[CamaraDas] Re: Ponto que o pariu

  • From: guilherme_assis@xxxxxxxxxxxx
  • To: "christian" <christian.arrial@xxxxxxxxx>
  • Date: Sat, 23 May 2009 02:26:49 +0000

 
 Agora resta saber se o Temer vai bater o pé.
 Será q esse desgaste vale a pena??
 Uma coisa é explicar por que o ponto eletrônico não existe, outra
bem diferente é explicar por q ele foi retirado... 
 On Sex 22/05/09 14:44 , christian christian.arrial@xxxxxxxxx sent:
 Pressão contra o controle (Correio - 22/5/09)
                Izabelle Torres
        A proposta anunciada pelo presidente da Câmara, Michel Temer
(PMDB-SP), de implantar um sistema de ponto eletrônico na Casa pode
ficar somente no discurso. É que além das reclamações dos
parlamentares, a ideia sofre resistência até de integrantes da
própria Mesa Diretora. Em conversas reservadas, os deputados
interessados nas mudanças dizem que, sem acordo, será difícil
autorizar os gastos para a compra das máquinas e implantação do
novo sistema. Mesmo assim, a diretoria-geral continua elaborando um
estudo técnico sobre a viabilidade de implantar novos métodos para
o controle de frequência dos servidores. 
 Segundo relato de alguns dos membros da Mesa, quem mais resiste à
proposta é o deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), que conseguiu
barrar a implantação do ponto eletrônico em duas outras ocasiões.
As mudanças começaram a ser estudadas durante a gestão de Aldo
Rebelo, (PCdoB) e depois quando Arlindo Chinaglia (PT-SP) estava à
frente da presidência. Ambas as vezes Inocêncio era integrante da
Mesa. 
 Outro que segundo os colegas tem se mostrado contrário à ideia de
mudar o atual sistema de ponto é o deputado Nelson Marquezelli
(PTB-SP). “Ele é mais discreto, mas não é a favor. A Mesa está
mesmo dividida”, relata um dos secretários. O petebista, por
coincidência, está à frente da quarta-secretaria, onde o Correio
encontrou registro de uma funcionária fantasma. Já na liderança do
partido ao qual pertence, pelo menos duas funcionárias comparecem à
Câmara alguns dias do mês para assinar o ponto por dias que não
trabalharam. Se o sistema eletrônico for implantado, servidores
fantasmas terão a entrada na Casa monitorada pelas digitais. Ficará
mais difícil embolsar dinheiro público sem comparecer ao serviço. 
 Senado 
 Enquanto a Câmara ainda caminha lado a lado com a resistência dos
parlamentares, o Senado mostra que nem sempre a instalação do ponto
eletrônico pode render economia ao erário. Ao reagir aos escândalos
por conta do pagamento de horas extras até em períodos de férias e
recesso, a Casa anunciou a implantação de um novo sistema de
controle. Decidiu garantir duas horas extras nos dias de sessão
plenária a todos os servidores efetivos e a um terço dos
funcionários em cargo de confiança. Para maquiar a medida de
moralizadora, determinou que a remuneração somente poderá ser paga
se o servidor acessar a intranet a partir das 20h30. 
 Resultado: centenas de pessoas que antes iam embora antes das 18h,
hoje lotam por horas os mais diferentes órgãos à espera da
disponibilidade do sistema. Como coincide que todos os servidores
acabam o serviço na mesma hora — minutos depois de o sistema
eletrônico tornar-se disponível—, a garagem e os estacionamentos
da Casa ficam congestionados. A mudança, apesar de influenciar a
rotina dos funcionários, tem poucos resultados para os cofres
públicos, visto que os servidores efetivos, que representam a grande
maioria da folha e a parte mais onerosa das despesas, vão continuar
recebendo horas extras como antes. A decisão assinada pelo diretor
Alexandre Gazineo atingiu apenas parte dos ocupantes de cargos de
confiança, cujo salário médio é de R$ 6 mil, enquanto os efetivos
recebem em média R$ 13 mil. 
 2009/5/22 
 Marcelo, excelentes suas considerações sobre essa maravilha da
tecnologia moderna: o ponto eletrônico.
 Acredito q a direção da Casa tb tenha conhecimento das imensas
dificuldades da instalação desse dispositivo aqui.
 Diz-se q ele virá para identificar eventuais funcionários
fantasmas. Mas será q as chefias não conseguem fazer esse tipo de
registro? Se existem funcionários demais, a Casa poderia
racionalizar sua política de pessoal...
 No Senado instalaram um sistema eletrônico de controle somente para
as noturnas. Talvez acabem fazendo o mesmo por aqui...
 Já trabalhei por um breve período nesse sistema e posso dizer q é
muito, muito chato mesmo. Vc frequentemente acaba se preocupando mais
em atestar sua presença nos horários determinados do q em produzir.
 Abçs
 Guilherme.
 On Sex 22/05/09 10:44 , Marcelo Lapa marcelobrandaolapa@xxxxxxxxx
sent:
        Eu estava no TCU quando implataram o registro eletrônico
(via crachá). Até hoje, eles mantêm o sistema funcionando. Claro
que com muitas alterações nas regras e nos controles. Só no
primeiro ano, tiveram que fazer, que me lembre, pelo menos 4
portarias de regulamentação... Somente após cerca de 5 meses da
instalação dos equipamentos e distribuição dos crachás é que o
sistema passou a valer para registro de frequencia. E somente após
um ano de uso efetivo é que chegaram a cortar faltas e atrasos
(conforme as regras do banco de horas) de salários. A
implementação da sistemática envolve muitos problemas e não é
nada fácil. O mais natural (que talvez tenha ocorrido em outros
órgãos que tentaram implementar) é desistir diante das
dificuldades e das resistências. Obviamente, os gabinetes dos
ministros do TCU ficaram de fora. Embora o sistema registrasse a
entrada e saída dos servidores (efetivos e em comissão) dos
gabinetes, a frequência deles era encaminhada pelo Ch. de Gabinete
para o Dep.Pessoal. Hora-extra foi abolida (as horas trabalhadas a
mais, ou a menos,  teriam que ser compensadas em até 3 meses).
Câmeras foram instaladas nas poucas entradas de forma a inibir as
possíveis transferências de crachás. Há muitos outros detalhes da
sistemática que funciona lá, mas não acho produtivo discuti-las no
momento. A Câmara é muito diferente do TCU. Sou contrário ao ponto
eletrônico assim como à folha de ponto. A responsabilidade sobre a
frequência do servidor, assim como sobre seu desempenho, cabe ao
corpo gerencial. E tenho a impressão que o nosso corpo gerencial
mediano é conivente com a ineficiência, as ausências e os exageros
de impontualidade. Também imagino uma grande dificuldade logística
para utilização dessa sistemática na CD. Uma grande quantidade de
entradas, associada a uma grande fluxo de servidores e visitantes a
serem controlados. Órgãos com atividades demasiado diversas. E
distribuição da demanda por serviços (concentrada em 3 dias, ou
espalhada durante a semana, ou ainda mais noturna) também diversas.
Pra mim, o ponto eletronico é apenas uma roupagem de tecnologia
moderna para o antigo relógio de ponto. Bem, apenas queria dizer
que, embora seja contrário ao ponto eletrônico, o argumento de que
não funcionou em outros órgãos não invalida sua aplicação aqui.
Instrumentos de responsabilização e punição existem disponíveis
ao corpo gerencial. Não o usam pq não querem. Abçs, Marcelo Lapa  

