[CamaraDas] RE: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Lulla Lelé 3.0?

  • From: jair francelino ferreira <jairfrancelino@xxxxxxxxxxx>
  • To: analistas câmara <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx>
  • Date: Thu, 21 May 2009 11:47:07 -0300

Sou contra o 3º mandato, embora não considere golpe - já que pode ser 
conseguido por meios legais,com a mudança da Constituição pelo Congresso, que 
tem poderes constituições para isso. Mas, claro, seria uma medida  casuísta, e 
provavelmente custaria muito dinheiro para o "convencimento" dos parlamentares, 
aliás como ocorreu na aprovação do 2º mandato para FHC. E não se pode alegar 
que o PSDB não tinha quadros, afinal o careca com nome de José já tava louco 
pra ser presidente na época -  e havia o Covas, melhor nome do PSDB detodos os 
tempos.

 

Outro ponto interessante é ligar o 3º mandato por vias "democráticas" ao 
chavismo, dando a entender que seja uma tantação típica da esquerda. Quem 
inaugurou prática por essas bandas sul-americanas foi o Fujimore, e o Uribe 
acaba de conseguir no Senado colombiano a aprovação de um plebiscito para ver 
se emplaca também o seu 3º mandato com as bênçãos dos Estados Unidos. E eu não 
li  nenhum Demóstenes reclamando disso. 

Jair


Date: Wed, 20 May 2009 19:44:29 -0200
Subject: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Lulla Lelé 3.0?
From: marcus.barros@xxxxxxxxx
To: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx


O golpe do 3º mandato virá, e ninguém duvide disso. Por sorte, os ventos não 
sopram totalmente a favor desse chavismo brazuca de quinta categoria. O tempo 
para aprovar a PEC, pouco mais de 4 meses, é muito curto. São dois turnos em 
cada Casa (do interstício não vou nem falar, depois que o Sarney convocou 5 
sessões extraordinárias de uma hora cada no mesmo dia para encurtar a 
tramitação da reforma da previdência...). 
 
Demóstenes, presidente da CCJ do Senado, já adiantou que vai dar o pior de si e 
retardar o que for humanamente possível.
 
A oposição no senado já tem de cara 27 dos 32 votos necessarios para barrar a 
PEC. Não acredito que um senador do quilate de Renato Casagrande compactue com 
isso. Mesmo Cristóvam e Osmar dias, por exemplo, não são votos garantidos. O 
jucazismo está em alta no PMDB, mas sempre podemos contar ao menos com Mão 
Santa, Simon, Jarbas. E tem também o José Nery do Psol.  
 
(A parte da Câmara vou pular...)
 
O que os petistas não se tocam é que o golpe do 3º mandato deixa clara a 
absoluta falta de quadros nacionais do partido em condições de ganhar uma 
eleição para presidente. Se Dilma tiver de perder, que perca, e que o PT forje 
alternativas competitivas para as eleiçoes seguintes. E se Lula tivesse câncer? 
Vão apresentar uma PEC proibindo homens carecas cujo nome começa com José de se 
candidatar?

A exploraçao política da doença da dilma causa ânsia de vômito. Qdo soube do 
linfoma, a cúpula governista ordenou pesquisas qualitativas para saber qual a 
precepção que o brasileiro poderia fazer do câncer. E vibraram qdo ouviram dos 
marqueteiros que o eleitor poderia apiedar-se do calvário da dilma e 
corresponder com votos.
 
Haja plasil...

 
 
2009/5/20 Niquele <niquele@xxxxxxxxx>

   :::CamaraDas:::


Sem Dilma, a carta de Lula 3.0 virá da rua

Elio Gaspari

Adoença da ministra Dilma Rousseff acordou o fantasma de uma emenda
constitucional que abra o caminho para Nosso Guia disputar nas urnas
um terceiro mandato. Como sempre acontece, essas tempestades nascem na
periferia. O projeto, que prevê um referendo popular, virá do deputado
Jackson Barreto (PMDB-SE), e há uma semana a proposta foi trazida pelo
sindicalista Paulo Vidal, que nos anos 70 antecedeu Lula na
presidência dos Metalúrgicos de São Bernardo. Nas suas palavras, com
seu estilo:

"Imaginar pura e simplesmente que politicamente seria importante
cumprir as normas constitucionais e tirar o Lula da Presidência, eu
acho que todos nós temos que repensar isso. (...) A companheira Dilma
que me desculpe."

(Num lance pérfido, Lula já contou que, durante a ditadura, "muitos
companheiros presos disseram que o Paulo Vidal era quem tinha dedado.
Eu, sinceramente, não acredito". Se não acreditasse, não deveria ter
dito, sobretudo quando se sabe que, na oficina de ourivesaria
stalinista do mito de Nosso Guia, Vidal é colocado no papel de
policial.)

Se a candidatura da doutora Dilma Rousseff sair do trilhos, são fortes
os sinais de que a carta petista será a emenda constitucional que
permita a disputa do terceiro mandato. A manobra exige que até
setembro três quintos do Congresso votem a favor da medida, para
levá-la a um referendo. Pode-se antever dificuldades no Senado, que já
negou essa maioria ao governo no caso da prorrogação da CPMF, mas uma
coisa é certa: se a nação petista for para esse caminho, ela não se
fará ouvir com maiorias parlamentares, virá com o ronco das ruas.

A expressão "terceiro mandato" trai a abulia política em que se
prostrou a oposição. O que Lula pode vir a pedir é o direito de
disputar uma terceira eleição. A ideia de "mandato" pressupõe que,
podendo disputar, ganha na certa.


O comportamento dos dois candidatos tucanos à Presidência da República
diante da opção queremista (ecoando o "Queremos Getúlio" de 1945) é
hoje estímulo para o PT. José Serra e Aécio Neves guardam obsequioso
silêncio em relação ao assunto. Serra e o PSDB meteram-se numa camisa
de força institucional. Um governador de São Paulo e um partido que
simpatizam com uma reforma política capaz de criar o voto de lista por
maioria simples ficam numa posição girafa se quiserem condenar um
projeto de reeleição que vai buscar os três quintos exigidos para as
reformas constitucionais para que se realize um referendo.

No caso do governador de Minas Gerais, chega a ser difícil entender
por que ele condenaria a manobra queremista, capaz de levá-lo ao
melhor do mundos. Primeiro, porque a mudança permitiria sua própria
reeleição (refrigério de que Serra já dispõe, caso não queira ir para
outra disputa com Lula). Em 2014 Aécio Neves estará livre de seu
principal adversário, que se chama José Serra, não Lula.

É possível que Serra, Aécio e grão-tucanato deem pouca importância aos
sinais de fumaça que saem da panela do Planalto. Em 1995 muita gente
boa da oposição se recusava a acreditar que Fernando Henrique Cardoso
mudaria a Constituição para se reeleger em 1998. Deu no que deu,
colocando no colo dos tucanos a paternidade do instituto da reeleição.

ELIO GASPARI é jornalista.

...
NickL
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Fran Lebowitz  - "If you're going to America, bring your own food."


.....
 Marx - "De cada um de acordo com suas capacidades, para cada um de acordo com 
as suas necessidades."


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