:::Nefelibatas::: Distribuição de renda

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  • Date: Mon, 3 Oct 2005 16:35:19 -0300

        
Editado pela Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da 
Presidência da República.
Nº 359 - Brasília, 30 de setembro de 2005.

  
<mailto:emquestao@xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx?subject=INCLUIR&Body=Para%20come%E7ar%20a%20receber%20o%20Em%20Quest%E3o%20por%20e-mail,%20voc%EA%20s%F3%20tem%20que%20enviar%20esta%20mensagem.%20>
 
  <http://www.brasil.gov.br/emquestao/eq359.htm#> 




Bolsa Família tem impacto positivo na renda dos municípios 

O Programa Bolsa Família, política de transferência de renda do governo federal 
e coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), 
tem impacto significativo na economia dos municípios brasileiros. É o que 
revela um estudo da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, que 
analisou dados de julho do ano passado. O Bolsa Família é o maior programa de 
transferência de renda do país, beneficiando mais de 7,5 millhões de famílias, 
com repasse mensal de R$ 488 milhões. O programa está presente em todos os 
municípios brasileiros e no Distrito Federal.

Em algumas localidades, o Bolsa Família chega a representar mais de 40% do 
total da renda municipal, segundo a professora Rosa Maria Marques, autora do 
estudo "A importância do Bolsa Família nos municípios brasileiros" e 
coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Políticas para o Desenvolvimento Humano 
da PUC/SP. Os dados revelam que quanto menor a receita disponível nas cidades, 
maior é o impacto dos recursos transferidos pelo programa Bolsa Família. Isto 
acontece principalmente no Nordeste, onde há maior desigualdade em relação à 
distribuição de renda.

A explicação, segundo a pesquisadora, se deve ao fato de que o gasto 
governamental tem efeito multiplicador na economia. As compras que o governo 
efetua resultam em novas demandas para as empresas que, ao aumentarem a 
produção, elevam os pedidos junto a seus fornecedores, aumentando também o 
nível de contratação dos trabalhadores. O processo tem continuidade na cadeia 
produtiva, beneficiando empresas que atendem ao governo e à população em geral.

 

Situação é mais visível no Nordeste

Segundo a pesquisa, a situação é mais visível nos municípios do Nordeste, onde 
há maior desigualdade em relação à distribuição de renda. Na região, que 
concentra a maioria dos atendidos pelo Bolsa Família, há situações em que até 
45% da população é beneficiária do Bolsa Família. Isto ocorre, por exemplo, em 
Várzea Grande, em Pernambuco, e em Pedra Branca, no Ceará.

O número de beneficiários em relação ao total da população é bastante elevado 
entre os municípios nordestinos, variando de 13% em Timbaúba dos Batistas (RN) 
a 45% em Várzea (PE), com exceção de algumas cidades, como Camaçari, na Bahia, 
cujo índice é de 6%, compatível com o observado na região Sul.

De acordo com a pesquisadora Rosa Maria Marques, o resultado observado na 
região Nordeste é, antes de tudo, reflexo da situação de pobreza em que vivem 
os habitantes de seus municípios e do fato de o programa ter começado ali. 
"Dessa forma, a importância do Bolsa Família assumida no Nordeste não encontra 
paralelo nas demais regiões, o que não significa que nas demais regiões não se 
encontrem grupos de municípios onde parcela significativa da população seja 
beneficiária desse programa", explica. Um exemplo é a cidade de Itaguatins, no 
Tocantins, município com IDH abaixo da média, onde 38% de sua população é 
beneficiária do Bolsa Família.

No Sul, onde os percentuais encontrados são mais baixos, devido a um cenário de 
distribuição de renda mais equilibrado, há exceções como nos municípios 
paranaenses de Turvo, Grande Rios e Prudentópolis, onde 23%, 12% e 10% da 
população é atendida pelo programa, respectivamente. 

De acordo com a pesquisa, o Programa Bolsa Família também contribui para 
reduzir as desigualdades regionais que dividem o país. Em cada dez famílias 
atendidas pelo programa, seis estão nas regiões Norte e Nordeste, que somam 63% 
dos atendimentos do Bolsa Família no país, sendo 54% nos estados nordestinos e 
8,2% nos nortistas. O programa está presente em 1.789 municípios do Nordeste e 
441 do Norte. Ao todo, 3,3 milhões de famílias nessas áreas recebem o 
benefício, segundo dados de outubro de 2004. O valor repassado é equivalente a 
30,5% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) no Nordeste e 18,7% no 
Norte.

Os nove estados nordestinos concentram 46,9% da população pobre do Brasil e 54% 
destas famílias já estão sendo beneficiadas pelo Programa Bolsa Família. 
Somente na Bahia, o programa alcança 727 mil lares, em 417 municípios. É o 
estado com maior número de beneficiados do programa. Em cidades de menor porte, 
a transferência de renda chega a superar a arrecadação do ICMS, provocando um 
forte impacto nas economias locais.

O programa vem crescendo nas capitais e regiões metropolitanas. Em 2004, a 
estratégia de expansão do programa priorizou o atendimento nessas áreas, 
atingindo uma cobertura de 48% das famílias pobres na maioria delas. Naquele 
ano, cerca de um milhão de famílias que não tinham acesso aos programas 
federais de transferência de renda ingressaram no programa.

O estudo feito pela PUC/SP é tema da primeira edição da nova publicação do 
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome intitulada Os Cadernos de 
Estudos - Desenvolvimento Social em Debate, que tem por objetivo divulgar 
pesquisas, resultados e subsidiar discussões sobre programas sociais. No 
segundo Caderno de Estudos, a ser lançado ainda este ano, serão publicados dois 
artigos, um sobre subnutrição e obesidade e outro abordando a experiência 
norte-americana na avaliação da desnutrição no mundo. O terceiro - e último 
caderno - traz um trabalho de pesquisa sobre transferência de renda na América 
Latina.

:: Prêmio ODM Brasil: inscrições até 07 de outubro
Veja no regulamento quem pode e como participar. <http://odmbrasil.org.br/> 


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