:::Nefelibatas::: RES: ESTATISTICAS E PLEBISCITO

  • From: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
  • To: <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx>
  • Date: Wed, 5 Oct 2005 12:03:45 -0300

Quer mais uma estatística suspeita?
 
O ISER - Instituto de Estudos da Religião é uma entidade citada pelos 
favoráveis ao "SIM", no referendo. Pois o ISER estima a existência de 17,5 
milhões de armas de fogo no Brasil, sendo 90% - em torno de 16 milhões - nas 
mãos de civis.
 
O IBGE aponta 35 milhões de famílias no país (censo de 2000). Então, em média, 
quase metade das famílias teria uma arma. Como a maioria delas (70%?) tem 
situação sócio-econômica desfavorável, concluímos que grande parte dos pobres 
come pouco mas tem uma arma, ou então que nós, mais bem situados na pirâmide 
social, estamos armados até os dentes...
 
Além do quê, se quase metade das famílias estivesse armada, como crer nas 
pesquisas apontando 3/4 de votantes favoráveis ao desarmamento?
 
Não é esquisito?
 
[ ]s,
Roberto Jardim.

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De: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx [mailto:analistas2002@xxxxxxxxxxxxx] 
Enviada em: quarta-feira, 5 de outubro de 2005 11:12
Para: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
Assunto: :::Nefelibatas::: ESTATISTICAS E PLEBISCITO



Tenho visto desfilarem na Internet muitas estatísticas relacionadas à questão 
do comércio legal de armas. 
A maioria me lembra um estudo estatístico feito pela ONU sobre o trânsito nas 
capitais brasileiras. Este estudo apontou Belo Horizonte como a capital de 
trânsito mais fácil. 

Quem conhece o caos nas ruas da capital mineira deve espantar-se, mas a 
explicação é que o principal parâmetro considerado na pesquisa foi a velocidade 
média entre o centro da cidade e o aeroporto. 

Ora, o aeroporto de Confins faz juz ao nome, fica fora da cidade (e, à época, 
não havia controle de velocidade nas vias brasileiras). Após tartarugar pelo 
centro congestionado, o pessoal voava na auto-estrada, resultando uma ótima 
velocidade média.

Nas estatísticas de que falei acima, estão dizendo que 61% das armas de fogo 
apreendidas pela polícia têm origem legal. Isso me espanta porque, ao contrário 
dos alambiques, quase não existem fábricas clandestinas de armas de fogo.

Como a produção de armas de fogo é legal - e vai continuar sendo - conclui-se 
que, na ORIGEM, todas as armas de fogo são legais, e não apenas uma porcentagem 
delas. 

Só depois é que elas são contrabandeadas, roubadas, etc. 
No mesmo e-mail me diziam que, das armas registradas, 2/3 pertenciam a "pessoas 
físicas" e 1/3 ao "Estado (policiais, forças armadas, etc.)". Ora,  2/3 + 1/3 = 
3/3, quer dizer, 100%. Então a estatística está dizendo que NENHUMA pessoa 
JURÍDICA, inclusive as empresas privadas de sergurança, possui armas 
registradas, o que parece totalmente impossível. 

Suponho que o divulgador das estatísticas tenha incluído, nos 2/3 das "pessoas 
físicas", o arsenal das empresas de vigilância. Arsenal este que aumentará se a 
aquisição legal de armas pelo cidadão for transformada em ilegalidade.

Por essas e por outras é que tais estatísticas sobre a "origem" das armas e as 
"pessoas privadas" me parecem diretamente relacionadas à velocidade média entre 
o centro da cidade e o aeroporto.

Amplos amplexos, 
Claudio Lobo 


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