PT e sim sobre o 
governo de Michel Temer (que, aliás, foi escolhido pelo PT para compor 
como vice a chapa de Dilma).

Nada disso, porém, chega a ser uma surpresa. O duplo risco foi apontado 
por vários analistas, eu incluído, ainda antes da votação do afastamento.
O outro contrafactual que precisamos ter em mente aqui diz respeito ao que 
teria acontecido com a economia se Dilma não tivesse sido destituída. Há 
motivos para acreditar que situação seria muito mais grave. A gestão Temer 
cometeu uma lista telefônica de erros, mas conseguiu evitar uma 
deterioração ainda maior do cenário econômico.

E o que acontece agora? Lula dificilmente poderá concorrer, mas, com a 
forcinha dada pelo impeachment, deve ser capaz de transformar seu vice, 
Fernando Haddad, num candidato competitivo. Bolsonaro não é um fenômeno 
(ou deveria dizer ameaça?) que possa ser ignorado, mas não creio que 
passará incólume pela propaganda na TV. 

Eu ainda apostaria, mas só quantidades bem módicas de dinheiro, num 
segundo turno entre PT e PSDB, que é o cenário que se repete desde os anos 
2000. O statu quo tende a ser mais difícil de derrubar do que se supõe.

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