[CamaraDas] RES: Estupro, aborto e valores distorcidos (era: Fwd: Torquemada pernambucano)

  • From: "Juliana Werneck de Souza" <JuWerneck@xxxxxxxxxxxx>
  • To: <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx>
  • Date: Thu, 12 Mar 2009 00:23:20 -0300

   ::::..CamaraDas - Analistas Legislativos da CD (TL/TMP)..::::

Como o assunto me comove, vou sair do meu padrão - que é o de evitar
discussões polêmicas, porque são, no mínimo, cansativas e entediantes - para
dar minha opinião mesmo sabendo contrária a de muitos.

Não defendo aborto como método contraceptivo, mas não acho que deveria ser
proibido. Quem não concorda que não o faça, mas acho que a mulher deve ter,
sim, total liberdade sobre seu corpo, se assim o desejar. E como uma
gravidez é inviável fora do corpo e aquelas células em formação dependem
dela, acho que ela tem o direito de decidir se quer seguir em frente, ou
não, uma gravidez indesejada, sobretudo quando é fruto de um ato de
violência. Eu que fui batizada na Igreja católica, mas hoje discordo de
muitos de seus dogmas e valores e por isso não a freqüento, não acho que
deveria ter minha vida ditada por essas regras discordantes das minhas. 

Num caso desses, em que além de vítima de abuso sexual, há risco para a
saúde da mãe, temos dupla justificativa para o aborto, segundo a legislação
em vigor em nosso país. Por isso acho que não deveria nem haver discussão de
mérito a esse respeito e os religiosos fervorosos poderiam ter a
sensibilidade de guardar seus argumentos para outros casos menos polêmicos,
absurdos ou monstruosos. Ou qual é a lógica de uma vida pela outra? A
questão aqui não é 'valor' ou 'distorção de valores'??

Sem falar em aspectos emocionais e sociais, uma gestação consome recursos
físicos da mulher - proteínas, sais minerais, ferro... , altera
completamente o organismo, imaginem isso num corpo de criança em formação...
Seria um despropósito. Aguardar até o sexto mês e submetê-la a uma
cirurgia?? Uma maldade maior ou tão grande como a que ela tem passado por
esses três anos... Imaginem essa criança indo para a escola e sendo vista
como uma personagem de circo dos horrores ou interrompendo sua infância para
ficar em repouso absoluto por meses por causa do risco de mil complicações
possíveis, em um local com mínima infraestrutura de saúde.... Imagina se ela
tem uma ruptura uterina, perde seu útero e nunca mais possa ter um filho??
Como se já não bastasse todo o sofrimento e todo o estigma que carregará
para sempre.. 

Quanto a esse fruto de uma maldita concepção ser um bem, Roberto, não estou
certa. O único bem que consigo visualizar nisso aí é ter exposto essa
situação absurda de violência doméstica de tal forma que essas duas meninas
talvez tenham a chance de ter um resto de vida sem que seus corpos (mentes e
corações) sejam continuamente violentados. Quem sabe poderão recuperar
alguma parte de sua infância destruída...

Se a questão é defender a vida, que se defenda a vida concreta e em curso
dessa menina e a de tantas outras que estão sofrendo risco de morrer pela
violência de criminosos fora ou dentro de suas casas.

Abraços a todos,
Juliana.

-----Mensagem original-----
De: analistas2002-bounce@xxxxxxxxxxxxx
[mailto:analistas2002-bounce@xxxxxxxxxxxxx] Em nome de Roberto Jardim
Cavalcante
Enviada em: quarta-feira, 11 de março de 2009 23:33
Para: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
Assunto: [CamaraDas] Re: Estupro, aborto e valores distorcidos (era: Fwd:
Torquemada pernambucano)

   ::::..CamaraDas - Analistas Legislativos da CD (TL/TMP)..::::

Sim, também creio acredito que não tenha estrutura para ser mãe.
Deixe-me então esquematizar melhor:

Criança de 9 anos ser mãe sem estar preparada, ainda mais fruto de
estupro: um mal (ainda que bem relativo - a(s) vida(s) que ela carrega
é (são) um bem).

