Re: [CamaraDas] Artigo: Fernando Gabeira

  • From: Niquele <niquele@xxxxxxxxx>
  • To: Leandro Neves Cariello <leandro.cariello@xxxxxxxxx>
  • Date: Wed, 18 Feb 2015 11:43:11 -0200

Engraçado é que o Bendine foi visto com Val até no exterior. Homens... haha

Quem desapareceu foi o César Benjamin. Após aquela história narrada por
ele, de que Nosso Guia teria estuprado um companheiro de cela, o cara
evaporou.

Alguém aí já pensou numa maneira de abafar a vaia que o presidente Dilma
vai levar, em rede mundial, nas Olimpíadas? Aquela vaia mal educada da Copa
foi vergonhosa.

Se é que ela ainda será presidente até lá. A zelite golpista tá bem
assanhada! :)
Em 18/02/2015 03:21, "Leandro" <leandro.cariello@xxxxxxxxx> escreveu:

> Aproveitando a insônia, e parodiando o próprio Gabeira: o que é isso,
> companheiro Nilson? No mínimo, vejo que você está com uma imagem deturpada
> e desatualizada do autor da matéria. Talvez o primeiro deputado federal a
> abandonar a nau petista por iniciativa própria, logo no início do primeiro
> reinado Lula, Gabeira hoje é um respeitado jornalista, com colunas em
> importantes jornais e elogiado programa semanal em TV a cabo.
> Mais: não vejo como 'bobagem junta' o bem-humorado relato de um
> substancioso e subsidiado empréstimo do BNDES a uma riquíssima socialite
> paulista, com a interferência direta do amigo íntimo e então Presidente do
> BB, hoje alçado à Presidência da Petrobras.
>
> Em 17/02/2015, às 19:58, "Nilson Matias" <dmarc-noreply@xxxxxxxxxxxxx>
> (Redacted sender "nilsonmatias@xxxxxxxxx" for DMARC) escreveu:
>
> Meu Deus, quanta bobagem junta! É isso o que a droga pode fazer  com os
> neurônios.... Kkkkkkk
> ------------------------------
> De: Niquele <niquele@xxxxxxxxx>
> Enviada em: 17/02/2015 12:24
> Para: CamaraDas <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx>
> Assunto: [CamaraDas] Artigo: Fernando Gabeira
>
> *Valdirene Aparecida*
>
> *Não parecia apenas uma mulher rica, mas alguém fugindo dos hábitos da
> população mais humilde*
>
> Os jornalistas, às vezes, chamam a atenção para os nomes estranhos que
> surgem nos escândalos políticos. Surgiu agora o de Valdirene Aparecida,
> que, apesar de inadimplente, teria recebido um empréstimo do Banco do
> Brasil, com dinheiro do BNDES. Os nomes parecem estranhos no noticiário,
> porque são nomes de batismo, de modo geral, como é comum na Bahia, uma
> fusão dos nomes do pai e da mãe.
>
> Valdirene, por exemplo, muito provavelmente, é filha de Valdir com Irene.
> Tornou-se Val Marchiori, participou de um reality show, "Mulheres ricas", e
> é apresentada como socialite. Vi alguns fragmentos do reality show.
> Valdirene não parecia apenas uma mulher rica, mas alguém fugindo
> intensamente dos hábitos da população mais humilde, marcados inclusive no
> seu nome composto: Valdirene, de Valdir e Irene, e Aparecida, talvez em
> homenagem à padroeira do Brasil.
>
> Suas matérias de viagem eram custeadas por ela, que viaja em jatinho
> próprio. Val ofuscou Valdirene e conseguiu um espaço como apresentadora,
> repórter, blogueira e celebridade. Além disso, tinha grana para produzir as
> próprias matérias. Dizem os jornais que Valdirene e Aldemir eram amigos,
> viajavam juntos, e, juntos, decidiram pelo empréstimo no BB, onde Aldemir
> era presidente.
>
> Ele é um dos executivos ligados ao PT. Chegou ao máximo da carreira ao ser
> indicado para a presidência de uma Petrobras em transe. E teve esse caso na
