Re: [CamaraDas] Singer: Estelionato eleitoral e neoconservadorismo

  • From: Anne Martins <annemartinsdepaula@xxxxxxxxx>
  • To: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
  • Date: Tue, 7 Jul 2015 07:27:36 -0300

Esqueci de me explicar acima: ele com certeza vai continuar "mandando" (e
demandando) no congresso mesmo assumindo a presidencia da republica.
Em 07/07/2015 07:24, "Anne Martins" <annemartinsdepaula@xxxxxxxxx> escreveu:

Ele ja provou o estrago que faz em pouquíssimo tempo.
Três meses com a faca e o queijo (legislativo e executivo) na mão
seriam... o fim... do Brasil.
Em 06/07/2015 17:40, "Leandro Neves Cariello" <leandro.cariello@xxxxxxxxx>
escreveu:

Ele pode muito, mas não pode tudo. Sem esquecer que o PGR está no pé
dele, mas já disse alguém: em política, tudo é possível, inclusive nada!

Em 06/07/2015, às 16:57, Caroline Dantas Coelho <
caroline.dantascoelho@xxxxxxxxx> escreveu:

E se ele conseguir manobrar a Carta? Sei lá como, mas ... vai que ele
consegue? Terror e pânico...

Em 6 de julho de 2015 16:15, Leandro Neves Cariello <
leandro.cariello@xxxxxxxxx> escreveu:

Trágico, mas, se Dilma e Temer saírem antes de completados 2 anos de
mandato, o ECU assume apenas temporariamente, sendo realizada nova eleição
direta em 90 dias. Se depois de 2 anos, prevê-se a eleição indireta pelo
Congresso em 30 dias. Em ambos os casos, o eleito apenas completará o
mandato interrompido.

Em 06/07/2015, às 15:50, Caroline Dantas Coelho <
caroline.dantascoelho@xxxxxxxxx> escreveu:

Terror e pânico na linha sucessória da Presidência da República: se a
Presidente e o vice Presidente da República saírem quem assume? Quem? Quem?
Oh, é ELE....

(Cf. Art. 80 da Constituição Federal)

Em 6 de julho de 2015 15:10, Leandro Neves Cariello <
leandro.cariello@xxxxxxxxx> escreveu:

Eu não penso assim, e muito menos estou feliz com isso, pois o País
parece estar desmanchando debaixo dos nossos olhos. Essa maniqueísmo
simplista entre "justo x injusto", "certo" x "errado", "Fla x Flu", "pobre
x rico", "bom x mau", "nós x eles", etc. é uma característica
essencialmente dos petistas, e ninguém vai tirá-la deles e querer jogá-la
nos outros. Se, agora, estão colhendo comportamento semelhante de muita
gente, lamento, mas trata-se apenas do resultado do que plantaram com tanto
empenho.
Os métodos usados contra o Collor foram "lá muito justos", se, depois
de tudo, ele foi absolvido pelo STF? E eu fiquei muito feliz com a saída
dele, sim, assim como certamente a totalidade dos petistas. Agora, quando o
jogo virou, devemos pensar diferente?
Infelizmente, não há vagas para todos nos presídios, o ministro
Cardozo já disse. Assim, nem todos os da direita (e nem os da esquerda,
acrescento eu, embora ache bem ultrapassada essa classificação, ainda mais
diante do que temos visto num governo dito esquerdista). A propósito,
procurem saber o que o filho do Fidel andou aprontando com sua trupe em
famoso balneário turco, a US$ 11.000 a diária. "Pobres" esquerdistas, tenho
tanta peninha deles...

Em 06/07/2015, às 13:38, Patrícia Borges de Carvalho <
pcborges19@xxxxxxxxx> escreveu:

Bom pra quem ficar feliz com isso... Algumas pessoas acham melhor estar
do lado de quem vence, mesmo que os métodos não sejam lá muito justos, pois
elas vão acreditar que o são só porque vão no rumo de sua vontade.
"A injustiça contra meu inimigo é sempre justa"... É o que pensam...

