[CamaraDas] RE: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Lulla Lelé 3.0?

  • From: jair francelino ferreira <jairfrancelino@xxxxxxxxxxx>
  • To: analistas câmara <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx>
  • Date: Fri, 22 May 2009 12:08:42 -0300

Outra visão, que me parece bem mais lúcida.


 

Lula, Dilma, plano B e Aécio 










A oposição tem o hábito de subestimar a inteligência do presidente Luiz Inácio 
Lula da Silva. É um erro porque contamina a eficiência de sua estratégia. Com 
informação errada, a chance do insucesso só faz crescer. Exemplo mais recente: 
levar a sério a ideia de que Lula deseja disputar um terceiro mandato 
consecutivo. 

Quem realmente tem informação do que se passa no núcleo do governo sabe que 
isso é bobagem. Lula rejeita tal tese por uma série de motivos. Citemos apenas 
três. Convicção de que seria um retrocesso institucional, argúcia política e 
noção exata de que seria uma batalha de alto custo e baixo benefício. 

O presidente acredita que articular uma nova alteração da regra do jogo 
presidencial seria pedagogicamente danoso à democracia. Lula gosta do 
reconhecimento externo que conquistou. Deseja fazer política internacional 
quando passar a faixa ao sucessor em 1º de janeiro de 2011. A tese do terceiro 
mandato só o diminuiria aos olhos da comunidade internacional. Passaria a 
imagem de velho caudilho latino-americano. 

Outro senão: o petista seria acusado de repetir Fernando Henrique Cardoso, 
presidente da República que patrocinou a casuística mudança constitucional de 
1997 para poder concorrer à reeleição em 1998. Mais: Lula dirá que o povo até 
queria, mas ele teria pensado na estabilidade democrática mais do que FHC. No 
duelo algo pessoal com o tucano, levaria vantagem. 

O governo está passando sufoco no Senado com a CPI da Petrobras. Está vendo o 
que é depender e confiar no PMDB. Alguém imagina o custo de aprovar uma emenda 
constitucional naquela Casa? São necessárias duas votações com quórum 
qualificado _três quintos, o que dá 49 dos 81 senadores. Lula teria de entregar 
a Petrobras, o pré-sal e até as meias para aprovar uma mudança desse tipo. De 
bobo e louco, Lula não tem nada. 

Melhor patrocinar uma candidatura com alta chance de sucesso. Por ora, é Dilma. 
Não tem plano B autorizado por Lula. Em 2014, ele poderia ser candidato 
novamente, a depender do prestígio futuro. No cenário de eleger o sucessor e de 
disputar com sucesso em 2014, Lula poderia até tentar concorrer em 2018. Tem 
gente no PT que pensa em 20 anos de poder. 

A oposição bate na tecla do terceiro mandato achando que desgasta Lula. Avalia 
que transmite a ideia de que ele está louco para ceder a uma tentação chavista. 
No entanto, pode estar somente fortalecendo o presidente, transmitindo a imagem 
de que ele é tão bom que não tem substituto à altura. 

* 
Quem fala no plano B 

Os políticos que mais desejam uma alternativa à ministra Dilma Rousseff, caso a 
chefe da Casa Civil desista de ser candidata, são os aliados do PMDB. No PT, só 
gente de quinta categoria pensa no assunto. Mas eles têm algo em comum: estão 
instalados no poder e não desejam sair dele. Daí falar em terceiro mandato ou 
noutro nome para o lugar de Dilma. 

As especulações de plano B são muitas e incipientes. Todas devem ser vistas com 
o devido desconto. O ex-ministro Antonio Palocci Filho, que tem a tatuagem da 
violação do sigilo do caseiro, é o primeiro da fila. O ministro do 
Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, agrada a parcela do PMDB. Facilitaria 
um acordo em Minas. Apoio a Patrus para a Presidência em troca do suporte à 
candidatura do ministro Hélio Costa (Comunicações) ao Palácio da Liberdade. 
Michel Temer, presidente do PMDB, poderia ser vice para compor uma chapa café 
com leite e fazer frente à dupla tucana Serra-Aécio. 

Pura opinião: Lula vai de Dilma. 