Morte de inocentes: outro mal.

Aqui entra a doutrina do mal menor.

Divergimos então, Érika, de qual seria o mal menor.



Em 11/03/09, Érika Maia<erikamaia@xxxxxxxxx> escreveu:
> Eu li os dois textos.
> Mas a minha opinião não muda. Uma criança de nove anos não tem estrutura
> para ser mãe. Esse é o ponto principal.
>
> 2009/3/11 Roberto Jardim Cavalcante <roberto.jardim@xxxxxxxxx>
>
>> Tantos detalhes sobre o caso... Eis alguns deles:
>>
>> Dê uma lida nos dois textos, Érika. Veja que a própria menina não foi
>> excomungada (aliás, não sei por que tanto estardalhaço da imprensa. Acaso
>> os
>> médicos estão minimamente chocados por terem sido excomungados?). Outro
>> detalhe teológico: o Código de Direito Canônico é que preceitua a
>> excomunhão
>> automática para os casos de aborto (diz-se "excomunhão latae
sententiae"),
>> não o bispo. Este apenas lembrou que o caso prevê a excomunhão.
>>
>> Ademais, no momento do aborto, a criança não corria risco. O risco seria
>> maior se se levasse a gravidez a termo, mas poderia ser tentada a
>> cesariana
>> no sexto mês, por exemplo. Se você ler o texto a partir do link que já
>> enviei, verá que o primeiro hospital, inclusive, não tinha recomendado o
>> aborto. Ocorre que transferiram a menina às pressas para outro hospital -
>> mais tolerante à prática -, valendo-se da ignorância da mãe.
>>
>> Quanto aos médicos, não estavam puramente interessados na vida da
criança.
>> São abortistas militantes - dão palestras a respeito, aliás. Isso não é
>> dito
>> em lugar nenhum. Um aluno deles - Vitor Costa, salvo engano - do décimo
>> período (são professores universitários) pediu que comprovassem a
>> inviabilidade da gestação e não obteve resposta, até o momento.
>>
>>
>>
>>
>> 2009/3/11 Érika Maia <erikamaia@xxxxxxxxx>
>>
>> Sou totalmente contra o aborto. Não considero justificável ceifar a vida
>> de
>>> inocentes em prol da "liberdade da mulher" em relação a seu corpo, como
>>> pregam os favoráveis ao assassinato de fetos. Se quer ter liberdade, que
>>> tome as devidas cautelas. Até mesmo em caso de estupro, se a mãe tem
>>> condições de ter o filho sem maiores complicações, acho que não se
>>> justifica.
>>> Contudo, mesmo sendo contra o aborto e mesmo sendo católica, não pude
>>> deixar de achar um absurdo a decisão de excomungar as pessoas envolvidas
>>> nesse caso. O autor do texto abaixo se esquece que uma CRIANÇA de 9 anos
>>> de
>>> idade não tem estrutura física, quem dirá psicológica para ter filhos.
Em
>>> nome de preservar fetos, que muito provavelmente não chegariam nem a
>>> nascer,
>>> que só trariam mais sofrimento à CRIANÇA-MÃE, condenam o aborto efetuado
>>> pelos médicos. Parece que se esquecem de tudo o que a criança sofreu e
de
>>> todo o sofrimento que lhe seria imposto por uma gravidez de gêmeos no
seu
>>> frágil corpo de 9 anos de idade. Como ficaria o lado emocional dessa
>>> menininha? Eles não se importam: só querem se apegar ao fato de que
houve
>>> um
>>> aborto. Paciência.
>>> Penso que toda regra tem suas exceções e que os médicos e a família só
>>> buscaram o desfecho menos traumático para esse caso.
>>>
>>>
>>> 2009/3/11 Roberto Jardim Cavalcante <roberto.jardim@xxxxxxxxx>
>>>
>>>  Para conhecer a história do ponto de vista de quem a acompanhou desde
>>>> quando o caso se tornou público: *
>>>>
