[CamaraDas] Re: Plano de Carreira

  • From: Fátima Paes Loureiro <fatimapaes@xxxxxxxxx>
  • To: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
  • Date: Thu, 21 May 2009 14:56:25 -0300

Guilherme, tudo depende do silêncio e da discrição. Nenhum repórter divulgou
o conteúdo das MPs 440 e 441 que elevaram o teto de algumas categorias
típicas de Estado para esses patamares. Tanto aqueles servidores quanto a
imprensa ficaram calados. Temos muito que aprender com eles. Nós e o Magno,
com a sua "transparência" no seu site.
Acho que o momento de a gente começar uma discussão é exatamente agora.
Ainda mais que o Lula sinalizou que usará o aumento pros servidores como
bandeira de campanha, além da observação da Patrícia quanto à exiguidade do
prazo pra inclusão desse reajuste no orçamento do ano que vem.
Abs, Fátima.

2009/5/20 <guilherme_assis@xxxxxxxxxxxx>

> De acordo com a política de contenção de gastos implementada pela Casa, um
> reajuste salarial neste ano seria praticamente inviável. 2010 é ano
> eleitoral e os políticos, certamente, estarão mais sensíveis quanto
> à opinião pública. Por mais q seja justo, quem vai anunciar na TV q os
> salários dos servidores da Câmara irão pular para R$18.000 no final da
> carreira, em pleno ano de eleições? Isso tudo tendo em vista q tb em 2010 há
> limitações de prazo para a votação de projetos como o nosso plano de
> carreira.
> Isso são fatos, não impressões.
> Absolutamente nada pessoal, mas quanto à mágoa, o teor de suas mensagens
> diz de q lado ela está.
>
> Guilherme.
>
> *On Qua 20/05/09 19:35 , Osmar Aguiar osmar.aguiar@xxxxxxxxx sent:
> *
>
> Guilherme,
> controle a sua mágoa.
> A divergência é a base da democracia. Não tente levar para o lado pessoal
> uma divergência de caráter político. Tenho certeza que será um exercício
> terapêutico para você, já que se orienta apenas pelas impressões.
> Osmar
>
>
> 2009/5/20 <guilherme_assis@xxxxxxxxxxxx>
>
>> Analisando a atual conjuntura e lembrando q 2010 é ano de eleições, qdo os
>> políticos estarão mais atentos à opinião pública, não seria nenhum exagero
>> afirmar q discussões mais sérias e definitivas sobre a implementação do
>> nosso plano de carreira só ocorrerão em meados de 2011.
>> O lado positivo disso é q até lá certamente toda a diretoria do Sindilegis
>> estará renovada e, quem sabe, terá  competência e legitimidade para conduzir
>> as negociações em torno do nosso PCS. Hoje, na minha opinião, isso não
>> ocorre. Vide os episódios em torno da implementação do nosso adicional e da
>> venda do Pró-Saúde.
>> No mais, sem querer te ofender, Osmar, eu fico com a impressão, analisando
>> especialmente o final da sua mensagem, de que há muita estrela pra pouca
>> constelação. Impressão diferente da q eu tive qdo, por três ou quatro vezes,
>> conversamos pessoalmente.
>> Abçs,
>> Guilherme.
>>
>>
>>
>> *On Qua 20/05/09 13:12 , Osmar Aguiar osmar.aguiar@xxxxxxxxx sent:
>> *
>>
>> Pessoal,
>> De fato, o plano de carreira dos servidores da Câmara dos Deputados é uma
>> demanda reprimida, cuja discussão deveria ter começado bem antes. No
>> entanto, a conjuntura não ajudou. Mesmo agora, não vejo muita diferença do
>> cenário anterior, ainda mais com o agravante da crise. No entanto, a
>> reestruturação das carreiras do Poder Executivo e a futura aprovação do
>> Plano do TCU são fortes argumentos para a mobilização.
>>
>> Acredito que o debate pela reestruturação da carreira já começou com
>> aquela reunião dos Analistas com o Sindicato no ano passado. Diversas
>> ponderações ali levantadas serão consideradas na elaboração de um plano de
>> carreira, pelo menos se depender de mim.
>>
>> Mesmo assim, faço minhas as ponderações do Roberto Jardim, que foram bem
>> esclarecedoras no sentido de que o Sindicato inicie a mobilização só após a
>> sanção do Plano de Carreira do TCU, que acaba de ser aprovado pela CCJC do
>> Senado por unanimidade e será enviado para apreciação do Presidente da
>> República. Após isso é que o Sindicato deverá convocar reuniões setoriais e
>> assembléias para a pressão junto à administração da Casa e à Mesa Diretoria.
>>
>>
>> Devo lembrar que a fase de elaboração e discussão do Plano de Carreira do
>> TCU foi pedagógica, pois dela tiramos algumas lições, que deverão ser
>> consideradas na Câmara e no Senado, quais sejam:
>> a) A realidade salarial do Poder Legislativo é contrária à proposta de
>> subsídio, na forma como foi implementada no Poder Executivo. Insistir nisso
>> geraria um desgaste e um confronto entre novos e antigos servidores, o que
>> inviabilizaria de vez a proposta, como quase aconteceu no TCU;
>> b) O Ministério do Planejamento não admite planos de carreira que aumentem
>> o valor do vencimento básico. Os técnicos do órgão alegam que isso
>> aumentaria ainda mais as despesas com as VPNIs e outros penduricalhos.
>> Portanto, temos de pensar alternativas em relação à GAL e a outras rubricas
>> salariais, se não quisermos ver a proposta se arrastar pelas comissões. Pelo
>> visto, o debate neste fórum já apresentou algumas sugestões.
>> c) O confronto entre técnicos e analistas será inevitável, porém a
>> proposta que conseguir agradar os dois lados deverá ser a vitoriosa. Por
>> isso, ambos os lados deverão ceder, para que todos possam ganhar...
>> Lembrem-se que o TCU abriu mão do retroativo.
>> d) As divergências entre Sindilegis, Auditar e Administração do TCU no
>> final do ano passado foram responsáveis pelo atraso na apreciação da
>> proposição que reestruturou a carreira. Quanto menos "caciques" melhor. Em
>> aguns momentos, o silêncio dos dirigentes sindicais e dos servidores é a
>> estratégina mais eficiente que qualquer barulho.
>> Por fim, percebo que o debate está rico em sugestões. Isso é bom, até
>> mesmo porque, na Câmara, são os Analistas os principais interessados no
>> Plano de Carreira.   Faço reservas apenas às ironias, que, a despeito de
>> expressarem  revolta e indignação, necessitam de senso de humor refinado e
>> competência do autor, para serem apreciadas, além de nada acrescentarem ao
>> debate.
>> Osmar
>>
>>
>>
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