   2009/5/20 seme fares 
  O ponto eletrônico, afinal, virá em 4 meses? Será apenas para os
servidores efetivos?     Abs.   Seme.
  2009/5/20 Norman Rocha     
  E quem disse q os SPs estarão sujeitos ao ponto eletrônico? Essa
só vendo para crer...
  2009/5/20 Sylvio Carvalho     
 Lenha na fogueira: 
 Naquela minuta que circulou por aqui, acho que tinha um gato
escondido. Algo como noturnas só para os envolvidos com as
atividades do Plenário. Claro que os Secretários Parlamentares,
todos, têm que dar apoio aos chefes. Pelo menos até às 20h 30min.
 Solicito que instalem uma catraca na entrada/saída do
estacionamento do Anexo IV.
 Abraços,
 Sylvio
 2009/5/20 seme fares     
  De fato, Érika, agi mal em insinuar que haveria algum tipo de
ilegalidade no processo licitatório quanto à compra desses
equipamentos.  Mas me causa indignação quando escuto dizer que,
caso seja implantado o ponto, isso não durará mais que alguns
meses. Ótimo, mas os equipamentos (que serão, invarialmente, caros,
imagino, independente de especificações e orçamentos, o que é
natural nesse tipo de compra pela quantidade e qualidade requeridas)
representarão um gasto já feito. Sou contra o ponto eletrônico,
acho que não significará melhoria na eficiência do nosso serviço
e acarretará gasto desnecessário, com a compra dos equipamentos, à
Casa.   Abs.   Seme.
  2009/5/20 Érika Maia     
  Olha só... trabalhando na CPL, não posso deixar de registrar que
se as máquinas forem caras, a responsabilidade será de quem fizer a
especificação ou o orçamento mal feitos.  Imagino que haverá
licitação para a compra desses equipamentos e, se houver, pelo
menos no âmbito da Comissao de Licitação, sempre fazemos o
possível para que o processo licitatório corra dentro da
legalidade. Não entendi a afirmação "bem caras, de
preferência"......
  2009/5/19 seme fares     
    É claro que eles vão comprar um monte de máquinas para
implantar o tal ponto eletrônico (bem caras, de preferência),
excluir da obrigação os SP, e a hipocrisia continua...   Abs.  
Seme.
  2009/5/19 machiles 
  CâMARA SUSPENDE OBRAS E CONTRATAçõES E ANUNCIA ECONOMIA DE R$
291 MILHõES   A Câmara dos Deputados anunciou nesta terça-feira
(19) que fará uma economia de R$ 291 milhões até o final do ano. A
economia seria resultado da suspensão de contratações de
funcionários terceirizados e comissionados, além da suspensão de
obras previstas, como a construção de um novo anexo e a reforma de
outro. A criação de uma cota única para parlamentares também
anunciada nesta terça-feira, no entanto, não provocará redução
de gastos. 
        PONTO ELETRôNICO  

        O diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio, afirmou que a Casa
deverá implementar em quatro meses o modelo de ponto eletrônico
para o controle do horário de trabalho dos funcionários. 
 A ação acontece após denúncias de funcionários fantasmas na
Casa. Segundo Sampaio, está sendo concebido um sistema de
informática e ainda é necessária a compra de materiais para a
implementação do sistema.

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