Enviado do meu iPhone

Em 06/07/2015, às 12:26, Leandro Neves Cariello <
leandro.cariello@xxxxxxxxx> escreveu:

Engraçada a relatividade das coisas. Será que os petistas tratariam a
derrubada do Collor de "golpe", eles que foram protagonistas daquele
episódio? Aliás, o ex-caçador de marajás parece que continua o mesmo: mais
de 20 anos depois: acaba de ser denunciado pelo dono da UTC como
beneficiário de R$ 20.000.000,00 (sim, vinte milhões!) de propina, vinda de
dinheiro desviado da Petrobras, empresa tão bem administrada nos últimos
anos que tem quatro ex-diretores presos...
Ninguém sabe onde vai dar tudo isso, mas se a mulher sapiens cair, será
de podre mesmo...

Em 6 de julho de 2015 08:22, Patrícia Borges de Carvalho <
pcborges19@xxxxxxxxx> escreveu:

Pelo jeito não haverá quem nos salve do golpe....


Enviado do meu iPhone

Em 04/07/2015, às 11:28, Niquele <niquele@xxxxxxxxx> escreveu:

ANDRÉ SINGER
Virada conservadora?04/07/2015

Sob o cerco das três frentes - economia, Petrobras e presidência da
Câmara - que ameaçam os avanços da última década, o semestre chega ao fim
com preocupante saldo de perdas sociais, graves denúncias de corrupção e
retrocessos legislativos. Ao aprovar anteontem de madrugada a redução da
maioridade penal, em nova manobra suspeita, o deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) produziu acorde final digno dos movimentos que se ouviram nos
meses anteriores.

Caberá ao Senado, no próximo período, o protagonismo de avaliar as
três medidas polêmicas preparadas por Cunha. Refiro-me à terceirização das
atividades fins, à constitucionalização das doações empresariais aos
partidos, e à já referida alteração na idade mínima para o encarceramento.
Com certeza, Renan Calheiros, à frente da Casa revisora, fará uso do
espaço
na mídia que lhe cabe, mas se o ambiente social permanecer como o de hoje,
não se deve esperar mudanças substantivas.

Neste ponto, a ousadia oposicionista de Cunha, fonte da unidade
construída entre deputados tucanos e peemedebistas, se entrelaça com a
profunda crise que atinge o governo e o PT. Tendo perdido apoio da própria
base em função da condução econômica, Lula, Dilma e o Partido dos
Trabalhadores deixaram órfãos os setores da sociedade comprometidos com a
agenda progressista. Nesta hora se percebe o quanto, apesar de todas as
contradições, o lulismo oferecia uma direção capaz de organizar maiorias.

Sem ela, a articulação entre PMDB e PSDB, muito bem urdida por Cunha,
e que esteve na base das três propostas aprovadas, ameaça tornar-se
hegemônica. De maneira quase infantil, o lulismo caiu na besteira de
cometer estelionato eleitoral e agora, a cada aumento do desemprego e
queda
da renda, vê aumentar o isolamento em que se meteu. Diante do custo a
longo
prazo, ter perdido a eleição de 2014 seria prejuízo menor.

Tem mais. A incapacidade de responder às acusações que emergem da
Operação Lava Jato ameaça manchar o petismo por tempo indefinido.
Conscientes da gravidade do quadro, inúmeros movimentos e partidos buscam
formar frente ampla, de modo a suprir a ausência de alternativas à
esquerda. Não se trata, como acusa a direita, de esconder o PT, mas de
oferecer saídas que o PT, de maneira isolada, não pode apresentar.

O ex-governador Leonel Brizola gostava de dizer que ter ou não ter
programa era o de menos. Bastava encomendar a algum intelectual e chegaria
pelo correio. Para a frente que está em gestação vale o contrário. Se não
conseguir formular alternativa viável e que dialogue com a população, a
virada conservadora, que ainda não se deu, mas está anunciada na liderança
de Cunha, vai se consolidar.


--
*:::*
*Niquele*





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