* 
Jogo tucano 

É natural que o governador de Minas, Aécio Neves, tenha ficado chateado com a 
revelação de que ele fez acordo com o colega de São Paulo, José Serra. Aécio 
aceitou ser vice de Serra, condicionando isso a uma saída honrosa. A intenção 
era anunciar o acordo em agosto ou setembro, enquanto a ministra Dilma ainda 
deverá estar em recuperação, a fim de acelerar uma ofensiva para fazer alianças 
com o PMDB nos Estados. 

A repercussão da divulgação do acordo gerou atrito no PSDB. Aécio se sentiu 
traído por seus colegas de partido. Ele precisa de tempo para construir um 
discurso de saída no qual leve vantagem: popularizar o seu nome pelo país, pois 
ainda tem alta taxa de desconhecimento para quem deseja disputar a Presidência. 

A divulgação da notícia afetou esse cronograma, que, talvez, precise ser 
alterado e leve o mineiro exigir uma prévia mais restrita, no começo de 2010, a 
fim de dar caráter natural a uma união que formaria uma chapa bastante 
competitiva. 








Kennedy Alencar, 41, colunista da Folha Online e repórter especial da Folha em 
Brasília. Escreve para Pensata às sextas e para a coluna Brasília Online, sobre 
bastidores do poder, aos domingos. É comentarista do telejornal "RedeTVNews", 
de segunda a sábado às 21h10, e apresentador do programa de entrevistas "É 
Notícia", aos domingos à meia-noite.

E-mail: kennedy.alencar@xxxxxxxxxxxxxxxxx 
Leia as colunas anteriores


From: jairfrancelino@xxxxxxxxxxx
To: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
Subject: RE: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Lulla Lelé 3.0?
Date: Thu, 21 May 2009 11:47:07 -0300



Sou contra o 3º mandato, embora não considere golpe - já que pode ser 
conseguido por meios legais,com a mudança da Constituição pelo Congresso, que 
tem poderes constituições para isso. Mas, claro, seria uma medida  casuísta, e 
provavelmente custaria muito dinheiro para o "convencimento" dos parlamentares, 
aliás como ocorreu na aprovação do 2º mandato para FHC. E não se pode alegar 
que o PSDB não tinha quadros, afinal o careca com nome de José já tava louco 
pra ser presidente na época -  e havia o Covas, melhor nome do PSDB detodos os 
tempos.
 
Outro ponto interessante é ligar o 3º mandato por vias "democráticas" ao 
chavismo, dando a entender que seja uma tantação típica da esquerda. Quem 
inaugurou prática por essas bandas sul-americanas foi o Fujimore, e o Uribe 
acaba de conseguir no Senado colombiano a aprovação de um plebiscito para ver 
se emplaca também o seu 3º mandato com as bênçãos dos Estados Unidos. E eu não 
li  nenhum Demóstenes reclamando disso. 
Jair


Date: Wed, 20 May 2009 19:44:29 -0200
Subject: [CamaraDas] Re: [CamaraDas] Lulla Lelé 3.0?
From: marcus.barros@xxxxxxxxx
To: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx


O golpe do 3º mandato virá, e ninguém duvide disso. Por sorte, os ventos não 
sopram totalmente a favor desse chavismo brazuca de quinta categoria. O tempo 
para aprovar a PEC, pouco mais de 4 meses, é muito curto. São dois turnos em 
cada Casa (do interstício não vou nem falar, depois que o Sarney convocou 5 
sessões extraordinárias de uma hora cada no mesmo dia para encurtar a 
tramitação da reforma da previdência...). 
 
Demóstenes, presidente da CCJ do Senado, já adiantou que vai dar o pior de si e 
retardar o que for humanamente possível.
 
A oposição no senado já tem de cara 27 dos 32 votos necessarios para barrar a 
PEC. Não acredito que um senador do quilate de Renato Casagrande compactue com 
isso. Mesmo Cristóvam e Osmar dias, por exemplo, não são votos garantidos. O 
jucazismo está em alta no PMDB, mas sempre podemos contar ao menos com Mão 
Santa, Simon, Jarbas. E tem também o José Nery do Psol.  
 
(A parte da Câmara vou pular...)
 
O que os petistas não se tocam é que o golpe do 3º mandato deixa clara a 
absoluta falta de quadros nacionais do partido em condições de ganhar uma 
eleição para presidente. Se Dilma tiver de perder, que perca, e que o PT forje 
alternativas competitivas para as eleiçoes seguintes. E se Lula tivesse câncer? 
Vão apresentar uma PEC proibindo homens carecas cujo nome começa com José de se 
candidatar?

