Detalhe: Janene morreu há um bom tempo. Em quarta-feira, 2 de abril de 2014, Roberto Jardim Cavalcante < roberto.jardim@xxxxxxxxx> escreveu: > Mesmo destino de Demóstenes Torres? Duvido. Este não tinha costas tão > largas. > > > Em 02/04/2014, às 18:56, Niquele > <niquele@xxxxxxxxx<javascript:_e(%7B%7D,'cvml','niquele@xxxxxxxxx');>> > escreveu: > > André Vargas e o PT 2.0 > > Quem não se lembra do deputado André Vargas (PT-PR)? Quando o > ex-governador gaúcho Olívio Dutra sugeriu que o deputado José Genoino > renunciasse ao mandato, o companheiro foi-lhe à jugular: "Quando ele passou > pelos problemas da CPI do Jogo do Bicho, teve a compreensão de todo mundo. > (...) Ele está sendo pouco compreensivo. Ele já passou por muitos > problemas, né?" > > Falso. Olívio Dutra nunca assinou empréstimos fraudulentos, nunca foi > acusado de envolvimento no caso do bicho e jamais foi condenado pela > Justiça. Ao contrário, é uma das poucas lembranças da moralidade petista. > > Quem não se lembra desse episódio talvez se recorde da cena em que o > comissário Vargas, vice-presidente da Câmara, saudou seus companheiros com > o punho cerrado, estando ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal. > Parecia um Pantera Negra dos anos 60. > > Vargas é um representante do PT 2.0. A repórter Andréia Sadi apanhou-o > voando para as férias nas asas do doleiro Alberto Youssef, figurinha fácil > de inquéritos policiais e poderoso intermediário na Petrobras. > > Desde que os jatinhos tornaram-se símbolo de poder e conforto, hierarcas > de todos os partidos recorrem a amigos para não voar com a patuleia. > > Vargas, contudo, inovou na justificativa. Disse que cometeu uma > "imprudência". Teria sido imprudência se tivesse entrado por engano no > avião fretado pelo doleiro, depois de ter sido chamado para embarcar num > voo comercial. Não foi imprudência, mas onipotência. > > Novo argumento: pediu o jatinho a Youssef porque os voos comerciais estão > muito caros. Certo. A escumalha que vai para a rodoviária por esse mesmo > motivo merece o desconforto porque não tem doleiro amigo. > > O melhor momento do companheiro deu-se quando revelou que conhece Youssef > há mais de 20 anos, mas não sabia com quem estava se relacionando. Seria > então a única pessoa que não sabe a atividade de um amigo com quem se > relaciona há mais de 20 anos. Youssef fornece jatinhos para amigos > poderosos desde 2001. Anos depois, frequentou o noticiário do escândalo do > Banestado, passou pela cadeia, refrescou-se colaborando com o Ministério > Público, mas não se livrou de uma condenação. > > Numa troca de mensagens com Youssef (cuja atividade comercial Vargas > desconhecia), o companheiro tratou de um interesse da empresa Labogen junto > ao comissário Carlos Gadelha, do Ministério da Saúde. Por coincidência, > essa pequena empresa teria sido usada pelo doleiro para remeter US$ 37 > milhões ao exterior. > > O amigo de André Vargas não é um doleiro petista, mas um operador > suprapartidário. Já cedeu jatinhos para gente do PFL e tem relações no PP, > pelo menos com o ex-deputado José Janene, um dos ases do mensalão. A > presença de Youssef em negócios da Petrobras, cobrando pedágios a > fornecedores, é um sinal de que mudou de patamar. Ele tratava com o diretor > de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, a quem presenteou > com uma Range Rover. Há um enorme cheiro de outro velho escândalo no ar. > Quando por nada, pelas coincidências. Em 2005 descobriu-se que outro > fornecedor da Petrobras presenteara Silvio Pereira, secretário-geral do PT, > com uma Land Rover. André Vargas nunca diria uma palavra contra Silvinho, > pois sabe quão compreensivo ele foi. > [image: elio gaspari] > > *Elio Gaspari*, nascido na Itália, veio ainda criança para o Brasil, onde > fez sua carreira jornalística. Recebeu o prêmio de melhor ensaio da ABL em > 2003 por 'As Ilusões Armadas'. Escreve às quartas-feiras e domingos. > > -- *:::* *Niquele*