Re: [CamaraDas] Singer: Estelionato eleitoral e neoconservadorismo

  • From: Leandro Neves Cariello <leandro.cariello@xxxxxxxxx>
  • To: "analistas2002@xxxxxxxxxxxxx" <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx>
  • Date: Mon, 6 Jul 2015 17:39:52 -0300

Ele pode muito, mas não pode tudo. Sem esquecer que o PGR está no pé dele, mas
já disse alguém: em política, tudo é possível, inclusive nada!

Em 06/07/2015, às 16:57, Caroline Dantas Coelho
<caroline.dantascoelho@xxxxxxxxx> escreveu:

E se ele conseguir manobrar a Carta? Sei lá como, mas ... vai que ele
consegue? Terror e pânico...

Em 6 de julho de 2015 16:15, Leandro Neves Cariello
<leandro.cariello@xxxxxxxxx> escreveu:
Trágico, mas, se Dilma e Temer saírem antes de completados 2 anos de
mandato, o ECU assume apenas temporariamente, sendo realizada nova eleição
direta em 90 dias. Se depois de 2 anos, prevê-se a eleição indireta pelo
Congresso em 30 dias. Em ambos os casos, o eleito apenas completará o
mandato interrompido.

Em 06/07/2015, às 15:50, Caroline Dantas Coelho
<caroline.dantascoelho@xxxxxxxxx> escreveu:

Terror e pânico na linha sucessória da Presidência da República: se a
Presidente e o vice Presidente da República saírem quem assume? Quem? Quem?
Oh, é ELE....

(Cf. Art. 80 da Constituição Federal)

Em 6 de julho de 2015 15:10, Leandro Neves Cariello
<leandro.cariello@xxxxxxxxx> escreveu:
Eu não penso assim, e muito menos estou feliz com isso, pois o País parece
estar desmanchando debaixo dos nossos olhos. Essa maniqueísmo simplista
entre "justo x injusto", "certo" x "errado", "Fla x Flu", "pobre x rico",
"bom x mau", "nós x eles", etc. é uma característica essencialmente dos
petistas, e ninguém vai tirá-la deles e querer jogá-la nos outros. Se,
agora, estão colhendo comportamento semelhante de muita gente, lamento,
mas trata-se apenas do resultado do que plantaram com tanto empenho.
Os métodos usados contra o Collor foram "lá muito justos", se, depois de
tudo, ele foi absolvido pelo STF? E eu fiquei muito feliz com a saída
dele, sim, assim como certamente a totalidade dos petistas. Agora, quando
o jogo virou, devemos pensar diferente?
Infelizmente, não há vagas para todos nos presídios, o ministro Cardozo
já disse. Assim, nem todos os da direita (e nem os da esquerda, acrescento
eu, embora ache bem ultrapassada essa classificação, ainda mais diante do
que temos visto num governo dito esquerdista). A propósito, procurem saber
o que o filho do Fidel andou aprontando com sua trupe em famoso balneário
turco, a US$ 11.000 a diária. "Pobres" esquerdistas, tenho tanta peninha
deles...

Em 06/07/2015, às 13:38, Patrícia Borges de Carvalho
<pcborges19@xxxxxxxxx> escreveu:

Bom pra quem ficar feliz com isso... Algumas pessoas acham melhor estar
do lado de quem vence, mesmo que os métodos não sejam lá muito justos,
pois elas vão acreditar que o são só porque vão no rumo de sua vontade.
"A injustiça contra meu inimigo é sempre justa"... É o que pensam...

Enviado do meu iPhone

Em 06/07/2015, às 12:26, Leandro Neves Cariello
<leandro.cariello@xxxxxxxxx> escreveu:

Engraçada a relatividade das coisas. Será que os petistas tratariam a
derrubada do Collor de "golpe", eles que foram protagonistas daquele
episódio? Aliás, o ex-caçador de marajás parece que continua o mesmo:
mais de 20 anos depois: acaba de ser denunciado pelo dono da UTC como
beneficiário de R$ 20.000.000,00 (sim, vinte milhões!) de propina, vinda
de dinheiro desviado da Petrobras, empresa tão bem administrada nos
últimos anos que tem quatro ex-diretores presos...
Ninguém sabe onde vai dar tudo isso, mas se a mulher sapiens cair, será
de podre mesmo...

Em 6 de julho de 2015 08:22, Patrícia Borges de Carvalho
<pcborges19@xxxxxxxxx> escreveu:
Pelo jeito não haverá quem nos salve do golpe....


Enviado do meu iPhone

Em 04/07/2015, às 11:28, Niquele <niquele@xxxxxxxxx> escreveu:

ANDRÉ SINGER
Virada conservadora?

04/07/2015
Sob o cerco das três frentes - economia, Petrobras e presidência da
Câmara - que ameaçam os avanços da última década, o semestre chega ao
fim com preocupante saldo de perdas sociais, graves denúncias de
corrupção e retrocessos legislativos. Ao aprovar anteontem de
madrugada a redução da maioridade penal, em nova manobra suspeita, o
deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) produziu acorde final digno dos
movimentos que se ouviram nos meses anteriores.

Caberá ao Senado, no próximo período, o protagonismo de avaliar as
três medidas polêmicas preparadas por Cunha. Refiro-me à terceirização
das atividades fins, à constitucionalização das doações empresariais
aos partidos, e à já referida alteração na idade mínima para o
encarceramento. Com certeza, Renan Calheiros, à frente da Casa
revisora, fará uso do espaço na mídia que lhe cabe, mas se o ambiente
social permanecer como o de hoje, não se deve esperar mudanças
substantivas.

Neste ponto, a ousadia oposicionista de Cunha, fonte da unidade
construída entre deputados tucanos e peemedebistas, se entrelaça com a
profunda crise que atinge o governo e o PT. Tendo perdido apoio da
própria base em função da condução econômica, Lula, Dilma e o Partido
dos Trabalhadores deixaram órfãos os setores da sociedade
comprometidos com a agenda progressista. Nesta hora se percebe o
quanto, apesar de todas as contradições, o lulismo oferecia uma
direção capaz de organizar maiorias.

Sem ela, a articulação entre PMDB e PSDB, muito bem urdida por Cunha,
e que esteve na base das três propostas aprovadas, ameaça tornar-se
hegemônica. De maneira quase infantil, o lulismo caiu na besteira de
cometer estelionato eleitoral e agora, a cada aumento do desemprego e
queda da renda, vê aumentar o isolamento em que se meteu. Diante do
custo a longo prazo, ter perdido a eleição de 2014 seria prejuízo
menor.

Tem mais. A incapacidade de responder às acusações que emergem da
Operação Lava Jato ameaça manchar o petismo por tempo indefinido.
Conscientes da gravidade do quadro, inúmeros movimentos e partidos
buscam formar frente ampla, de modo a suprir a ausência de
alternativas à esquerda. Não se trata, como acusa a direita, de
esconder o PT, mas de oferecer saídas que o PT, de maneira isolada,
não pode apresentar.

O ex-governador Leonel Brizola gostava de dizer que ter ou não ter
programa era o de menos. Bastava encomendar a algum intelectual e
chegaria pelo correio. Para a frente que está em gestação vale o
contrário. Se não conseguir formular alternativa viável e que dialogue
com a população, a virada conservadora, que ainda não se deu, mas está
anunciada na liderança de Cunha, vai se consolidar.



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Niquele

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