Grupo de Analistas Legislativos da CD - T.L. Nefelibatas, CamaraDas, Analistas 2002,3,4,5 Comunidade no Orkut: "Nefelibatas" analistas2002@xxxxxxxxxxxxx Viva o Fredo!!! hahahahaha De onde o autor tirou os números que apresenta? Da cachola? Acho mais um número totalmente absurdo, dentre tantos apresentados até agora. [ ]s, Roberto Jardim. -----Mensagem original----- De: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx [mailto:analistas2002@xxxxxxxxxxxxx] Enviada em: sexta-feira, 7 de outubro de 2005 13:44 Para: Niquele Moura Siqueira; analistas2002@xxxxxxxxxxxxx Assunto: :::Nefelibatas::: Re: E a sua? "Ele vai comprar imediatamente duas armas -na ilegalidade, pois, depois do referendo, talvez o passo seguinte seja recolher as armas legais e declaradas. Ele comprará também seis balas importadas para a defesa e uma caixa de recarregadas para treino. Treinar onde? Pois é, os seguranças continuarão treinando, e quem não tem amigos? No referendo, ele votará "sim", para proteger (contra eles mesmos) os malucos que não sabem se controlar e acabam matando o vizinho numa bebedeira ou os desvairados que não conseguem se organizar para evitar que as crianças brinquem com uma arma carregada." Qualquer semelhança com os argumentos que usei ontem é mera coincidência. Ou não. Jair >From: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx >Reply-To: niquele.siqueira@xxxxxxxxxxxxx >To: "CamaraDas" <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx> >Subject: :::Nefelibatas::: E a sua? >Date: Thu, 6 Oct 2005 17:49:25 -0300 > > >CONTARDO CALLIGARIS > >Armas: a solução de João > >No dia 23 de outubro, os cidadãos brasileiros decidirão se, em vista de >um bem comum e superior, eles querem ou não se privar do direito de >comprar legalmente armas e munições. >Atualmente, no Brasil, esse direito é regulamentado. Só é possível >comprar armas até o calibre 38; o comprador (maior de 25 anos) não pode >ter antecedentes penais, deve passar por um teste psicológico que >comprove um certo equilíbrio emocional e deve aprender o manuseio de >sua arma num breve curso. Com isso, ele é autorizado a guardar a arma >em casa ou no escritório. >A permissão de carregar a arma consigo, no corpo ou no carro, é >reservada a quem exerce uma profissão de risco e está exposto a uma >ameaça de vida (Forças Armadas, policiais, promotores, seguranças >particulares). Existe uma exceção para a caça, em zonas rurais. >Se o "sim" ganhar no próximo referendo (o "sim", diga-se em prol da >clareza, significa sim à proibição da compra de armas), quem já tem >armas legais e registradas poderá guardá-las, mas não poderá mais >adquirir munições. >João mora numa casa da periferia paulistana, é motorista de táxi, pai >de família, leitor assíduo de jornais e revistas semanais. Conversamos >com freqüência e, no sábado passado, o tema foi o referendo. >João observou que, para a maioria da população, as armas, de qualquer >forma, são muito caras. Quanto aos mais abastados, seus seguranças >particulares continuarão armados. Em suma, o referendo terá >conseqüências só para a faixa de brasileiros à qual ele pertence. >Logo, João evocou o argumento conhecido: a proibição não resolverá o >problema da violência, pois desarmará o cidadão, e os bandidos >continuarão adquirindo armas na ilegalidade (quem está na praça sabe que é >fácil). >Respondi que, contrariamente ao que a gente imagina, a maioria dos >assassinatos por arma de fogo não tem nada a ver com assaltos e >invasões de residências. Leva-se um tiro do marido ou da mulher, numa >briga de família ou numa discussão no bar da esquina em que alguém não >foi com a cara da gente. A arma que mais mata não é a arma ilegal do >bandido, mas a arma que o cidadão comum tem em casa e que ele vai >buscar, enfurecido, depois do terceiro gole. >João concordou, mas notou que ele não bebe nunca, não usa droga e está >bem de cabeça (tudo verdade). Uma arma em casa lhe daria uma certa >segurança, a impressão de poder defender sua família. Até agora não >comprou, mas faz tempo que pensa nisso. Além do mais, mesmo sem ter uma >arma, ele prefere que os ladrões eventuais se preocupem com a idéia de >que o dono poderia estar armado. >Comentei que, às vezes, os ditos ladrões assaltam justamente para >roubar a arma de casa. Também lhe contei que, um dia, Jack Maple (o >braço direito de William Bratton, que dirigiu a polícia de Nova York >nos anos 90) me disse o >seguinte: se a gente não está treinado, ter uma arma na mão só serve >para ser baleado. E não basta ter feito um curso e ser capaz de acertar >o alvo, é preciso estar disposto a atirar primeiro e a matar. Para >isso, é necessário treinar até que o tiro se torne uma ação quase >automática: 300 balas por semana, no mínimo. Mesmo usando balas >recarregadas, o custo se torna rapidamente enorme. Aparte: será que >nossos policiais treinam com 300 balas por semana? >Outra questão: uma arma em casa só adianta se ela estiver acessível e >carregada. Como evitar que as crianças a encontrem, brinquem e >engrossem a estatística dos acidentes? A tudo tem resposta: a arma >estará no quarto, do lado da cama, e será carregada só à noite. O >problema é que chega o dia em que a gente se esquece de descarregá-la de dia >ou de carregá-la à noite. >João foi sensível a meus argumentos, mas a vontade de poder defender >sua família é mais forte. >Não é estranho: se não posso proporcionar a meus filhos a melhor escola >e o melhor hospital (sem falar das férias, dos brinquedos e da roupa), >quero me resgatar na hora de defendê-los. Se meu apelo à força pública >não é ouvido ou vale menos do que o de outros mais favorecidos, quero >mostrar à minha família que não sou trouxa: por uma vez, terei a chance >de ser o herói de casa. >Eis, então, a solução de João. >Ele vai comprar imediatamente duas armas -na ilegalidade, pois, depois >do referendo, talvez o passo seguinte seja recolher as armas legais e >declaradas. Ele comprará também seis balas importadas para a defesa e >uma caixa de recarregadas para treino. Treinar onde? Pois é, os >seguranças continuarão treinando, e quem não tem amigos? >No referendo, ele votará "sim", para proteger (contra eles mesmos) os >malucos que não sabem se controlar e acabam matando o vizinho numa >bebedeira ou os desvairados que não conseguem se organizar para evitar >que as crianças brinquem com uma arma carregada. >Depois do referendo, quando o preço das armas no mercado negro >aumentará, ele revenderá uma das duas armas que comprou. O lucro >ajudará a pagar pela arma com a qual ele vai ficar. >Essa é a solução de João. Por favor, não me pergunte a minha. ................. "Humor is by far the most significant activity of the human brain." Edward De Bono ---------------------------------------------------------- Grupo de Analistas Legislativos da Câmara dos Deputados ? Atribuição Técnica Legislativa ? empossados a partir de 17/01/02. E-mail: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx //www.freelists.org/list/analistas2002 http://nefelibatas.zip.net http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=2570511 Administrador: El patrón Nql ---------------------------------------------------------- .................