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,leia-a-carta-do-padre-de-aladoinha-
sobre-aborto-e-excomunhao,336023,0.htm
>>>>
*<http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,leia-a-carta-do-padre-de-aladoinh
a-sobre-aborto-e-excomunhao,336023,0.htm>
>>>>
>>>> Segue também um comentário mostrando o outro lado da moeda, o qual
>>>> reproduzo na íntegra, a seguir: *
>>>>
http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/opiniao/conteudo.phtml?tl=1&id=865795&;
tit=Estupro-aborto-e-valores-distorcidos
>>>>
*<http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/opiniao/conteudo.phtml?tl=1&id=86579
5&tit=Estupro-aborto-e-valores-distorcidos>
>>>>
>>>> [ ]s,
>>>>
>>>> Roberto Jardim.
>>>>
>>>> =====================================
>>>>
>>>> Jornal Gazeta do Povo (Curitiba)
>>>>
>>>> Estupro, aborto e valores distorcidos
>>>>
>>>> Publicado em 11/03/2009 | Carlos Ramalhete
>>>>
>>>> Têm sido espantosas as reações à declaração de dom Cardoso, arcebispo
de
>>>> Olinda e Recife, acerca das excomunhões dos responsáveis pelo aborto
das
>>>> duas crianças geradas no estupro de uma menina de nove anos de idade. O
>>>> que
>>>> ele fez foi apenas o seu dever: comunicar ter ocorrido a excomunhão
>>>> automática dos responsáveis pela morte de duas crianças inocentes. Quem
>>>> lesse as reações à comunicação, contudo, teria a impressão de que havia
>>>> uma
>>>> vida apenas em risco, e esta seria a vida da mãe das crianças. Não é o
>>>> caso.
>>>> A vida dela estava, sim, em um certo grau de risco, não maior nem menor
>>>> que
>>>> o de muitas mulheres grávidas com alguma complicação. Casos muito
piores
>>>> já
>>>> chegaram a um final feliz.
>>>>
>>>> Neste caso, contudo, aproveitando-se de uma falsa brecha legal
>>>> ? o fato de o Direito brasileiro não prever punição para o aborto de
>>>> crianças geradas por estupro ou em caso de risco de vida para a mãe,
>>>> exatamente como não prevê punição para o furto cometido por um filho
>>>> contra
>>>> o pai ? grupos de pressão interessados na legalização do aborto
>>>> apressaram-se, contra a vontade da mãe e de seus responsáveis legais, a
>>>> matar o quanto antes as crianças que cometeram o crime de terem sido
>>>> concebidas no transcurso de um repulsivo estupro. Os filhos são punidos
>>>> com
>>>> pena de morte pelo crime do pai.
>>>>
>>>> A violência das reações à declaração de dom Cardoso, contudo, mostra
>>>> claramente o alcance
>>>> ? em alguns setores bastante vocais da classe média urbana ? de uma
>>>> pseudoética apavorante. As crianças mortas simplesmente não entram na
>>>> equação, não são consideradas. O próprio estupro só é mencionado de
>>>> passagem. O risco de vida para a mãe é transformado em uma certeza de
>>>> sua
>>>> morte. São saudados como heróis salvadores os carniceiros que
arrancaram
>>>> do
>>>> ventre da mãe duas crianças perfeitamente saudáveis e atiraram os
>>>> cadáveres
>>>> em uma cesta de lixo, onde provavelmente estava uma cópia mofada do
>>>> juramento de Hipócrates que fizeram quando se formaram médicos.
>>>>
>>>> Isto ocorre por ter sido perdida a noção do valor da vida. A vida, em
>>>> si,
>>>> para os defensores do aborto, não vale nada. Ao invés dela, o que teria
>>>> valor seria o resultado final de uma equação que tem como componentes o
>>>> bem-estar da pessoa e sua utilidade para a sociedade. As crianças
