[CamaraDas] RES: :::Nefelibatas::: ENC: INDIGNAÇÃO ! ! !

  • From: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
  • To: "Clesione Alves Gomes" <clesione.gomes@xxxxxxxxxxxxx>
  • Date: Tue, 11 Oct 2005 09:53:57 -0300

Ói Ione,
Uma coisa que a gente pode fazer sem muito esforço é uma ação de divulgação 
(além das mensagens de protesto ao Presidente da Casa, ao Sindilegis, etc.).
Ao mandar mensagens para minha rede de conhecidos (via email, orkut, etc.), 
percebi que muita gente não está tendo a devida noção da amplitude do texto da 
PEC.
Tem gente que achava que era um trenzinho-da-alegria só no âmbito da Câmara, 
sem afetar outros órgãos. 
Outros achavam que a proposta seria apenas para regularizar a situação de 
órgãos criados recentemente, cujos quadros iniciais foram formados quase que 
integralmente por meio de requisição de servidores da mesma esfera 
administrativa (que é o argumento que o autor usa na justificativa do projeto, 
mas que não tem nada a ver com o texto em si).
Então acho que é útil a gente esclarecer as pessoas sobre a enorme amplitude da 
proposta - e sua total falta de critérios -, inclusive divulgando o texto da 
PEC e os links da página da Câmara onde as pessoas podem conferir o andamento 
do projeto.
Bjs,
Claudio

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De: Clesione Alves Gomes 
Enviada em: segunda-feira, 10 de outubro de 2005 17:13
Para: Claudio Delgado Lobo
Assunto: RES: :::Nefelibatas::: ENC: INDIGNAÇÃO ! ! !


Cláudio, conte comigo para quaisquer ações que julgar convenientes a fim de 
barrar essa pouca vergonha.
Penso que os "cursinhos" preparatórios poderiam encabeçar um movimento 
contrários à aprovação desse PEC da vergonha.
E olhe que o tempo é o nosso maior inimigo, pois ao que tudo indica, os líderem 
têm pressa em aprová-la. E, nem o Presidente Aldo, ao alto da sua boa vontade, 
irá conseguir impedir a sanha dos malfeitores....
Um abraço.
IONE.

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De: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx [mailto:analistas2002@xxxxxxxxxxxxx] 
Enviada em: sexta-feira, 7 de outubro de 2005 16:17
Para: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
Cc: PresSindilegis
Assunto: :::Nefelibatas::: ENC: INDIGNAÇÃO ! ! !



Segundo o texto abaixo, a PEC 02/2003 transformaria 805 ocupantes de cargos de 
confiança em funcionários efetivos da Câmara dos Deputados, sem o devido 
concurso público. Enfim, um "trem da alegria" (alegria "pros mesmos", sangria 
pros cofres públicos).

Só que não é bem assim. É pior.

A PEC não se refere apenas à Câmara dos Deputados, mas a toda a esfera federal. 

A Câmara seria apenas um dos vagões do trem da alegria. Ele, na realidade, 
alcança todos os Ministérios, o Palácio do Planalto, as Agências Nacionais, 
enfim, todo e qualquer órgão "da União, Estados, Municípios e do Distrito 
Federal" (é assim que está escrito no projeto). É muito, mas muito mais do que 
805 apadrinhados.

Além disso, o prazo esipulado no projeto para efetivação do servidor é de 
apenas 3 anos, uma prazo intencionalmente menor do que os 4 anos de duração de 
um mandato político.

Não se trata de um trem, mas de um comboio de trens da alegria, digo, da 
sangria.

Mas não é "apenas" isso. Trata-se, na verdade, de uma manobra de aparelhamento 
do Estado.

Pois um apadrinhado que um deputado, um ministro, ou sei lá que otoridade, 
"plantou" num determinado Ministério, ou Agência Nacional ou o que seja, vai 
ficar lá até aposentar-se. Quer dizer, a influência dos atuais governantes nos 
órgãos públicos ganha meios de perpetuar-se para bem além das próximas eleições.

(Haja lisura em futuras licitações!)

Isso é não é só um descaramento sem tamanho, são vários!

Estou indignado com isso.

Mas ficar indignado é pouco, a gente precisa FAZER alguma coisa.

Aceito sugestões.

Amplos amplexos,

Claudio Lobo


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De: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx [mailto:analistas2002@xxxxxxxxxxxxx] 
Enviada em: quinta-feira, 6 de outubro de 2005 10:09
Para: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
Assunto: :::Nefelibatas::: INDIGNAÇÃO ! ! !


