Grupo de Analistas Legislativos da CD - T.L. Nefelibatas, CamaraDas, Analistas 2002,3,4,5 Comunidade no Orkut: "CamaraDas" analistas2002@xxxxxxxxxxxxx > Governo dá sinal verde para aéreas adotarem tarifas promocionais > Juliano Basile De Brasília > > Os órgãos de defesa da concorrência do governo deram sinal verde para as > promoções de passagens aéreas a preços baixos. As secretarias de > Acompanhamento e de Direito Econômico dos ministérios da Fazenda e da Justiça > concluíram que a promoção da Gol de passagens a R$ 50 é pró-competitiva, > beneficiando consumidores e o mercado como um todo. > Os pareceres da Seae e da SDE representam um duro revés para o Departamento > de Aviação Civil (DAC) que chegou a proibir este tipo de promoção. > Sob a alegação de que a Gol estaria praticando preços predatórios, o DAC > vetou a promoção de passagens a R$ 50 iniciada em maio de 2004. Na ocasião, o > departamento argumentou que essa tarifa é inferior aos custos médios das > companhias e, portanto, poderia gerar prejuízos às concorrentes da Gol e > guerra de tarifas. O DAC temia que as demais empresas do mercado fossem > "contaminadas por essa proposta de concorrência". Após o veto à Gol, as > companhias cancelaram qualquer política de promoções a preços irrisórios. > Certo de que tinha razão, o DAC pediu às secretarias responsáveis pela defesa > da concorrência que abrissem um processo contra a Gol. Ao final das > investigações, a companhia poderia ser multada por prejudicar a concorrência, > em valores que vão de 1% a 30% de seu faturamento, acreditava o DAC. > Mas, ocorreu exatamente o contrário. A Seae e a SDE arquivaram a > representação do DAC contra a Gol e firmaram o entendimento de que as > companhias aéreas que reduzem substancialmente os preços das passagens > beneficiam os consumidores e o mercado. > "Mesmo que outras empresas implementem promoções da natureza da promoção da > Gol, isso seria benéfico ao consumidor", escreveu em seu parecer o secretário > de Acompanhamento Econômico, Hélcio Tokeshi. > Se outras empresas aderissem a este tipo de promoção, completou Tokeshi, mais > consumidores seriam capazes de viajar, permitindo às companhias aéreas a > capacidade de implementar classes tarifárias que tornam o seu modelo de > preços mais eficiente. > A Seae explicou que os preços promocionais das companhias aéreas não são > necessariamente abaixo do custo de produção. O importante, segundo a Seae, > não é calcular a tarifa média cobrada no mercado, mas sim, verificar a taxa > de ocupação nos vôos. > Quando um avião levanta vôo com muitos assentos vagos, a companhia está tendo > prejuízos, "pois investiu recursos para ofertar um bem que será destruído". > No caso da promoção da Gol, a tarifa de R$ 50 seria cobrada para apenas 50 > assentos em aeronaves de 144 e 177 passageiros. Ou seja, a companhia não > estava baixando os preços indiscriminadamente. O objetivo era ampliar a sua > taxa de ocupação e, com isso, reduzir prejuízos pelos assentos vazios. > A SDE também considerou o fato de a promoção da Gol ter se restringido a > alguns dias e horários da semana, fora da alta temporada. Outras restrições > também foram levadas em conta, como o fato de a promoção ter validade de > apenas 30 dias para 48 trechos. E, para comprar passagens por R$ 50, o > consumidor teria que adquirir bilhetes de ida e volta e permanecer, no > mínimo, duas noites no local de destino. > O Gol alegou que não tinha poder de mercado suficiente para prejudicar as > demais empresas do setor. Na época da promoção (em maio de 2004), a Gol > possuía menos de 20%, "o que tornaria inviável a exclusão de rivais por meio > de uma promoção que duraria apenas 30 dias". A TAM e a Varig detinham 67% do > mercado. > O DAC errou no cálculo, concluiu a Seae. O departamento calculou o custo > variável médio das passagens, e nã> o o custo evitável médio, completou a > secretaria. > "O DAC ignorou a necessidade de se analisar a estrutura de mercado", diz o > parecer do Ministério da Fazenda. "Se uma empresa pratica um preço inferior a > seus custos de produção, mas não tem condições de recuperar os prejuízos > decorrentes dessa prática, não haveria como condenar tal empresa, pois ela > não está prejudicando a concorrência", continua a Seae. > A SDE concordou com a análise da Seae num parecer de apenas duas páginas. Com > isso, o caso foi enviado para o Cade para julgamento final. A expectativa é > que o Cade aprove os pareceres das secretarias, dando o aval necessário para > a volta das promoções. > Procuradas pelo Valor, a Gol e a TAM informaram que não havia nenhum > executivo disponível para comentar os pareceres da Seae e da SDE. > > ................. O melhor do Brasil não é o brasileiro, o melhor do Brasil é ser banqueiro! José Simão ---------------------------------------------------------- Grupo de Analistas Legislativos da Câmara dos Deputados ? Atribuição Técnica Legislativa ? empossados a partir de 17/01/02. 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