>>>> abortadas
>>>> não têm valor para a sociedade, logo podem ser mortas. Mais ainda, não
>>>> merecem menção. A única criança digna de menção é a mãe, e olhe lá.
>>>>
>>>> Ela mesma, a mãe das crianças abortadas, tem seu sofrimento deixado de
>>>> lado. Uma menina de nove anos de idade que sofreu a violência de um
>>>> estupro,
>>>> provavelmente reiteradas vezes; uma criança ela mesma, vivendo mais que
>>>> provavelmente em condições miseráveis (sabe-se que sua mãe não sabe ler
>>>> e
>>>> escrever, o que serviu bem aos que simplesmente mandaram que apusesse a
>>>> impressão do polegar aos papéis que, como depois ela veio a saber, eram
>>>> a
>>>> sentença de morte de seus netos), foi levada de um lugar para o outro,
>>>> teve
>>>> os filhos que ela desejava manter arrancados de seu ventre e mortos,
>>>> sendo
>>>> tratada apenas como excelente exemplo de portadora biológica de
material
>>>> a
>>>> abortar.
>>>>
>>>> É de crer que provavelmente os defensores do aborto teriam de bom grado
>>>> preferido que ela também tivesse sido abortada: o resultado da equação
>>>> de
>>>> utilidade social e bem-estar que usam para valorizar uma vida
>>>> dificilmente
>>>> seria alto o suficiente no caso dela para garantir-lhe a sobrevivência.
>>>>
>>>> O estupro, mais ainda, o estupro reiterado e contumaz de uma criança
>>>> indefesa é um crime asqueroso, que poderia em justiça merecer a pena de
>>>> morte (não percebi, aliás, em nenhuma das numerosas e estridentes
>>>> reações
>>>> pró-aborto à declaração de dom Cardoso, alguém pedindo que fosse
>>>> estendida
>>>> ao estuprador a pena de morte que sofreram seus filhos). Quem o comete
>>>> vê em
>>>> sua vítima apenas um orifício cercado por forma humana, um receptáculo
>>>> fraco
>>>> e indefeso, logo acessível a suas taras. É já uma negação da humanidade
>>>> da
>>>> vítima: ela não merece, crê o estuprador, ter direito de opinião sobre
o
>>>> que
>>>> é feito com seu corpo.
>>>>
>>>> A mesma negação feita pelo estuprador contra sua vítima foi reiterada
>>>> sobre seus filhos: ela foi estuprada; eles foram mortos. Desumanizada
>>>> pela
>>>> primeira vez pelo estuprador, ela o foi novamente, juntamente com seus
>>>> próprios filhos
>>>> ? a flor de esperança e de vida que poderia ter saído do lodo da
>>>> violência ? pelos que não consideram que a vida tenha, por ser vida
>>>> humana, algum valor. Agora, esperam eles, esgotado seu valor de
>>>> propaganda,
>>>> ela pode rastejar de volta à miséria de seu barraco e deixá-los tocar
em
>>>> paz
>>>> a campanha pró-aborto.
>>>>
>>>> Carlos Ramalhete é professor e filósofo.
>>>>
>>>>
>>>>
>>>> 2009/3/11 Raimundo Alves <rjalves07@xxxxxxxxx>
>>>>
>>>>> It's not mole, não...
>>>>>
>>>>>
>>>>>  ------------------------------
>>>>> *Enviada em:* terça-feira, 10 de março de 2009 19:15
>>>>> *Assunto:* ENC: Torquemada pernambucano
>>>>>
>>>>>  Quem diria, o espírito do maior inquisidor da Igreja, Tomás de
>>>>> Torquemada que no século XV purificou pelo menos 30.000 almas
>>>>> arrancando
>>>>> a ferro e fogo o Demonio que as dominava, baixou no minusculo corpo do
>>>>> arcebispo de Olinda-Recife. O liliputiano clérigo ao excomungar os
>>>>> médicos
>>>>> e parentes da garota que aos NOVE anos foi estuprada e engravidada de
>>>>> gêmeos, teve por recomendação MÉDICA e LEGAL que interromper a
gravidez