Política        
O primeiro trem da alegria      
Lúcio Vaz       




Está nas mãos de Aldo Rebelo a PEC que efetiva 805 servidores em cargos de 
confiança na Câmara. Requerimento com pedido de urgência na votação tem apoio 
de líderes dos 12 maiores partidos

Patriota se defende, dizendo que sua emenda beneficiará apenas servidores 
aprovados em concurso público 

Está pronta para ser votada no plenário da Câmara dos Deputados uma Proposta de 
Emenda à Constituição (PEC) que efetiva nos atuais cargos os servidores cedidos 
por meio de requisição, desde que estejam em exercício continuado há mais de 
três anos. O "trem da alegria" - que pode ser o primeiro da era Aldo Rebelo - 
tem o apoio dos líderes dos 12 maiores partidos. Eles assinam o requerimento 
que pede ao presidente da Câmara a votação da PEC em regime de urgência. A 
medida resultaria na efetivação de 805 servidores que ocupam cargo de confiança 
na Câmara. São 631 secretários parlamentares, que trabalham diretamente com os 
deputados, e 174 CNEs, lotados nos gabinetes das lideranças e dos cargos da 
Mesa. 

A proposta de emenda beneficia servidores concursados da União, dos estados e 
dos municípios nos três Poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário. O 
presidente do Sindicato dos Servidores do Legislativo (Sindilegis), Ezequiel 
Nascimento, está preocupado com a repercussão dessa decisão: "Ninguém tem idéia 
do impacto dessa medida. Num momento em que há uma grande cobrança sobre o 
parlamento, uma decisão dessas teria um custo muito grande para a imagem da 
instituição", afirma Ezequiel. Ele lembra que servidores municipais, que 
participaram de concursos públicos com concorrência mais restrita, teriam um 
grande ganho salarial com a transferência para a Câmara, para o Senado ou para 
os tribunais superiores. 

Na comissão especial da Câmara, a PEC 02/2003, o substitutivo do relator 
Philemon Rodrigues (PTB-PB), especificou que o servidor cedido será efetivado 
em cargo de atribuições semelhantes e do mesmo nível de escolaridade, 
especialidade ou habilitação profissional do posto que ocupava no órgão de 
origem. O autor da proposta, deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), afirma que os 
funcionários que ocupam cargo de confiança na Câmara ou no Senado não seriam 
beneficiados. Patriota é suspeito de participação no esquema de recebimento de 
propina de que Severino Cavalcanti é acusado pelo dono do restaurante Fiorela, 
Sebastião Buani. 

Nova carreira 
Na avaliação do presidente do Sindilegis, o texto da emenda constitucional 
permite a efetivação de quem ocupa cargos de confiança no Congresso, desde que 
aprovados em concurso público em seus órgãos de origem. Eles escolheriam um 
cargo de carreira na Câmara ou no Senado, com atribuições semelhantes e o mesmo 
nível de escolaridade, e seriam efetivados. A direção da Câmara tem a mesma 
interpretação. Para abrigar os novos servidores, seriam criados cargos 
efetivos. A PEC estabelece um prazo de 90 dias, a partir da publicação da 
emenda, para que o servidor faça a opção pelo novo cargo. 

Patriota afirma que a sua emenda constitucional vai regularizar a situação de 
servidores que estão há cinco ou seis anos cedidos para outros órgãos. Ele 
citou o caso de uma servidora cedida à Taquigrafia da Câmara há cerca de 20 
anos. "Ela tem filhos na universidade. Como faz, agora? Volta para Minas, onde 
fez o concurso público?", pergunta o deputado. Ele acrescentou que muitos 
órgãos do Judiciário, principalmente nos pequenos municípios, funcionam 
basicamente com servidores requisitados de outros órgãos. Os cartórios 
eleitorais seriam os maiores exemplos. Patriota salienta, ainda, que serão 
beneficiados apenas servidores aprovados em concurso público. 

A PEC 02/2003 foi incluída na pré-pauta da Câmara na reunião do colégio de 
líderes realizada anteontem. A pedido do presidente Aldo Rebelo (PCdoB-SP), 
cada líder apresentou os seus projetos prioritários para votação nos próximos 
meses. Os projetos serão analisados por todos e analisados na próxima reunião 
com o presidente, quando será aprovada a pauta de votações definitiva. Aldo não 
manifestou sua posição sobre a PEC que efetiva servidores cedidos. Patriota diz 
que a proposta deverá ser votada no próximo mês. 

Com urgência: para Sindilegis, votação pode custar muito caro para a já 
desgastada imagem da Câmara 




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