*Pressão contra o controle (Correio - 22/5/09) *Izabelle Torres A proposta anunciada pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), de implantar um sistema de ponto eletrônico na Casa pode ficar somente no discurso. É que além das reclamações dos parlamentares, a ideia sofre resistência até de integrantes da própria Mesa Diretora. Em conversas reservadas, os deputados interessados nas mudanças dizem que, sem acordo, será difícil autorizar os gastos para a compra das máquinas e implantação do novo sistema. Mesmo assim, a diretoria-geral continua elaborando um estudo técnico sobre a viabilidade de implantar novos métodos para o controle de frequência dos servidores. Segundo relato de alguns dos membros da Mesa, quem mais resiste à proposta é o deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), que conseguiu barrar a implantação do ponto eletrônico em duas outras ocasiões. As mudanças começaram a ser estudadas durante a gestão de Aldo Rebelo, (PCdoB) e depois quando Arlindo Chinaglia (PT-SP) estava à frente da presidência. Ambas as vezes Inocêncio era integrante da Mesa. Outro que segundo os colegas tem se mostrado contrário à ideia de mudar o atual sistema de ponto é o deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP). “Ele é mais discreto, mas não é a favor. A Mesa está mesmo dividida”, relata um dos secretários. O petebista, por coincidência, está à frente da quarta-secretaria, onde o Correio encontrou registro de uma funcionária fantasma. Já na liderança do partido ao qual pertence, pelo menos duas funcionárias comparecem à Câmara alguns dias do mês para assinar o ponto por dias que não trabalharam. Se o sistema eletrônico for implantado, servidores fantasmas terão a entrada na Casa monitorada pelas digitais. Ficará mais difícil embolsar dinheiro público sem comparecer ao serviço. Senado Enquanto a Câmara ainda caminha lado a lado com a resistência dos parlamentares, o Senado mostra que nem sempre a instalação do ponto eletrônico pode render economia ao erário. Ao reagir aos escândalos por conta do pagamento de horas extras até em períodos de férias e recesso, a Casa anunciou a implantação de um novo sistema de controle. Decidiu garantir duas horas extras nos dias de sessão plenária a todos os servidores efetivos e a um terço dos funcionários em cargo de confiança. Para maquiar a medida de moralizadora, determinou que a remuneração somente poderá ser paga se o servidor acessar a intranet a partir das 20h30. Resultado: centenas de pessoas que antes iam embora antes das 18h, hoje lotam por horas os mais diferentes órgãos à espera da disponibilidade do sistema. Como coincide que todos os servidores acabam o serviço na mesma hora — minutos depois de o sistema eletrônico tornar-se disponível—, a garagem e os estacionamentos da Casa ficam congestionados. A mudança, apesar de influenciar a rotina dos funcionários, tem poucos resultados para os cofres públicos, visto que os servidores efetivos, que representam a grande maioria da folha e a parte mais onerosa das despesas, vão continuar recebendo horas extras como antes. A decisão assinada pelo diretor Alexandre Gazineo atingiu apenas parte dos ocupantes de cargos de confiança, cujo salário médio é de R$ 6 mil, enquanto os efetivos recebem em média R$ 13 mil. 2009/5/22 <guilherme_assis@xxxxxxxxxxxx> > > Marcelo, excelentes suas considerações sobre essa maravilha da tecnologia > moderna: o ponto eletrônico. > Acredito q a direção da Casa tb tenha conhecimento das imensas dificuldades > da instalação desse dispositivo aqui. > Diz-se