[CamaraDas] Re: [CamaraDas] RE: [Camar aDas] O pouso nada s uave da economia mun dial ou, quem quer g anhar catorze mil dó lares?

  • From: João Marcos <jmcantarino@xxxxxxxxx>
  • To: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
  • Date: Mon, 16 Mar 2009 12:44:34 -0300

O sujeito acha que "comprar, comprar, comprar e comprar" não é a solução. No
entanto quer dar 14 mil dólares para cada família pobre do planeta. Sem
dúvida trata-se de alguém que ganha a vida prestando consultoria.


2009/3/16 jair francelino ferreira <jairfrancelino@xxxxxxxxxxx>

> A análise da situação - deste quanto do outro artigo - é interessante. A
> "solução" é que ao meu ver soa demagógica, como  nos casos em que  a
> imprensa logo contabiliza todo desperdício público em quantas casas
> populares poderiam ser construídas com aquele dinheiro...
>
> Explico-me: o que as familias das regiões mais miseráveis da África, Ásia e
> América Latina (Nordeste brasileiro incluso) farima com 14 mil dólares na
> mão (mesmo em dinheiro local)? Comprariam o quê? Onde? Por quantos
> atravessadores esse dinehiro passaria (e quanto seria desviado no caminho)
> até chegar lá?  Como se cadastrariam essas famílias aptas a receber tal
> recurso?
> Enfim, a solução exposta dessa forma vaga serve apenas para o discurso - o
> que não é de todo desprezível - mas não tem utilidade prática.
>
> Jair
>
> ------------------------------
> Date: Mon, 16 Mar 2009 08:13:23 -0300
> Subject: [CamaraDas] O pouso nada suave da economia mundial ou, quem quer
> ganhar catorze mil dólares?
> From: paulanakamura@xxxxxxxxx
> To: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
>
>
> Encaminho mais um texto muito interessante do Eduardo F. Silva.
> ---
>
> *O pouso nada suave da economia  mundial ou, quem quer ganhar catorze mil
> dólares?*
> *
> * *Eduardo Fernandez Silva*
> *Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados*
> *Área IX – Economia e Política Econômica*
> *Março de 2009*
>
>
> Há anos, economistas já diziam que o rápido crescimento recente da economia
> mundial não era sustentável e cairia. A questão era se seria um pouso suave
> ou não. Aqueles que previram uma crise mais forte foram chamados de
> agourentos. Hoje, vemos que tinham razão.
> Há anos, especialistas vêem dizendo que o planeta não suporta nem o estilo
> nem o ritmo de crescimento econômico recente, nem muito menos a
> generalização, para as pessoas mais pobres, do estilo de vida médio vigente
> nos países ricos. Isso porque, simplesmente, a Terra não tem água, nem
> petróleo, nem madeira nem capacidade biológica de processar os lixos tóxicos
> que poluem o ar, a água, o solo e o subsolo, e que são inevitáveis para
> produzir tal estilo de vida! Muitos ainda chamam esses especialistas de
> agourentos, como se dizia dos que previam a crise da economia.
> Não obstante a advertência e os claros sinais que a corroboram, muitos
> ainda buscam, como solução para a crise econômica, algo que ressuscite o
> sistema bancário e possibilite a retomada do crescimento econômico. A
> promessa é que, no futuro, todos terão o padrão de vida dos países ricos”.
> Promessa falsa, pois impossível de ser cumprida.
> Ao invés de se buscar um novo sistema financeiro, que dê contribuição
> efetiva para solucionar, simultaneamente, as crises ambiental, do sistema
> econômico e, principalmente, a da (falta de) qualidade de vida da maioria da
> população, busca-se ressuscitar as instituições financeiras hoje na UTI do
> dinheiro público.
> Justifica-se tal estratégia com o argumento de que ela permitirá retomar
> empréstimos para que os consumidores comprem cada vez mais para que as
> empresas produzam cada vez mais e gerem empregos. Retomar a antiga trilha em
> busca da falsa promessa significa, principalmente, desconsiderar a
> advertência cada vez mais insistente – e com provas cada vez mais veementes
> – de que já hoje os humanos consomem mais recursos do que a Terra é capaz de
> oferecer.
> O debate tem que ser redirecionado. Considere-se, por exemplo, que já foram
> injetados nos bancos cerca de sete trilhões de dólares, e os analistas
> estimam que pelo menos mais uns três ou quatro serão necessários. Se este
> dinheiro fosse dividido entre as 700 milhões de famílias que compõem a
> metade mais pobre da atual população de humanos, cada uma receberia um valor
> equivalente a catorze mil  e duzentos dólares. Os problemas da pobreza e do
> desemprego seriam resolvidos, rapidamente.
> O absurdo do número ressalta o devaneio da busca de uma solução por meio de
> uma estratégia de comprar, comprar, comprar e comprar; há que se mudar o
> estilo de vida.
> Caso se retome o crescimento da economia sem lhe alterar, profundamente, o
> estilo, o método e os objetivos, a crise ambiental já anunciada e que se
> avoluma a cada segundo nos atingirá com tal força que, sim, o atual tsunami
> da crise econômica parecerá apenas uma marolinha.
>
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