Re: [CamaraDas] Artigo: Janio de Freitas

  • From: Leandro <leandro.cariello@xxxxxxxxx>
  • To: "analistas2002@xxxxxxxxxxxxx" <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx>
  • Date: Fri, 17 Apr 2015 15:05:28 -0300

Kkkkkk, rsrsrsrs...

Em 17/04/2015, às 10:58, Patrícia Borges de Carvalho <pcborges19@xxxxxxxxx>
escreveu:

Só rindo mesmo....

Enviado do meu iPhone

Em 16/04/2015, às 13:26, Leandro <leandro.cariello@xxxxxxxxx> escreveu:

Se algum órgão está sendo parcial (e eu não acho isso!), certamente não é a
Justiça, que está apenas agindo em razão de denúncias do Ministério Público,
após investigações da Polícia Federal, supõe-se que acompanhadas das
indispensáveis provas. Será que já existem provas contra outros acusados?

Em 16/04/2015, às 13:09, Lúcio Flávio de Castro Dias <luciodias@xxxxxxx>
escreveu:

A bem da verdade, quando só pessoas de UM partido são levadas à Justiça por
um crime que também outras, de outros partidos, cometeram, a Justiça deixa
de ser imparcial e passa a ser uma instrumento de perseguição política. Ou
não é?

CC: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
From: leandro.cariello@xxxxxxxxx
Subject: Re: [CamaraDas] Artigo: Janio de Freitas
Date: Thu, 16 Apr 2015 12:13:03 -0300
To: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx

Em outras palavras, o novo refrão do PT: "somos iguais aos outros; por que
só nós?"

Em 16/04/2015, às 11:40, Isabele <bele74@xxxxxxxxx> escreveu:

Chamou de PRISÃO POLÍTICA porque apenas o tesoureiro desse partido foi
preso e os outros partidos corrompidos podem mais uma vez se safar.

Isabele
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De: Niquele
Enviada em: ‎16/‎04/‎2015 11:16
Para: CamaraDas
Assunto: [CamaraDas] Artigo: Janio de Freitas

É isto

Três aspectos distintos, embora factualmente conexos, destacam-se na
situação complexa que a prisão do tesoureiro do PT veio tornar mais tóxica.
Sem ordem de importância, um dos aspectos pode começar como contestação ao
líder do PT na Câmara, Sibá Machado, segundo o qual João Vaccari Neto foi
vítima de uma "prisão política". Política, e de péssima política, é a ideia
exposta por Sibá. O PT está sufocado por acusações de diferentes fontes e
igual gravidade, na confusa Operação Lava-Jato. Chegou a tal situação sem
dar às acusações uma resposta enfática, pelo teor e pela firmeza.
Talvez o PT não pudesse dar resposta objetiva às acusações porque os
condutores da inquirição não divulgam o contexto completo dos depoimentos,
mas só as suas violações dirigidas do alegado segredo de justiça. A
resposta moral e institucional, porém, o PT não a deu por temor ou, ao que
parece menos provável, por falta de iniciativa. O resultado é o mesmo: o PT
não se faz merecedor de dúvida, quanto mais de confiança, pelo menos até
que os possíveis acertos e erros da Lava Jato enfrentem os crivos do
conhecimento público e, nele, os especialistas em Direito.
Um outro aspecto é o da animação oposicionista, em especial no PSDB, com a
presumida contribuição para o impeachment dada pela prisão de Vaccari. O
impeachment, em resumo, é a possibilidade aberta pela Constituição para
destituir o governante por crime de responsabilidade. Para iniciar o
processo de destituição é necessária, portanto, a precedência do ato ou de
indícios com seriedade para serem investigados e avaliados.
Não é o que o PSDB quer. Ao iniciar reuniões com policiais e advogados,
além de jornalistas, para descobrir alegações que possam pretextar uma
campanha pró-impeachment, esses oposicionistas atestaram que o seu objetivo
não é a defesa da legalidade, ou da moralidade administrativa, ou das
instituições democráticas. Sua prática é leviana e seu objetivo é ferir de
morte o adversário odiado. Dois indícios de má-fé e ação contra o Estado de
Direito.
Entre os desdobramentos que a Lava Jato pode produzir está o de comprometer
o governo e a própria Dilma Rousseff, por improvável que isso seja. Sem tal
eventualidade, porém, os passíveis de crime contra a ordem democrática, nos
termos da Constituição, são os que se organizam para fomentar a ruptura da
legalidade institucional que tanto custou a este país.
Por fim, não só a prisão de Vaccari, mas tudo na Lava Jato que envolva
partido envolve, também, eleições. As últimas, e as anteriores, e ainda as
de antes, todas iguais: eleições brasileiras são uma grande hipocrisia.
Raríssimas são as doações financeiras de empresas, como as da Natura, e de
empresários, como as de Neca Setúbal, que provêm de convicções ou simpatia,
não de interesse. Em proporção semelhante, raríssimos são os políticos
profissionais que não tomam "doações" e as embolsam em parte, senão no
todo.
Candidato endinheirado a suplente de senador é aposta fácil sobre seu
compromisso de pagar toda a campanha, e, apesar disso, com o titular da
chapa tomando doações para embolsá-las. Casos assim são muito conhecidos,
por isso a oposição não olha para dentro de si mesma. Comprador de fazenda,
aliás, com valores falsos na escritura, logo depois de eleição presidencial
nos anos 90, não seria notícia nova para os oposicionistas atuais.
Os bens da grande maioria de políticos profissionais são notoriamente
incompatíveis com seus ganhos, ainda que lhes somando aposentadorias e
outros ganhos conhecidos. Se fosse mesmo para defender a moralidade,
bastaria confrontar ganhos e patrimônio. Se não é, restam a falsa
moralidade e a hipocrisia




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Niquele

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