q ele virá para identificar eventuais funcionários fantasmas. Mas > será q as chefias não conseguem fazer esse tipo de registro? Se existem > funcionários demais, a Casa poderia racionalizar sua política de pessoal... > No Senado instalaram um sistema eletrônico de controle somente para as > noturnas. Talvez acabem fazendo o mesmo por aqui... > Já trabalhei por um breve período nesse sistema e posso dizer q é muito, > muito chato mesmo. Vc frequentemente acaba se preocupando mais em atestar > sua presença nos horários determinados do q em produzir. > Abçs > Guilherme. > > > *On Sex 22/05/09 10:44 , Marcelo Lapa marcelobrandaolapa@xxxxxxxxx sent: > * > > Eu estava no TCU quando implataram o registro eletrônico (via crachá). >> Até hoje, eles mantêm o sistema funcionando. Claro que com muitas alterações >> nas regras e nos controles. Só no primeiro ano, tiveram que fazer, que me >> lembre, pelo menos 4 portarias de regulamentação.. Somente após cerca de 5 >> meses da instalação dos equipamentos e distribuição dos crachás é que o >> sistema passou a valer para registro de frequencia. E somente após um ano de >> uso efetivo é que chegaram a cortar faltas e atrasos (conforme as regras do >> banco de horas) de salários. >> A implementação da sistemática envolve muitos problemas e não é nada >> fácil. O mais natural (que talvez tenha ocorrido em outros órgãos que >> tentaram implementar) é desistir diante das dificuldades e das resistências. >> Obviamente, os gabinetes dos ministros do TCU ficaram de fora. Embora o >> sistema registrasse a entrada e saída dos servidores (efetivos e em >> comissão) dos gabinetes, a frequência deles era encaminhada pelo Ch. de >> Gabinete para o Dep.Pessoal. >> Hora-extra foi abolida (as horas trabalhadas a mais, ou a menos, teriam >> que ser compensadas em até 3 meses). >> Câmeras foram instaladas nas poucas entradas de forma a inibir as >> possíveis transferências de crachás. >> Há muitos outros detalhes da sistemática que funciona lá, mas não acho >> produtivo discuti-las no momento. >> A Câmara é muito diferente do TCU. >> Sou contrário ao ponto eletrônico assim como à folha de ponto. A >> responsabilidade sobre a frequência do servidor, assim como sobre seu >> desempenho, cabe ao corpo gerencial. E tenho a impressão que o nosso corpo >> gerencial mediano é conivente com a ineficiência, as ausências e os exageros >> de impontualidade. >> Também imagino uma grande dificuldade logística para utilização dessa >> sistemática na CD. Uma grande quantidade de entradas, associada a uma >> grande fluxo de servidores e visitantes a serem controlados. Órgãos com >> atividades demasiado diversas. E distribuição da demanda por serviços >> (concentrada em 3 dias, ou espalhada durante a semana, ou ainda mais >> noturna) também diversas. Pra mim, o ponto eletronico é apenas uma roupagem >> de tecnologia moderna para o antigo relógio de ponto. >> Bem, apenas queria dizer que, embora seja contrário ao ponto eletrônico, o >> argumento de que não funcionou em outros órgãos não invalida sua aplicação >> aqui. Instrumentos de responsabilização e punição existem disponíveis ao >> corpo gerencial. Não o usam pq não querem. >> > Abçs, > Marcelo Lapa > >> >> >> 2009/5/20 seme fares <seme.fares@xxxxxxxxx> >> >>> O ponto eletrônico, afinal, virá em 4 meses? Será apenas para os >>> servidores efetivos? >>> >>> >>> Abs. >>> >>> Seme. >>> >>> 2009/5/20 Norman Rocha <norman.rocha@xxxxxxxxxx> >>> >>> E quem disse q os SPs estarão sujeitos ao ponto eletrônico? >>>> Essa só vendo para crer... >>>> >>>> 