:::Nefelibatas::: Re: RES: RES: ESTATISTICAS E PLEBISCITO

  • From: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
  • To: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
  • Date: Wed, 05 Oct 2005 16:15:29 -0200

           Grupo de Analistas Legislativos da CD - T.L.
           Nefelibatas, CamaraDas, Analistas 2002,3,4,5
           Comunidade no Orkut: "Nefelibatas"
           analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
           Viva o Fredo!!! hahahahaha


Também não confio muito nessas pesquisas. No entanto as objeções do Jardim não são suficientes pra refutarem os números que a pesquisa citada apresenta. Conheço muitas famílias pobres, ou de "situação sócio-econômica desfavorável" cujo chefe, apesar das dificudades, "investe" parte de sua minguada renda na aquisição de uma arma para "garantir a segurança" de sua família e, quem sabe, dar uns tiros na cara de algum engraçadinho que se meter a besta com ele ou um dos seus. E boa parte da classe média/alta ou dos "bem situados na pirâmide social" anda, sim, armada até os dentes. Além disso, não há total incoerência entre ter armas e votar pelo desarmamento. Pode haver, aí, um senso de oportunismo, pois o fim do comércio impedirá, pelo menos legalmente, que os outros, que ainda não tenham, adquira uma arma, mas não impedirá que quem já tenha continue com a sua.


E esse é outro ponto interessante, em relação aos argumentos dos "contra'. Dizem que, com a proibição do comércio, os bandidos terão certeza de que sua vítimas estarão desarmadas e, portanto, poderão agir com tranqüilidade. Como vimos é um argumento que não se sustenta, pois a probição do comércio não tirará dos seus proprietários as armas já adquiridas legalmente. Quanto às ilegais, considerando a ineficiência do aparelho policial do Estado, sempre alardeada pelos "contra", é mais fácil que também sejam inutilizadas pelo tempo e a ferrugem que pela ação policial. Daí se conclui que a proibição do comércio não dará, pelo menos de imediato, a tal tranqülidade aos bandidos, pelo menos não de imediato. Poderá, quando muito, e é isso que se espera, que no futuro vivamos numa sociedade menos armada, tempo em que, também se espera, o Estado cumpra melhor o seu papel de proteger a população. Mas o objetivo principal, que começará ser atendido de imediato, é dificultar e com isso diminuir o acesso dos cidadãos de bem às armas, a fim de evitar que elas provoquem acidentes trágicos e crimes passionais, além de, por vias diversas, acabarem nas mãos de bandidos.
O mais interessante, porém, é que o mesmo lado que usa esse argumento, também insiste em outro, inconciliável com esse, o de que a proibição é inócua, senão perniciosa, pois as pessoas recorrerão ao mercado negro para garantir a sua segurança, e que, portanto o governo só está jogando o dinheiro do contribuinte fora com a realização do referendo. Essa é até uma realidade possível, embora tenhamos que relativá-la; ou então condenar, sob o mesmo argumento, e com mais razão ainda, a proibição do comércio de drogas, e eu não conheço nenhum defensor do direito de "se defender" que defenda também o direito de "viajar" do indivíduo capaz e responsável por seus atos. Afinal, em ambos os casos, deveria ser punido só aquele que extrapolasse o seu direito e, fazendo uso da arma ou da droga (muitas vezes das duas) atentassem contra outros indivíduos ou contra a sociedade.
Eu, que não pretendo usar armas nem drogas, sinto-me mais ameaçado por quem possua um pistola do que por quem tenha um baseado na gaveta de seu criado-mudo.


pçãdo2002@xxxxxxxxxxxxx
Reply-To: paulo.silva@xxxxxxxxxxxxx
To: <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx>
Subject: :::Nefelibatas::: RES: RES: ESTATISTICAS E PLEBISCITO
Date: Wed, 5 Oct 2005 14:14:35 -0300

E a revista Veja diz que 3,5% das residências no Brasil tem armas...Isso daria um pouco mais de 1 milhão de armas (considerando que cada família estivesse em uma residência).

Tá difícil basear-se em números para analisar essa questão.

