05 de setembro de 2006 - 16:03 Heloísa Helena pode surpreender, diz Herald Tribune Segundo o jornal, estrategistas no PT estão preocupados com a possibilidade dela conseguir um número suficiente de votos das pessoas insatisfeitas com a corrupção <http://www.bbc.co.uk/portuguese/index.shtml> LONDRES - Com o título "Uma ativista política desestabiliza a corrida presidencial brasileira", uma reportagem da edição do International Herald Tribune desta terça-feira, 05, fala sobre a terceira colocada nas pesquisas, a candidata do PSOL, Heloísa Helena. "Com cerca de 10% do eleitorado a apoiando, Heloísa Helena parece não ter chances de ganhar. Mas estrategistas no Partido dos Trabalhadores estão preocupados com a possibilidade de que ela consiga um número suficiente de votos das pessoas insatisfeitas com a corrupção exibida durante sua administração para provocar um desfecho indesejável e imprevisto em outubro", afirma a reportagem. Ao descrever a candidata do PSOL, o Herald Tribune destaca que Heloísa "prefere voar em aviões comerciais em vez de particulares, dorme em casas de partidários em vez de hotéis (...) e se recusa a aceitar contribuições de corporações". "O que sua campanha não tem em financiamento ou organização, ela compensa com calor humano", diz a reportagem. Heloísa, diz o jornal, "é extremamente tátil, distribuindo abraços e beijos a eleitores e chamando repórteres de ´meu amor´ e ´minha flor´". Economia brasileira O diário britânico Financial Times afirma que a reforma econômica brasileira, que "tem atraído fortes críticas ao PT por sua timidez", voltou a ser assunto na campanha presidencial. Na reportagem intitulada "Economia fica no banco de trás na campanha de Lula", o FT cita uma conferência realizada na semana passada com a presença de quatro ex-ministros da Fazenda brasileiros, onde se discutiu o programa econômico de Luiz Inácio Lula da Silva. "Todos concordaram que o crescimento brasileiro está muito lento. Houve unanimidade, também, sobre o que é necessário para acelerá-lo: redução de gastos públicos - principalmente na Previdência -, reforma tarifária e independência do banco central". Porém, o jornal ressalta que os responsáveis pelo programa de governo para um segundo mandato de Lula dizem que "não há necessidade de mais reforma na Previdência de pensões e que os gastos públicos estavam de acordo com as exigências". Fachada Um artigo publicado no britânico Guardian fala sobre as reformas do Fundo Monetário Internacional (FMI), discutidas em Washington, que, segundo o texto, "parecem planejadas não para catalisar mudanças, mas para evitá-las". "Ao aumentar levemente a participação da China, Coréia do Sul, México e Turquia, o regime espera comprar os comandantes militares mais poderosos, enquanto mantém a multidão em xeque." Quanto maior a participação financeira de um país, mais poder de decisão ele tem sobre a administração do FMI. "Isto significa que ele é dirigido pelos países que são menos afetados por suas políticas", ressalta o Guardian. Uma grande decisão precisa de 85% dos votos. Só os Estados Unidos têm 17%. O Reino Unido, a Alemanha, a França e o Japão têm, juntos, 22%, e países como a Bélgica, por exemplo, têm 2,1% - "duas vezes mais do que a Índia e o Brasil", diz o texto. BBC BRASIL.com - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC BRASIL.com. <http://secure-uk.imrworldwide.com/cgi-bin/m?rnd=1157484271063&ci=bbc&cg=0&sr=800x600&cd=16&lg=pt-br&je=y&ck=y&tz=-3&ct=lan&hp=n&tl=Estadao.com.br%20%3A%3A%20Elei%E7%F5es%202006&si=http%3A//www.estadao.com.br/ultimas/nacional/eleicoes2006/noticias/2006/set/05/208.htm&rp=http%3A//www.estadao.com.br/ultimas/> <http://secure-uk.imrworldwide.com/cgi-bin/m?ci=bbc&cg=0>