2009/5/20 Sylvio Carvalho <sylvio.carvalho@xxxxxxxxx> >>>> >>>> Lenha na fogueira: >>>>> Naquela minuta que circulou por aqui, acho que tinha um gato escondido. >>>>> Algo como noturnas só para os envolvidos com as atividades do Plenário. >>>>> Claro que os Secretários Parlamentares, todos, têm que dar apoio aos >>>>> chefes. >>>>> Pelo menos até às 20h 30min. >>>>> Solicito que instalem uma catraca na entrada/saída do estacionamento do >>>>> Anexo IV. >>>>> Abraços, >>>>> >>>>> Sylvio >>>>> >>>>> >>>>> 2009/5/20 seme fares <seme.fares@xxxxxxxxx> >>>>> >>>>> De fato, Érika, agi mal em insinuar que haveria algum tipo de >>>>>> ilegalidade no processo licitatório quanto à compra desses equipamentos. >>>>>> Mas me causa indignação quando escuto dizer que, caso seja implantado >>>>>> o ponto, isso não durará mais que alguns meses. Ótimo, mas os >>>>>> equipamentos >>>>>> (que serão, invarialmente, caros, imagino, independente de >>>>>> especificações e >>>>>> orçamentos, o que é natural nesse tipo de compra pela quantidade e >>>>>> qualidade >>>>>> requeridas) representarão um gasto já feito. >>>>>> Sou contra o ponto eletrônico, acho que não significará melhoria na >>>>>> eficiência do nosso serviço e acarretará gasto desnecessário, com a >>>>>> compra >>>>>> dos equipamentos, à Casa. >>>>>> >>>>>> Abs. >>>>>> >>>>>> Seme. >>>>>> >>>>>> 2009/5/20 Érika Maia <erikamaia@xxxxxxxxx> >>>>>> >>>>>> Olha só... trabalhando na CPL, não posso deixar de registrar que se >>>>>>> as máquinas forem caras, a responsabilidade será de quem fizer a >>>>>>> especificação ou o orçamento mal feitos. >>>>>>> Imagino que haverá licitação para a compra desses equipamentos e, se >>>>>>> houver, pelo menos no âmbito da Comissao de Licitação, sempre fazemos o >>>>>>> possível para que o processo licitatório corra dentro da legalidade. >>>>>>> Não entendi a afirmação "bem caras, de preferência"..... >>>>>>> >>>>>>> 2009/5/19 seme fares <seme.fares@xxxxxxxxx> >>>>>>> >>>>>>> >>>>>>>> É claro que eles vão comprar um monte de máquinas para implantar o >>>>>>>> tal ponto eletrônico (bem caras, de preferência), excluir da obrigação >>>>>>>> os >>>>>>>> SP, e a hipocrisia continua... >>>>>>>> >>>>>>>> Abs. >>>>>>>> >>>>>>>> Seme. >>>>>>>> >>>>>>>> 2009/5/19 machiles <marcus.barros@xxxxxxxxx> >>>>>>>> >>>>>>>>> *Câmara suspende obras e contratações e anuncia economia de R$ 291 >>>>>>>>> milhões* >>>>>>>>> >>>>>>>>> A Câmara dos Deputados anunciou nesta terça-feira (19) que fará uma >>>>>>>>> economia de R$ 291 milhões até o final do ano. A economia seria >>>>>>>>> resultado da >>>>>>>>> suspensão de contratações de funcionários terceirizados e >>>>>>>>> comissionados, >>>>>>>>> além da suspensão de obras previstas, como a construção de um novo >>>>>>>>> anexo e a >>>>>>>>> reforma de outro. A criação de uma cota única para parlamentares >>>>>>>>> também >>>>>>>>> anunciada nesta terça-feira, no entanto, não provocará redução de >>>>>>>>> gastos. >>>>>>>>> >>>>>>>>> *Ponto eletrônico* >>>>>>>>> >>>>>>>>> O diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio, afirmou que a Casa >>>>>>>>> deverá implementar em quatro meses o modelo de ponto eletrônico para o >>>>>>>>> controle do horário de trabalho dos funcionários. >>>>>>>>> >>>>>>>>> A ação acontece após denúncias de funcionários fantasmas na Casa. >>>>>>>>> Segundo Sampaio, está sendo concebido um sistema de informática e >>>>>>>>> ainda é >>>>>>>>> necessária a compra de materiais para a implementação do sistema. >>>>>>>>> >>>>>>>>> >>>>>>>> >>>>>>> >>>>>> >>>>> >>>> >>> >> > >