:::Nefelibatas::: ESTATISTICAS E PLEBISCITO

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  • Date: Wed, 5 Oct 2005 11:12:04 -0300

Tenho visto desfilarem na Internet muitas estatísticas relacionadas à questão 
do comércio legal de armas.
A maioria me lembra um estudo estatístico feito pela ONU sobre o trânsito nas 
capitais brasileiras. Este estudo apontou Belo Horizonte como a capital de 
trânsito mais fácil. 
Quem conhece o caos nas ruas da capital mineira deve espantar-se, mas a 
explicação é que o principal parâmetro considerado na pesquisa foi a velocidade 
média entre o centro da cidade e o aeroporto. 
Ora, o aeroporto de Confins faz juz ao nome, fica fora da cidade (e, à época, 
não havia controle de velocidade nas vias brasileiras). Após tartarugar pelo 
centro congestionado, o pessoal voava na auto-estrada, resultando uma ótima 
velocidade média.
Nas estatísticas de que falei acima, estão dizendo que 61% das armas de fogo 
apreendidas pela polícia têm origem legal. Isso me espanta porque, ao contrário 
dos alambiques, quase não existem fábricas clandestinas de armas de fogo.
Como a produção de armas de fogo é legal - e vai continuar sendo - conclui-se 
que, na ORIGEM, todas as armas de fogo são legais, e não apenas uma porcentagem 
delas. 
Só depois é que elas são contrabandeadas, roubadas, etc.
No mesmo e-mail me diziam que, das armas registradas, 2/3 pertenciam a "pessoas 
físicas" e 1/3 ao "Estado (policiais, forças armadas, etc.)". Ora,  2/3 + 1/3 = 
3/3, quer dizer, 100%. Então a estatística está dizendo que NENHUMA pessoa 
JURÍDICA, inclusive as empresas privadas de sergurança, possui armas 
registradas, o que parece totalmente impossível. 
Suponho que o divulgador das estatísticas tenha incluído, nos 2/3 das "pessoas 
físicas", o arsenal das empresas de vigilância. Arsenal este que aumentará se a 
aquisição legal de armas pelo cidadão for transformada em ilegalidade.
Por essas e por outras é que tais estatísticas sobre a "origem" das armas e as 
"pessoas privadas" me parecem diretamente relacionadas à velocidade média entre 
o centro da cidade e o aeroporto.
Amplos amplexos,
Claudio Lobo


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