A exploraçao política da doença da dilma causa ânsia de vômito. Qdo soube do 
linfoma, a cúpula governista ordenou pesquisas qualitativas para saber qual a 
precepção que o brasileiro poderia fazer do câncer. E vibraram qdo ouviram dos 
marqueteiros que o eleitor poderia apiedar-se do calvário da dilma e 
corresponder com votos.
 
Haja plasil...

 
 
2009/5/20 Niquele <niquele@xxxxxxxxx>

   :::CamaraDas:::


Sem Dilma, a carta de Lula 3.0 virá da rua

Elio Gaspari

Adoença da ministra Dilma Rousseff acordou o fantasma de uma emenda
constitucional que abra o caminho para Nosso Guia disputar nas urnas
um terceiro mandato. Como sempre acontece, essas tempestades nascem na
periferia. O projeto, que prevê um referendo popular, virá do deputado
Jackson Barreto (PMDB-SE), e há uma semana a proposta foi trazida pelo
sindicalista Paulo Vidal, que nos anos 70 antecedeu Lula na
presidência dos Metalúrgicos de São Bernardo. Nas suas palavras, com
seu estilo:

"Imaginar pura e simplesmente que politicamente seria importante
cumprir as normas constitucionais e tirar o Lula da Presidência, eu
acho que todos nós temos que repensar isso. (...) A companheira Dilma
que me desculpe."

(Num lance pérfido, Lula já contou que, durante a ditadura, "muitos
companheiros presos disseram que o Paulo Vidal era quem tinha dedado.
Eu, sinceramente, não acredito". Se não acreditasse, não deveria ter
dito, sobretudo quando se sabe que, na oficina de ourivesaria
stalinista do mito de Nosso Guia, Vidal é colocado no papel de
policial.)

Se a candidatura da doutora Dilma Rousseff sair do trilhos, são fortes
os sinais de que a carta petista será a emenda constitucional que
permita a disputa do terceiro mandato. A manobra exige que até
setembro três quintos do Congresso votem a favor da medida, para
levá-la a um referendo. Pode-se antever dificuldades no Senado, que já
negou essa maioria ao governo no caso da prorrogação da CPMF, mas uma
coisa é certa: se a nação petista for para esse caminho, ela não se
fará ouvir com maiorias parlamentares, virá com o ronco das ruas.

A expressão "terceiro mandato" trai a abulia política em que se
prostrou a oposição. O que Lula pode vir a pedir é o direito de
disputar uma terceira eleição. A ideia de "mandato" pressupõe que,
podendo disputar, ganha na certa.


O comportamento dos dois candidatos tucanos à Presidência da República
diante da opção queremista (ecoando o "Queremos Getúlio" de 1945) é
hoje estímulo para o PT. José Serra e Aécio Neves guardam obsequioso
silêncio em relação ao assunto. Serra e o PSDB meteram-se numa camisa
de força institucional. Um governador de São Paulo e um partido que
simpatizam com uma reforma política capaz de criar o voto de lista por
maioria simples ficam numa posição girafa se quiserem condenar um
projeto de reeleição que vai buscar os três quintos exigidos para as
reformas constitucionais para que se realize um referendo.

No caso do governador de Minas Gerais, chega a ser difícil entender
por que ele condenaria a manobra queremista, capaz de levá-lo ao
melhor do mundos. Primeiro, porque a mudança permitiria sua própria
reeleição (refrigério de que Serra já dispõe, caso não queira ir para
outra disputa com Lula). Em 2014 Aécio Neves estará livre de seu
principal adversário, que se chama José Serra, não Lula.

É possível que Serra, Aécio e grão-tucanato deem pouca importância aos
sinais de fumaça que saem da panela do Planalto. Em 1995 muita gente
boa da oposição se recusava a acreditar que Fernando Henrique Cardoso
mudaria a Constituição para se reeleger em 1998. Deu no que deu,
colocando no colo dos tucanos a paternidade do instituto da reeleição.

ELIO GASPARI é jornalista.

...
NickL
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.....
 Marx - "De cada um de acordo com suas capacidades, para cada um de acordo com 
as suas necessidades."




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