O sujeito acha que "comprar, comprar, comprar e comprar" não é a solução. No entanto quer dar 14 mil dólares para cada família pobre do planeta. Sem dúvida trata-se de alguém que ganha a vida prestando consultoria. 2009/3/16 jair francelino ferreira <jairfrancelino@xxxxxxxxxxx> > A análise da situação - deste quanto do outro artigo - é interessante. A > "solução" é que ao meu ver soa demagógica, como nos casos em que a > imprensa logo contabiliza todo desperdício público em quantas casas > populares poderiam ser construídas com aquele dinheiro... > > Explico-me: o que as familias das regiões mais miseráveis da África, Ásia e > América Latina (Nordeste brasileiro incluso) farima com 14 mil dólares na > mão (mesmo em dinheiro local)? Comprariam o quê? Onde? Por quantos > atravessadores esse dinehiro passaria (e quanto seria desviado no caminho) > até chegar lá? Como se cadastrariam essas famílias aptas a receber tal > recurso? > Enfim, a solução exposta dessa forma vaga serve apenas para o discurso - o > que não é de todo desprezível - mas não tem utilidade prática. > > Jair > > ------------------------------ > Date: Mon, 16 Mar 2009 08:13:23 -0300 > Subject: [CamaraDas] O pouso nada suave da economia mundial ou, quem quer > ganhar catorze mil dólares? > From: paulanakamura@xxxxxxxxx > To: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx > > > Encaminho mais um texto muito interessante do Eduardo F. Silva. > --- > > *O pouso nada suave da economia mundial ou, quem quer ganhar catorze mil > dólares?* > * > * *Eduardo Fernandez Silva* > *Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados* > *Área IX – Economia e Política Econômica* > *Março de 2009* > > > Há anos, economistas já diziam que o rápido crescimento recente da economia > mundial não era sustentável e cairia. A questão era se seria um pouso suave > ou não. Aqueles que previram uma crise mais forte foram chamados de > agourentos. Hoje, vemos que tinham razão. > Há anos, especialistas vêem dizendo que o planeta não suporta nem o estilo > nem o ritmo de crescimento econômico recente, nem muito menos a > generalização, para as pessoas mais pobres, do estilo de vida médio vigente > nos países ricos. Isso porque, simplesmente, a Terra não tem água, nem > petróleo, nem madeira nem capacidade biológica de processar os lixos tóxicos > que poluem o ar, a água, o solo e o subsolo, e que são inevitáveis para > produzir tal estilo de vida! Muitos ainda chamam esses especialistas de > agourentos, como se dizia dos que previam a crise da economia. > Não obstante a advertência e os claros sinais que a corroboram, muitos > ainda buscam, como solução para a crise econômica, algo que ressuscite o > sistema bancário e possibilite a retomada do crescimento econômico. A > promessa é que, no futuro, todos terão o padrão de vida dos países ricos”. > Promessa falsa, pois impossível de ser cumprida. > Ao invés de se buscar um novo sistema financeiro, que dê contribuição > efetiva para solucionar, simultaneamente, as crises ambiental, do sistema > econômico e, principalmente, a da (falta de) qualidade de vida da maioria da > população, busca-se ressuscitar as instituições financeiras hoje na UTI do > dinheiro público. > Justifica-se tal estratégia com o argumento de que ela permitirá retomar > empréstimos para que os consumidores comprem cada vez mais para que as > empresas produzam cada vez mais e gerem empregos. Retomar a antiga trilha em > busca da falsa promessa significa, principalmente, desconsiderar a > advertência cada vez mais insistente – e com provas cada vez mais veementes > – de que já hoje os humanos consomem mais recursos do que a Terra é capaz de > oferecer. > O debate tem que ser redirecionado. Considere-se, por exemplo, que já foram > injetados nos bancos cerca de sete trilhões de dólares, e os analistas > estimam que pelo menos mais uns três ou quatro serão necessários. Se este > dinheiro fosse dividido entre as 700 milhões de famílias que compõem a > metade mais pobre da atual população de humanos, cada uma receberia um valor > equivalente a catorze mil e duzentos dólares. Os problemas da pobreza e do > desemprego seriam resolvidos, rapidamente. > O absurdo do número ressalta o devaneio da busca de uma solução por meio de > uma estratégia de comprar, comprar, comprar e comprar; há que se mudar o > estilo de vida. > Caso se retome o crescimento da economia sem lhe alterar, profundamente, o > estilo, o método e os objetivos, a crise ambiental já anunciada e que se > avoluma a cada segundo nos atingirá com tal força que, sim, o atual tsunami > da crise econômica parecerá apenas uma marolinha. > > > -- > Proteja meu endereço como estou protegendo o seu. > Envie sempre com Cco ou Bcc (cópia oculta). > Quando enviar para outros amigos, exclua os endereços que porventura > apareçam no conteúdo da mensagem. > > ------------------------------ > Diversão em dobro: compartilhe fotos enquanto conversa usando o Windows > Live > Messenger.<http://www.microsoft.com/windows/windowslive/products/messenger.aspx> >