> vida, uma loira como cliente bancária.
>
> A senadora Marta Suplicy já registrou o problema da cor do cabelo no PT,
> ao afirmar que havia três candidatas mulheres à presidência, Dilma, Marina
> e ela. Mas observou que não tinha nenhuma chance, pois era a única loira.
>
> No auge da crise internacional, Lula acusou os loiros de olhos azuis de
> terem arruinado a economia mundial. Se falou isso é porque, em alguma
> camada de seu inconsciente, acredita na maldade intrínseca dessa gente
> branca.
>
> Valdirene também é loira. Sua trajetória de fuga da pobreza e a adoção
> entusiástica de um consumo de luxo aparentemente são sinais de afastamento
> da galáxia petista. No entanto, no fundo, têm tanto ela como o PT o mesmo
> deslumbramento com a riqueza. A passagem de Lula pelo Copacabana Palace, no
> período eleitoral, mostra que ele tem os mesmos e talvez mais caros hábitos
> que a própria socialite.
>
> A sensação que tenho é de que Lula gostaria de ter a mesma trajetória de
> Val Marchiori. Sua fúria contra os ricos e os loiros de olhos azuis esconde
> um grande desejo de imitá-los.
>
> No Brasil, há quem ganhe Bolsa Família, há quem ganhe bolsa Louis Vuitton
> do BNDES. A diferença, como tenho acentuado, é o sigilo do BNDES.
>
> Sinceramente, espero que ela não se ofenda, mas a bolsa de Val Marchiori é
> uma mixaria perto do que os outros ricos empresários estão levando. E
> revela algo característico da burguesia brasileira, sobretudo aquela que o
> PT considera a elite do B porque o apoia, incondicionalmente. Eles esbanjam
> dinheiro.
>
> Val tem dinheiro para viajar no próprio jatinho e financiar suas aventuras
> jornalísticas. Mas, quando precisa de uma graninha extra, vai ao Banco do
> Brasil, que, por sua vez, aciona o crédito do BNDES. Os donos da Friboi
> buscam dinheiro no BNDES e, ao mesmo tempo, destinam R$ 250 milhões à
> campanha do PT.
>
> A trajetória de Aldemir e Valdirene passaria em branco para mim. Não me
> importo com a vida dos outros nem me disponho a patrulhar gastos alheios
> quando não se originam em dinheiro público.
>
> No entanto, há uma trajetória comum dos ricos que orbitam em torno dos
> governos petistas e bolivarianos. Prosperam num discurso de amor à pobreza,
> mas, no fundo, querem apenas mais dinheiro.
>
> Valdirene é uma exceção. Nunca a vi elogiar a pobreza, nos poucos minutos
> em que a ouvi, jamais manifestou amor pelos pobres, algo que é muito comum
> nos nossos salvadores populistas.
>
> Ao contrário, encarna apenas um espírito elitista, que quer se diferenciar
> através do consumo de luxo e escolhas sofisticadas.
>
> O PT ama os pobres, tão falsamente como é possível amar os pobres, a
> Humanidade e outras grandes abstrações.
>
> Mas Valdirene e Lula navegam no mesmo transatlântico de luxo que está se
> afundando e não nos deixam outra saída, exceto seguir tocando nosso piano,
> humildemente, enquanto a farsa não se revela em toda a sua amplitude.
>
> O ideal seria tocar a sirene enquanto o drama se precipita sem as máscaras
> do carnaval. Mas isso é uma tarefa para se pensar na Quarta-feira de Cinzas.
>
> As últimas pesquisas sobre Dilma confirmam minhas intuições de repórter de
> rua. A confiança está desabando, e o edifício pode cair. Só nos resta
> repetir em escala nacional o conselho do prefeito do Rio aos moradores de
> área de risco: acreditem na sirene quando ela tocar.
>
>
> *:::*
> *Niquele*
>
>

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