*Procuradoria dá dez dias para Sarney explicar pagamento de horas extras em janeiro* Publicidade GABRIELA GUERREIRO da Folha Online, em Brasília O Ministério Público Federal pediu informações ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), sobre o pagamento de horas extras a mais de 3.000 servidores da Casa em janeiro --período de recesso parlamentar. O senador terá o prazo de dez dias para encaminhar as informações ao procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza. A investigação do pagamento é conduzida pela Procuradoria da República no Distrito Federal, a cargo da procuradora Ana Carolina Roman. Como o pedido de informações foi direcionado a Sarney, é praxe que seja encaminhado por meio do procurador-geral --que vai repassar as explicações à procuradora depois de recebê-las. 11.mar.2009/Folha Imagem Procuradoria dá dez dias para Sarney explicar pagamento de horas extras No pedido de informações encaminhado nesta terça-feira a Sarney, a procuradora solicita explicações sobre o fundamento legal para o pagamento, a cópia do ato que autorizou as horas extras e outros documentos que "possam ter fundamentado a autorização". A procuradora ainda solicita uma "justificativa pormenorizada para a necessidade da extensão da jornada de trabalho, considerando-se que se tratava de período de recesso parlamentar". Ela questiona o percentual da remuneração do serviço extraordinário em relação ao valor da hora normal de trabalho e pede informações sobre o aumento do percentual da hora extra. A procuradoria ainda quer identificar os servidores que receberam o pagamento de horas-extra, com a especificação do cargo ocupado --inclusive se ocupam cargos ou funções de confiança --e os respectivos valores recebidos por cada servidor. O Ministério Público quer confirmar se os servidores que receberam horas extras "efetivamente cumpriram as horas extraordinárias, bem como a identificação de todas as pessoas que eventualmente tenham atestado o cumprimento" do serviço extraordinário. Reportagem da Folha denunciou o pagamento de horas extras a mais de 3.000 funcionários do Senado em janeiro deste ano, quando a Casa estava em recesso parlamentar. O Legislativo gastou R$ 6,2 milhões com o pagamento das horas extras no recesso. Após a denúncia, a Advocacia Geral do Senado reconheceu que não tem mecanismos para comprovar se as horas extras pagas aos servidores da Casa são efetivamente cumpridas pelos funcionários. A autorização do pagamento foi feita pelo senador Efraim Morais (DEM-PB) três dias antes de ele deixar o comando da primeira-secretaria, órgão da Mesa Diretora responsável pela gestão administrativa. Além da hora extra, a direção da Casa concedeu reajuste de 111% no benefício. O teto subiu de R$ 1.250 para R$ 2.641,93. Novo controle Na tentativa de reduzir abusos no pagamento de horas extras aos servidores, o Senado vai publicar nesta semana resolução que modifica a atual sistemática do pagamento das horas trabalhadas além do expediente. *Antes de implementar em definitivo o chamado "ponto eletrônico", o Senado vai adotar um sistema de controle de horas extras por meio de computadores.* *A partir da portaria, os servidores da Casa terão que registrar os horários de serviço por meio do sistema eletrônico com uma senha individual. *No modelo atual, o controle se dá por meio de folha de ponto assinada manualmente. A portaria também reitera que o pagamento das horas extras deve ter início a partir das 18h30 --embora tradicionalmente os trabalhos legislativos se estendam pela noite. 2009/3/17 christian <christian.arrial@xxxxxxxxx> > > é o início do fim... o apocalipse!! (rs) > > 2009/3/17 Niquele <niquele@xxxxxxxxx> >> >> Uai, eles é que receberam extra sem haver sessão. Que paguem por isso! haha >> Quem diria, Sir Ney dando uma de administrador moralista. >> Lulla o popular, Barrichello o mais rápido, Sir Ney o moralista... >> Algo tá errado. >> >> From: christian >> Sent: Tuesday, March 17, 2009 9:21 AM >> To: analistas câmara >> Subject: [CamaraDas] ponto eletrônico no Senado... será que agora vai??? >> O apelo de Sarney >> >> O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), enviou ontem um e-mail aos servidores pedindo apoio deles para mudanças a serem implantadas na Casa. Em meio a uma crise interna, por causa de denúncias de irregularidades administrativas, Sarney buscou valorizar os funcionários. “Sempre valorizei os servidores públicos”, disse o senador. “Para valorizar ainda mais a todos e cada um dos servidores, iniciaremos uma reforma que nos preparará para as novas tecnologias que estão surgindo e modernizará nossa estrutura administrativa”, ressaltou. >> >> Sarney refere-se à decisão de controlar eletronicamente a presença dos servidores, após a polêmica do pagamento de hora extra em janeiro, em pleno recesso parlamentar. Ontem, o primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), anunciou a primeira medida em relação a esse assunto. Segundo ele, o controle das horas extras será feito por meio de um registro diário na Secretaria de Recursos Humanos. De acordo com o senador, serão consideradas horas extras as que forem prestadas após as 18h30. >> >> No e-mail aos servidores, Sarney ainda ressalta as medidas legislativas tomadas quando assumiu o cargo em fevereiro. “O mundo é ameaçado no momento por uma gigantesca crise, que também atinge o Brasil. Criei a Comissão Especial para Acompanhamento da Crise Financeira e da Empregabilidade, que já começou a trabalhar”, afirmou. “Aceitei a Presidência para servir à Casa e tenho absoluta consciência das minhas responsabilidades”, disse. >> >> No fim de semana passado, Sarney reuniu-se com assessores para discutir uma reação à crise administrativa, depois da queda de Agaciel Maia da Diretoria-Geral e João Carlos Zoghbi do comando dos Recursos Humanos. O primeiro deixou o cargo depois das denúncias de que teria ocultado uma mansão no Lago Sul avaliada em R$ 5 milhões, enquanto o segundo pediu exoneração após a revelação de que repassou aos filhos um apartamento funcional do Senado. Sarney quer acelerar o acordo para que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) faça um estudo sobre a Casa e avalia outras medidas, como criar regras para o uso de apartamentos funcionais. Senadores aconselham Sarney a trocar todos os diretores da Casa, numa estratégia para dar um choque de gestão ao Senado. (LC)