[CamaraDas] Re: 2012 retardados

  • From: jair francelino ferreira <jairfrancelino@xxxxxxxxxxx>
  • To: <jmcantarino@xxxxxxxxx>, analistas câmara <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx>
  • Date: Mon, 23 Nov 2009 14:59:57 -0200

É provavel que o filme seja realmente um lixo cheio de clichês, ainda não li. 
Já quanto ao artigo, não tenho dúvidas.
 


Date: Mon, 23 Nov 2009 10:06:03 -0200
Subject: [CamaraDas] 2012 retardados
From: jmcantarino@xxxxxxxxx
To: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx


LUIZ FELIPE PONDÉ, na F. de S. Paulo

 



2012 retardados


O FILME "2012", de Roland Emmerich, é um lixo da geração Obama.
Filmes-catástrofe são fracos, servem para tardes chuvosas de domingo, recheados 
com cama, chuva e preguiça, ao lado de alguém com quem você gosta de ficar na 
cama abraçado. Além, é claro, do fato de que o ano "fatídico" 2012 é uma 
maldição do povo maia, essa "grande civilização" que fazia sacrifícios humanos.
Além dos clichês mais banais de filmes-catástrofe (cientistas bonzinhos, 
autoridades malvadas, presidentes americanos solidários, famílias despedaçadas 
que se reúnem em meio ao caos, vinganças da deusa natureza contra o dinheiro 
-aquele mesmo que todo mundo quer no bolso), "2012" acrescenta a palhaçada do 
politicamente correto. Isso sim é o fim do mundo.
Leitores me perguntam por que essa palhaçada me irrita tanto. Respondo: porque 
é coisa de retardado.
Nós não vamos morrer todos afogados em grandes ondas do mar, nem em labaredas 
vulcânicas, nem com a gripe da porca (H1N1). Nosso espírito sim vai sufocar sob 
a bota do fascismo retardado do politicamente correto.
Sempre temo que, sem Clint Eastwood, o cinema dos Estados Unidos afunde na 
"catatonia do bem" retardado.
Como essa "catatonia do bem" piora o já terrível "2012" (cheio de 
interpretações sofríveis, salvo o "profeta" Woody Harrelson, roteiro sem pé nem 
cabeça, soluções ridículas para os personagens)?
Antes de tudo, vale salientar que a temática apocalíptica tem seu peso no 
imaginário. A ideia do fim do mundo espreme os seres humanos contra a força de 
questões essenciais como "o que fizemos com nossas vidas?", "como chegamos a 
essa situação?", "como perdemos tanto tempo com bobagens?".
É aí que o retardamento mental do politicamente correto estraga tudo: ele 
responde as questões de uma forma mais infantil do que cartinhas de crianças 
para o Papai Noel. E a força do drama humano se dissolve no ácido da estupidez.
É claro que o cientista bonzinho é um anjo negro. Não o anjo negro do Nelson 
Rodrigues, que tem as vísceras de quem de fato sofre e de quem padece da 
maldição de ser homem, mas o anjo negro da geração Obama, cujos intestinos 
digerem não o bolo alimentar, mas as flores e as virtudes santas.
Ao contrário dos cientistas reais que correm atrás de dinheiro para pagar suas 
pesquisas e fazem qualquer negócio pra consegui-lo (com razão), esse se 
preocupa apenas com os pobres, claro, apenas os pobres dos países do G8.
O presidente, outro anjo negro, morre procurando o pai perdido de uma 
criancinha chorona. Sua filha (diga-se de passagem, uma deusa africana), só se 
preocupa com a salvação da arte universal.
A namoradinha do magnata russo canalha, que o trai com seu piloto particular 
(mas tudo bem...), em meio à destruição do mundo, confessa a outra mulher 
santinha: "Foi meu namorado quem me obrigou a pôr silicone, eu não queria". 
Mentira: qualquer pessoa não retardada sabe que as mulheres colocam silicone 
para que as outras invejem seus seios e para seduzir os homens, e não porque 
seus namorados as obrigam. Evidentemente que os namorados usufruem, graças a 
Deus, e elas ficam mais bonitas e felizes.
O único "bad guy" (bandido) é um gordo branco preocupado com dinheiro, como 
todos nós. Mas claro que, no novo mundo dos retardados do bem, ninguém quer 
dinheiro, por isso a pérola que o anjo negro da ciência do bem diz: "Não 
devemos começar um mundo novo assim".
O mundo acaba. Os continentes afundam, menos a África, que, em vez de afundar, 
se ergue. Ora bolas, a África é o berço da humanidade, até faz sentido. Mas o 
mais importante é que, na geopolítica dos retardados, a África é o continente 
onde todo mundo é legal e vítima dos malvados brancos.
E aí vem o pior. Imagine um "loser" (fracassado), um escritor falido que ganha 
a vida sendo motorista de limusine. Agora imagine que ele ainda ama sua 
ex-esposa (a outra mulher santinha que citei acima). Imagine que essa ex-esposa 
o trocou por um médico bem-sucedido! Agora adicione o fato de que seu filho o 
despreza e adora o novo marido médico bem-sucedido da sua mãe. Depois imagine 
que, em meio ao fim do mundo, esse filho pentelho diz para o pai "loser": "Você 
deveria dar uma chance ao Gordon [nome do marido médico de sua mãe], ele é bem 
legal". E aí o infeliz marido trocado responde: "Eu vou tentar, meu filho".
No dia que um homem, nessa situação, concordar com um papo furado desse, de um 
filho pentelho assim, aí sim, o mundo acabou.                                   
   
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