Re: [CamaraDas] Editorial: FSP

  • From: Caroline Dantas Coelho <caroline.dantascoelho@xxxxxxxxx>
  • To: CamaraDas <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx>
  • Date: Tue, 8 Sep 2015 15:00:45 -0300

Painel

*VERA MAGALHÃES* - *painel@xxxxxxxxxx* <painel@xxxxxxxxxx>

Quem quer dinheiro?

Em meio às discussões sobre enxugamento de gastos públicos, a Câmara
desembolsa R$ 1 milhão em cada sessão extraordinária, apenas com o
pagamento de horas extras aos funcionários. Estudo feito pela Mesa Diretora
mostra que, até julho, R$ 50,6 milhões saíram dos cofres do Legislativo
para realizar 51 sessões noturnas. Segundo o levantamento, cerca de 2.500
trabalhadores estendem o horário, mas nem todos ficam até o fim das
atividades. Para a Mesa, 500 já seriam suficientes.

-

*Fechar a torneira* O estudo será submetido por Beto Mansur (PRB-SP),
primeiro-secretário, à cúpula da Casa para a edição de uma medida que
reduza os gastos com as sessões noturnas.

*Lá e cá* Na reunião de coordenação política nesta terça-feira, Dilma
Rousseff será avisada por ministros com trânsito no Congresso de que não há
como aprovar uma elevação de tributos sem que o governo promova um corte
significativo de gastos.

*Eu avisei* Ministros interpretaram que o "remédio amargo" proposto pela
presidente pode significar não apenas o aumento de impostos, mas também a
redução de programas sociais que antes pareciam "intocáveis".

*Olheiro* Jaques Wagner (Defesa) só aceitou nesta segunda ir à Rússia com
Michel Temer. Ele já havia recusado o convite, mas foi convencido
pessoalmente pelo vice no desfile de Sete de Setembro.

*Tour* Wagner também vai ao Líbano na próxima semana prestar homenagem aos
militares brasileiros que resgataram cerca de 200 refugiados no mar
Mediterrâneo.

*Pelas beiradas* O movimento pró-impeachment na Câmara espera obter a
adesão formal de um partido que integra o ministério de Dilma. A deputada
Cristiane Brasil (RJ), que preside o PTB, tem conversa agendada com líderes
do grupo nesta terça-feira.

*Quatro mãos 1* Janaina Paschoal, a advogada que acompanhou a entrega do
pedido de impeachment de Dilma feito por Hélio Bicudo a Eduardo Cunha,
articula uma aproximação entre o ex-petista e Miguel Reale Júnior.

*Quatro mãos 2* A sugestão para que Bicudo discuta o tema com Reale Júnior
–que foi acionado pelo PSDB para escrever um parecer sobre o assunto– já
foi feita aos dois.

*Pede para sair* A direção do PT ainda não decidiu pela expulsão de José
Dirceu porque há expectativa de que o ex-ministro, denunciado sob acusação
de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, peça seu
afastamento do partido.

*À espera* Petistas dizem que, internamente, a decepção com Dirceu é "muito
grande", mas que ainda há quem acredite que ele dará explicações à sigla
sobre o envolvimento na Lava Jato.

*Sobrevida* Embora o PT não acredite em uma guinada do governo Dilma, a
ordem no partido é trabalhar para "reduzir danos" e "sobreviver até 2018".
Lula diz que, se Dilma afundar, "o PT vai junto" e defende que a única
saída é dar atenção à articulação política.

*Resgate* O PT não deixará de apoiar a presidente, mas alas do partido já
desistiram, neste momento, de influenciar a agenda de Dilma.

*Que saudade* O grupo avalia que, para manter o legado da sigla, é preciso
resgatar "a agenda do lulismo".

*No limite 1* Além das pedaladas fiscais, Dilma terá mais problemas no TCU.
O órgão está concluindo relatório que mostra o "abandono" das fronteiras
brasileiras.

*No limite 2* O documento do Tribunal de Contas da União mostra que o país
perde cerca de R$ 100 bilhões anualmente com contrabando. Para a corte, os
esforços de segurança do governo federal estão desintegrados, e os recursos
são mal gastos.

-

TIROTEIO

*'Será que os dezoito petistas que pediram a saída de Eduardo terão coragem
de defender a demissão de Edinho e de Mercadante?'*
*DO DEPUTADO LÚCIO VIEIRA LIMA* (PMDB-BA), sobre a investigação contra os
dois ministros e a defesa feita por petistas do afastamento de Eduardo
Cunha.

-

CONTRAPONTO

*Trava-língua*
Em uma das últimas reuniões da comissão especial para discutir a reforma
política no Senado, o presidente do colegiado, Jorge Viana (PT-AC), fez
confusão ao anunciar a fala de Randolfe Rodrigues (PSOL-AP)

– Senador Reguffe com a palavra!

Ao perceber a confusão com o pedetista, que estava sentado ao lado,
corrigiu-se:

–Aliás, querido amigo Senador Randolfe. Desculpe, Reguffe e Randolfe...

Randolfe aproveitou para bajular o colega:

–Para mim é um lisonjeio ser assemelhado ou comparado com Reguffe. Estou na
mesma esteira dele!

*com PAULO GAMA e THAIS ARBEX*

Em 8 de setembro de 2015 14:55, Sylvio Carvalho <sylvio.carvalho@xxxxxxxxx>
escreveu:

Quero ver, quando o grupo tomar um processo por danos morais, se vai ter
dinheiro para se defender.

Em 8 de setembro de 2015 12:15, Isabele 🌊🌊🌊🌊 <bele74@xxxxxxxxx>
escreveu:

O programa da oposição é roubar também, como sempre foi, e se safar com o
apoio da mídia... Raposas velhas... Rs

Quanto blábláblá...


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De: Niquele <niquele@xxxxxxxxx>
Enviada em: ‎08/‎09/‎2015 10:34
Para: CamaraDas <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx>
Assunto: [CamaraDas] Editorial: FSP

O PT pelo avesso
08/09/2015 02h00

O Pixuleko, boneco inflável que representa o ex-presidente Lula (PT) em
trajes de presidiário, vai-se provando um sucesso. Apareceu pela primeira
vez em Brasília no dia 16 de agosto, durante protesto contra o governo
Dilma Rousseff (PT); circulou em seguida por capitais como São Paulo e
Curitiba e agora começa a se multiplicar.

Grupos de Brasília, São Paulo e Fortaleza aproveitaram manifestações do 7
de Setembro para exibir réplicas variadas do Pixuleko –o nome faz
referência ao termo que, segundo um dos delatores da Operação Lava Jato,
era empregado por João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, para tratar de
propina.

Na Esplanada dos Ministérios, o Movimento Brasil, que criou a primeira
versão do ícone, diz ter vendido 600 miniaturas do boneco, ao preço de R$
10 a unidade. O grupo também comercializa, por R$ 30, camisetas com a
imagem do Pixuleko ou do rosto de Sergio Moro, juiz federal responsável
pela Lava Jato em Curitiba.

De acordo com integrantes do movimento, tais negócios ajudam a bancar
viagens de manifestantes e a manutenção dos bonecos gigantes –o maior deles
mede 12 metros de altura e chega a 300 quilos quando inflado.

A ironia salta aos olhos. Nas décadas de 1980 e 1990, um PT bastante
diferente do atual também vendia adesivos e bandeiras para financiar suas
atividades partidárias. Contava para isso com militantes de carteirinha que
assumiam a tarefa voluntariamente.

Iniciativas dessa natureza parecem hoje impensáveis para uma agremiação
que se profissionalizou a caminho da Presidência –e que, instalada no
poder, protagonizou os maiores escândalos de corrupção de que se tem
notícia, nos quais desvios de dinheiro público e recursos de campanhas
eleitorais andaram ruinosamente juntos.

Petistas históricos como José Genoino e José Dirceu viram-se condenados
pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão; o mesmo Dirceu
volta ao cárcere em meio às investigações da pilhagem na Petrobras.

Não admira que o número de simpatizantes do PT seja cada vez menor, ou
que exista uma debandada de prefeitos dispostos a tentar a reeleição em
2016 por outra sigla. A imagem da legenda está cada vez mais associada à
dos esquemas ilícitos que abrigou, e seus principais nomes pouco fazem para
mudar esse quadro.

Entende-se, pois, o sucesso do Pixuleko. Mesmo que nada esteja provado
contra Lula, o boneco vestido de presidiário sintetiza a ojeriza que seu
partido desperta em camadas crescentes da sociedade. A oposição, não por
mérito das agremiações políticas, arrumou um símbolo anti-PT. Falta ainda
um programa de governo.

*:::*
*Niquele*



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