Re: [CamaraDas] Editorial: FSP

  • From: Sylvio Carvalho <sylvio.carvalho@xxxxxxxxx>
  • To: CamaraDas <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx>
  • Date: Tue, 8 Sep 2015 14:55:12 -0300

Quero ver, quando o grupo tomar um processo por danos morais, se vai ter
dinheiro para se defender.

Em 8 de setembro de 2015 12:15, Isabele 🌊🌊🌊🌊 <bele74@xxxxxxxxx>
escreveu:

O programa da oposição é roubar também, como sempre foi, e se safar com o
apoio da mídia... Raposas velhas... Rs

Quanto blábláblá...


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De: Niquele <niquele@xxxxxxxxx>
Enviada em: ‎08/‎09/‎2015 10:34
Para: CamaraDas <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx>
Assunto: [CamaraDas] Editorial: FSP

O PT pelo avesso
08/09/2015 02h00

O Pixuleko, boneco inflável que representa o ex-presidente Lula (PT) em
trajes de presidiário, vai-se provando um sucesso. Apareceu pela primeira
vez em Brasília no dia 16 de agosto, durante protesto contra o governo
Dilma Rousseff (PT); circulou em seguida por capitais como São Paulo e
Curitiba e agora começa a se multiplicar.

Grupos de Brasília, São Paulo e Fortaleza aproveitaram manifestações do 7
de Setembro para exibir réplicas variadas do Pixuleko –o nome faz
referência ao termo que, segundo um dos delatores da Operação Lava Jato,
era empregado por João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, para tratar de
propina.

Na Esplanada dos Ministérios, o Movimento Brasil, que criou a primeira
versão do ícone, diz ter vendido 600 miniaturas do boneco, ao preço de R$
10 a unidade. O grupo também comercializa, por R$ 30, camisetas com a
imagem do Pixuleko ou do rosto de Sergio Moro, juiz federal responsável
pela Lava Jato em Curitiba.

De acordo com integrantes do movimento, tais negócios ajudam a bancar
viagens de manifestantes e a manutenção dos bonecos gigantes –o maior deles
mede 12 metros de altura e chega a 300 quilos quando inflado.

A ironia salta aos olhos. Nas décadas de 1980 e 1990, um PT bastante
diferente do atual também vendia adesivos e bandeiras para financiar suas
atividades partidárias. Contava para isso com militantes de carteirinha que
assumiam a tarefa voluntariamente.

Iniciativas dessa natureza parecem hoje impensáveis para uma agremiação
que se profissionalizou a caminho da Presidência –e que, instalada no
poder, protagonizou os maiores escândalos de corrupção de que se tem
notícia, nos quais desvios de dinheiro público e recursos de campanhas
eleitorais andaram ruinosamente juntos.

Petistas históricos como José Genoino e José Dirceu viram-se condenados
pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão; o mesmo Dirceu
volta ao cárcere em meio às investigações da pilhagem na Petrobras.

Não admira que o número de simpatizantes do PT seja cada vez menor, ou que
exista uma debandada de prefeitos dispostos a tentar a reeleição em 2016
por outra sigla. A imagem da legenda está cada vez mais associada à dos
esquemas ilícitos que abrigou, e seus principais nomes pouco fazem para
mudar esse quadro.

Entende-se, pois, o sucesso do Pixuleko. Mesmo que nada esteja provado
contra Lula, o boneco vestido de presidiário sintetiza a ojeriza que seu
partido desperta em camadas crescentes da sociedade. A oposição, não por
mérito das agremiações políticas, arrumou um símbolo anti-PT. Falta ainda
um programa de governo.

*:::*
*Niquele*

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