>>>>> pois
>>>>> seu pequeno corpo ainda incompleto, corria risco de morrer se a
>>>>> gestação
>>>>> fosse levada adiante. Curiosamente, o estuprador não incorreu na
>>>>> excomunhão,
>>>>> sendo poupado pelo nano-arcebispo...  Teria sido um caso de
>>>>> corporativismo???   Seja como for, o poeta popular Miguezim de
Princesa
>>>>> não
>>>>> poupou a ação tinhosa do pequeno-polegar da igreja pernambucana...
>>>>>
>>>>>
>>>>> *A EXCOMUNHÃO DA
>>>>>
VÍTIMA<http://www.claudiohumberto.com.br/principal/index.php#this%23this>
>>>>> *
>>>>> *Miguezim de Princesa*
>>>>>
>>>>>
>>>>> I*
>>>>> **Peço à musa do improviso
>>>>> Que me dê inspiração,
>>>>> Ciência e sabedoria,
>>>>> Inteligência e razão,
>>>>> Peço que Deus que me proteja
>>>>> Para falar de uma igreja
>>>>> Que comete aberração.
>>>>>
>>>>> II
>>>>> Pelas fogueiras que arderam
>>>>> No tempo da Inquisição,
>>>>> Pelas mulheres queimadas
>>>>> Sem apelo ou compaixão,
>>>>> Pensava que o Vaticano
>>>>> Tinha mudado de plano,
>>>>> Abolido a excomunhão.
>>>>>
>>>>> III
>>>>> Mas o bispo Dom José,
>>>>> Um homem conservador,
>>>>> Tratou com impiedade
>>>>> A vítima de um estuprador,
>>>>> Massacrada e abusada,
>>>>> Sofrida e violentada,
>>>>> Sem futuro e sem amor.
>>>>>
>>>>> IV
>>>>> Depois que houve o estupro,
>>>>> A menina engravidou.
>>>>> Ela só tem nove anos,
>>>>> A Justiça autorizou
>>>>> Que a criança abortasse
>>>>> Antes que a vida brotasse
>>>>> Um fruto do desamor.
>>>>>
>>>>> V
>>>>> O aborto, já previsto
>>>>> Na nossa legislação,
>>>>> Teve o apoio declarado
>>>>> Do ministro Temporão,
>>>>> Que é médico bom e zeloso,
>>>>> E mostrou ser corajoso
>>>>> Ao enfrentar a questão.
>>>>>
>>>>> VI
>>>>> Além de excomungar
>>>>> O ministro Temporão,
>>>>> Dom José excomungou
>>>>> Da menina, sem razão,
>>>>> A mãe, a vó e a tia
>>>>> E se brincar puniria
>>>>> Até a quarta geração.
>>>>>
>>>>> VII
>>>>> É esquisito que a igreja,
>>>>> Que tanto prega o perdão,
>>>>> Resolva excomungar médicos
>>>>> Que cumpriram sua missão
>>>>> E num beco sem saída
>>>>> Livraram uma pobre vida
>>>>> Do fel da desilusão.
>>>>>
>>>>> VIII
>>>>> Mas o mundo está virado
>>>>> E cheio de desatinos:
>>>>> Missa virou presepada,
>>>>> Tem dança até do pepino,
>>>>> Padre que usa bermuda,
>>>>> Deixando mulher buchuda
>>>>> E bolindo com os meninos.
>>>>>
>>>>> IX
>>>>> Milhões morrendo de Aids:
>>>>> É grande a devastação,
>>>>> Mas a igreja acha bom
>>>>> Furunfar sem proteção
>>>>> E o padre prega na missa
>>>>> Que camisinha na lingüiça
>>>>> É uma coisa do Cão.
>>>>>
>>>>> X
>>>>> E esta quem me contou
>>>>> Foi Lima do Camarão:
>>>>> Dom José excomungou
>>>>> A equipe de plantão,
>>>>> A família da menina
>>>>> E o ministro Temporão,
>>>>> Mas para o estuprador,
>>>>> Que por certo perdoou,
>>>>> O arcebispo reservou
>>>>>  A vaga de sacristão.*
>>>>>
>>>>>
>>>>
>>>
>>
>

...............
   "A solidão começou para o verdadeiro católico. Tomem nota: ? ainda
seremos o maior povo ex-católico do mundo.".

                                    Nelson Rodrigues
                                                   ...............


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Atualizado em 11/03/2009





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maior povo ex-católico do mundo.".

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