Paulo Henrique

________________________________

De: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx [mailto:analistas2002@xxxxxxxxxxxxx]
Enviada em: quarta-feira, 5 de outubro de 2005 12:04
Para: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
Assunto: :::Nefelibatas::: RES: ESTATISTICAS E PLEBISCITO


Quer mais uma estatística suspeita?

O ISER - Instituto de Estudos da Religião é uma entidade citada pelos favoráveis ao "SIM", no referendo. Pois o ISER estima a existência de 17,5 milhões de armas de fogo no Brasil, sendo 90% - em torno de 16 milhões - nas mãos de civis.

O IBGE aponta 35 milhões de famílias no país (censo de 2000). Então, em média, quase metade das famílias teria uma arma. Como a maioria delas (70%?) tem situação sócio-econômica desfavorável, concluímos que grande parte dos pobres come pouco mas tem uma arma, ou então que nós, mais bem situados na pirâmide social, estamos armados até os dentes...

Além do quê, se quase metade das famílias estivesse armada, como crer nas pesquisas apontando 3/4 de votantes favoráveis ao desarmamento?

Não é esquisito?

[ ]s,
Roberto Jardim.

________________________________

De: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx [mailto:analistas2002@xxxxxxxxxxxxx]
Enviada em: quarta-feira, 5 de outubro de 2005 11:12
Para: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
Assunto: :::Nefelibatas::: ESTATISTICAS E PLEBISCITO



Tenho visto desfilarem na Internet muitas estatísticas relacionadas à questão do comércio legal de armas.
A maioria me lembra um estudo estatístico feito pela ONU sobre o trânsito nas capitais brasileiras. Este estudo apontou Belo Horizonte como a capital de trânsito mais fácil.


Quem conhece o caos nas ruas da capital mineira deve espantar-se, mas a explicação é que o principal parâmetro considerado na pesquisa foi a velocidade média entre o centro da cidade e o aeroporto.

Ora, o aeroporto de Confins faz juz ao nome, fica fora da cidade (e, à época, não havia controle de velocidade nas vias brasileiras). Após tartarugar pelo centro congestionado, o pessoal voava na auto-estrada, resultando uma ótima velocidade média.

Nas estatísticas de que falei acima, estão dizendo que 61% das armas de fogo apreendidas pela polícia têm origem legal. Isso me espanta porque, ao contrário dos alambiques, quase não existem fábricas clandestinas de armas de fogo.

Como a produção de armas de fogo é legal - e vai continuar sendo - conclui-se que, na ORIGEM, todas as armas de fogo são legais, e não apenas uma porcentagem delas.

Só depois é que elas são contrabandeadas, roubadas, etc.
No mesmo e-mail me diziam que, das armas registradas, 2/3 pertenciam a "pessoas físicas" e 1/3 ao "Estado (policiais, forças armadas, etc.)". Ora, 2/3 + 1/3 = 3/3, quer dizer, 100%. Então a estatística está dizendo que NENHUMA pessoa JURÍDICA, inclusive as empresas privadas de sergurança, possui armas registradas, o que parece totalmente impossível.


Suponho que o divulgador das estatísticas tenha incluído, nos 2/3 das "pessoas físicas", o arsenal das empresas de vigilância. Arsenal este que aumentará se a aquisição legal de armas pelo cidadão for transformada em ilegalidade.

Por essas e por outras é que tais estatísticas sobre a "origem" das armas e as "pessoas privadas" me parecem diretamente relacionadas à velocidade média entre o centro da cidade e o aeroporto.

Amplos amplexos,
Claudio Lobo




.................

        "Humor is by far the most significant activity of the human brain."

                                                  Edward De Bono

----------------------------------------------------------
Grupo de Analistas Legislativos da Câmara dos Deputados
? Atribuição Técnica Legislativa ?
empossados a partir de 17/01/02.


        E-mail: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
        //www.freelists.org/list/analistas2002
        http://nefelibatas.zip.net
        http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=2570511
        Administrador: El patrón Nql
        ----------------------------------------------------------

.................

Other related posts: