É provável que o tio Lula vá deixar o colega morrer de fome..... 2009/11/20 Niquele <niquele@xxxxxxxxx> > .....::: CamaraDas :::..... > analistas2002@xxxxxxxxxxxxx > > Esse caso Battisti é uma bomba no colo de Lulla. > O que não dá pra entender é parte da mídia comparando o italiano, que foi > terrorista, a pessoas no Brasil que fizeram parte de uma luta armada > legítima contra a ditadura. > Legítima e equivocada, é claro. > Na Itália do senhor Battisti já havia um regime democrático instalado e a > luta armada devia, há muito, ter sido substituída pelo embate político. > As Farc seguem no mesmo caminho anacrônico, fadadas a desaparecer em > completo descrédito. > Lellé despacha o "companheiro" ou não pra Itália? Veremos. > Saludos desde Tirana, > > NickL > > > ----------------------------------------------------------------------------------------------------- > > Caiu no colo de Lula > 20/11/2009 14:35:36 > > Redação Carta Capital > > Ao contrário do que pensam muitos defensores de Cesare Battisti, é bem > provável que Lula tenha lamentado o desfecho do julgamento no Supremo > Tribunal Federal. Na noite da quarta-feira 18, após longo debate, os > ministros decidiram que cabe ao presidente da República a decisão final a > respeito da extradição solicitada pela Itália. É uma saia-justa e um > quebra-cabeça jurídico. Se atender aos apelos da esquerda festiva, que > insiste em enxergar Battisti como militante político perseguido pelo Estado > italiano, Lula enfrentará um desgaste internacional desnecessário e > estimulará o recrudescimento de conflitos com parte do STF. > > Antes, porém, o Planalto terá de descobrir como manter Battisti no País sem > descumprir arbitrariamente a decisão do tribunal. O Supremo, é verdade, deu > autonomia decisória ao presidente da República, mas ela não pode ser > desconexa e deve se basear nos termos do tratado de cooperação entre o > Brasil e a Itália. Além do mais, lembraram vários dos ministros, nunca antes > o Executivo deixou de cumprir uma extradição decidida pela Corte. > > O grande derrotado do episódio foi o ministro da Justiça, Tarso Genro. Ao > longo do julgamento, cada um dos argumentos brandidos para justificar a > concessão de refúgio a Battisti foi sumariamente desmoralizado pelos > ministros. O Supremo não considerou políticos os assassinatos cometidos pelo > italiano nem enxergou riscos à vida do criminoso, caso ele venha a cumprir > pena na Itália natal. Por 5 votos a 4, venceu a posição do relator Cezar > Peluso, segundo a qual a concessão de refúgio pelo titular da Justiça foi > ilegal. > > A rigor, a decisão do STF foi pela extraditabilidade de Battisti, ou seja, > confirmaram-se todos os pressupostos para cumprir o tratado de extradição. > Ao contrário do que disse Genro, os ministros julgaram não ter havido > cerceamento de defesa por parte da Justiça italiana. O crime também não foi > considerado prescrito, há dupla tipicidade penal (o crime de que foi acusado > lá também existe no Brasil) e se trata de um estrangeiro. > > Especialistas ouvidos por CartaCapital disseram que uma das poucas saídas > jurídicas para Lula não ratificar a decisão do Supremo é conceder asilo a > Battisti, figura jurídica diferente da de refúgio. O asilo está previsto na > Constituição. O refúgio, na lei. O primeiro tem conotações políticas. O > segundo, principalmente humanitárias, conforme frisou Genro ao concedê-lo, > argumentando que havia "fundados temores de perseguição" se Battisti > retornasse à Itália para cumprir a pena de prisão perpétua, à qual foi > condenado em 1993 por quatro assassinatos. > > Ainda assim, o presidente e seus consultores jurídicos terão de encontrar > uma justificativa que não seja nem o temor de perseguição nem o crime > político, rejeitados pelo Supremo. Um dos pontos de partida poderá ser a > letra "F" do artigo terceiro do tratado de extradição. Diz o trecho que a > extradição será negada "se a parte requerida tiver razões ponderáveis para > supor que a pessoa reclamada será submetida a atos de perseguição e > discriminação por motivo de raça, religião, sexo, nacionalidade, língua, > opinião política, condição social ou pessoal; ou que sua situação possa ser > agravada por um dos elementos antes mencionados". > > Battisti, é preciso dizer, tem alegado problemas de saúde - uma pneumonia - > e diz submeter-se a uma greve de fome em protesto. Nos dias que antecederam > à ultima parte do julgamento do STF, deixou-se fotografar com expressão > abatida e agarrado a uma Bíblia. Pneumonia é, porém, doença facilmente > tratável e não há motivos para crer que ela se agravaria em uma prisão > italiana. > > "O texto (do tratado) abre uma margem enorme de subjetividade", sustenta um > advogado constitucionalista. "Foi um erro de alguns defensores de Battisti > argumentar que não havia democracia na Itália na época de sua condenação", > avalia outro especialista. Este, porém, acredita que o governo brasileiro > poderia valer-se de um suposto cerceamento de defesa no julgamento do > italiano para tentar justificar uma negativa da extradição. Será um bom > momento para testar a criatividade dos juristas do Planalto, pois é difícil > sustentar a tese de cerceamento (a Corte de Direitos Humanos da União > Europeia, por exemplo, já rejeitou a tese). > > O ministro Carlos Ayres Britto teve um peso importante na forma final da > decisão do STF ao alinhar-se com o grupo defensor da "discricionariedade" do > presidente da República (o mesmo grupo que votou contra a extradição). > Britto nega, porém, ter mudado de opinião em relação a Battisti. > > O ministro lembrou à CartaCapital decisão semelhante tomada há dois meses, > quando atuou como relator do pedido de extradição do israelense Elior Noam > Hen, acusado de torturar crianças. "Argumentei que a competência exclusiva > de executar a extradição é do presidente, é encargo do chefe de Estado, não > do Supremo. O STF só participa desses processos para atuar em favor do > extraditando, garantindo seus direitos humanos, nunca contra." > > Lula não poderá dar uma posição definitiva sobre o caso antes da publicação > do acórdão da decisão pelo STF, o que não deve acontecer neste ano. Tempo > suficiente para o presidente ponderar as perdas e ganhos de não extraditar > Battisti. E se valerá a pena o desgaste. > > > > > > ..... > The present moment is the only time that is eternal. Deepak Chopra >